Sobre este blog

Este nome é facilmente interpretado como 'Mundo Idiota', o que não deixa de ser, visto que atualmente vivemos em um mundo do TER e pior, do PARECER TER / SER, enquanto o que devemos valorizar é o SER. Mas o nome tem outro motivo. Uma pessoa que defende sua pátria é chamado de patriota, numa analogia a pessoa que defende o mundo seria o MUNDIOTA.
 

domingo, 31 de agosto de 2008

Imagem política

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Estreou semana passada um novo quadro no CQC, programa o qual eu adoro. O que mais gosto é quando eles lidam com políticos, principalmente com os políticos que ao invés de fazerem política fazem politicagem.

Eles já chegaram a ser proibidos de fazer perguntas no parlamento, pois as perguntas que eles fazem são aquelas que realmente precisam ser respondidas, e não aquelas perguntas bobas que somente ajudam a manter a pose daqueles seres.

E concordo com o argumento do pessoal do CQC. Eles perguntam, se não quiser responder, é só dizer que não. Em nenhum momento eles obrigam, fazem leis (como alguns fazem) exigindo isso. Aí fica aquela velha questão, se a carapuça serviu......

Bom, mas voltando ao novo quadro, é feito por uma pessoa até então desconhecida (por motivos óbvios). Ele se apresenta como jornalista, porém com conhecimentos em assessoria de imagem política (essa coisa tola para fazer as pessoas serem o que não são). Pois bem, já foram gravados vários quadros, e primeiramente quero que vejam o quadro.



Li agora a seguinte notícia Políticos se irritam com "CQC", da Band. Aos que viram o quadro, sem dúvida o 'entrevistado' fica numa saia justa imensa, pois fica escancarado a máscara que utilizam para parecerem melhor do que são.

E estas pessoas ficam revoltadinhas e querem processar o programa. Pergunto: por que? O que o programa fez de errado?

Pelo que percebi o que ocorreu foi que ao invés deles editarem a parte onde ficam dando os conselhos (que creio que todos fazem isso) eles deixaram no ar, ou seja, não foi criado um cenário fantasioso ou diferenciado, somente não foi editado. Pelo que percebi também o pessoal do CQC não colocou nenhuma arma na cabeça do entrevistado obrigando ele a fazer tais ações, o entrevistado fez porque ELE quis, porque ELE creu que aquilo seria bom para ele, ou seja, ELE assumiu a responsabilidade sobre o que ELE fez.

E se eles podem se sentirem ofendidos por esta exposição (deixo clara que o que ELES fizeram foi decisão DELES) então como nós, cidadãos, nos sentimos quando percebemos claramente que o que eles querem é uma boa imagem, e não serem honestos, transparentes? Fica claro que o que eles querem é somente parecerem bons, e não serem bons. O velho jogo das imagens, a valorização exacerbada do PARECER SER do que o SER.

Creio que se eles podem ficar 'irritadinhos' e processarem o programa, creio que nós deveríamos ficar *^%^((&^ da vida e processá-los também, por agirem claramente com o intuito de nos enganarem.

sábado, 30 de agosto de 2008

Um outro tipo de mulher nua

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Leio que Fernanda Karina posará nua por R$ 2 milhões, depois leio que a revista não confirmou o convite, depois leio que ela vai posar sim senhor e vai utilizar o dinheiro numa campanha para eleger-se deputada, e no meio desta artilharia de informação eu fico tonta e me pergunto: quem diabos é Fernanda Karina?

Ah, a secretária que esteve na CPI e que virou mais uma celebridade instantânea neste país surreal.

Nunca vi tanta mulher nua. Os sites da internet renovam semanalmente seu estoque de gatas vertiginosas. O que não falta é candidata para tirar a roupa. Serviu cafezinho numa cena de novela? Posa pelada. É prima de um jogador de basquete? Posa pelada. Caiu do terceiro andar? Posa pelada.

Depois da invenção do photoshop, até a mais insignificante das criaturas vira uma deusa, bastando pra isso uns retoquezinhos aqui e ali. Dá uma grana boa. E o namorado apóia, o pai fica orgulhoso, a mãe acha um acontecimento, as amigas invejam, então pudor pra quê?

Não sei se os homens estão radiantes com esta multiplicação de peitos e bundas. Infelizes não devem estar, mas duvido que algo que se tornou tão banal ainda enfeitice os que têm mais de 14 anos. Talvez a verdadeira excitação esteja, hoje, em ver uma mulher se despir de verdade - emocionalmente.

Nudez pode ter um significado diferente e muito mais intenso. É assistir a uma mulher desabotoar suas fantasias, suas dores, sua história. É erótico ver uma mulher que sorri, que chora, que vacila, que fica linda sendo sincera, que fica uma delícia sendo divertida, que deixa qualquer um maluco sendo inteligente.

Uma mulher que diz o que pensa, o que sente e o que pretende, sem meias-verdades, sem esconder seus pequenos defeitos - aliás, deveríamos nos orgulhar de nossas falhas, é o que nos torna humanas, e não boneca s de porcelana.

Arrebatador é assistir ao desnudamento de uma mulher em quem sempre se poderá confiar, mesmo que vire ex, mesmo que saiba demais.

Pouco tempo atrás, posar nua ainda era uma excentricidade das artistas, lembro que esperava-se com ansiedade a revista que traria um ensaio de Dina Sfat, por exemplo - pra citar uma mulher que sempre teve mais o que mostrar além do próprio corpo.

Mas agora não há mais charme nem suspense. Estamos na era das mulheres coisificadas, que posam nuas porque consideram um degrau na carreira. Até é. Na maioria das vezes, rumo à decadência.

Escadas servem para descer também. Não é fácil tirar a roupa e ficar pendurada numa banca de jornal, mas, difícil por difícil, também é complicado abrir mão de pudores verbais, expor nossos segredos e insanidades, revelar nosso interior. Mas é o que devemos continuar fazendo.

Despir nossa alma e mostrar pra valer quem somos, o que trazemos por dentro.

Não conheço strip-tease mais sedutor.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Autoconfiança

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Eu já escrevi sobre confiança, mais precisamente sobre uma situação em que uma pessoa desconhecida confiou em mim e me ajudou a resolver um problema. E a situação me pôs a pensar no motivo pelo qual um desconhecido confiou em mim. Há os quem dizem que a postura fala, demonstra isso, bem como a forma de falar, entonação, ou mesmo uma identificação.

Bom, mas isso é a confiança de uma pessoa externa em você, o que certamente é muito bom, porém há outra confiança, extremamente importante: a confiança em nós mesmos.
Não sei se esta confiança é mais fácil ou mais difícil, porém é necessária e gratificante. E a cada ano que passa, ao invés de ficar me lamentando “olha só, já estou com n anos”, olho para a idade como uma dádiva, pois ela nos proporciona tanta coisa boa. Amadurecimento, lucidez, compaixão, gratidão, crescimento, humanização, desprendimento. E parece-me que as pessoas optam somente pelo aspecto estético, a cara que não está mais esticada, a barriga que aparece ‘em função da cerveja’, a papada, essas coisas. E creio que a idade tem me ajudado nisso, não simplesmente porque ela passa, mas porque no passar dela posso pensar nas coisas, como são, por que são, como melhorar.

Lembro-me de um professor da faculdade que sempre nos cobrava autoconfiança, e lembro-me que na época eu discordava dele. Ele nos dizia que se um dia estivéssemos em uma entrevista de emprego e nos fosse questionado se sabíamos tal assunto, que respondêssemos “sim”, claro que isso se realmente conhecêssemos, caso contrário não. Mas eu, como um ser exato e muito exigente, ficava pensando comigo “eu tenho idéia, sei uma parte, não o todo, então não posso responder sim, pois estarei mentindo”. Matemática e logicamente este raciocínio pode até estar certo, mas o que ele falava não estava nesse aspecto, mas sim no da confiança. O “sim” a que ele se referia não era com relação à exatidão, mas sim com relação a nossa capacidade de aprendermos isso. O “sim” era na verdade um “não conheço tudo, porém sei que sou altamente competente para aprender o necessário”. Continuaria sendo verdade, porém com um incentivo interno de confiança em nós mesmos.

Só sei que demorei a entender que aquilo não era uma mentira, mas sim um voto de confiança nosso em nós mesmos. Demorei, é verdade, porém me permiti aprender isso. É um exercício difícil, a ser feito diariamente. Em momentos podemos achar que é tudo besteira, que não passa de enganação, de ilusão.

Você por acaso já deixou de fazer algo por crer que não era capaz, até que um dia a vida ‘exigiu’ que fizesse isso, você foi lá, fez? E depois que fez veio aquele pensamento à mente “Mas por que eu não fiz isso antes, era tão simples? Por que eu não me permiti isso antes? Ah..... se eu soubesse teria feito antes”. Se sim, não terá feito nada de diferente de todas as pessoas, creio que todos já sentiram isso. Eu certamente já passei por muitas situações dessas, certamente passarei por novas. Parece que nos sentimos melhor não fazendo, do que arriscando. O risco é arriscado (sei da redundância), porém sem ele não saímos do lugar, não nos modificamos, não crescemos.

Eu disse que já passei por situações dessas, e sei que não tinha motivo para isso, e que mesmo assim farei novas vezes. Incoerência? Digamos que sim, mas disse isso porque sei que não é fácil assim nos livrarmos de toda uma educação, de uma cultura, de uma história. E em alguns momentos poderei deixar isso ser mais forte do que minha vontade, porém o que sei é que fico cada vez mais atento a estes momentos, e procuro minimizá-los ao máximo, pois certamente só terei ganhos com isso.

Mas Carlos, se eu arriscar a fazer algo, pode não dar certo. Eu sei, mas como me disseram há muito tempo atrás “o não você já tem”. Se não der certo, só terá ganho a certeza disso, caso contrário conviverá com a incerteza.

domingo, 24 de agosto de 2008

Da série "Das coisas que não entendo"

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Quem tem carro e já abasteceu certamente já percebeu que nos postos existem no mínimo duas bombas, uma com combustível normal e uma com combustível aditivado (excluam os maus postos, que possuem o gênero batizado).
Ao menos aqui é muito comum o frentista perguntar se não quero colocar a gasolina aditivada, dizendo que custa somente poucos centavos a mais por litro. Se o preço estiver 10 centavos a mais por litro, num tanque de 40 litros isso dará R$ 4,00 a mais na conta.
Certamente é um valor considerável (não devemos pensar em somente um tanque, mas sim ao longo do tempo).

Eu não sou expert em carros nem em combustível, no entanto sempre que perguntei para as pessoas (frentistas ou usuários do combustível) ouvi argumentos favoráveis, dizendo que esse combustível é mais econômico que os outros, que protege melhor as peças do motor, diminuindo o desgaste e consequentemente a necessidade de trocas e de manutenção, é mais econômico, polui menos, dentre as principais. Os benefícios seriam tantos que cobririam com folga o valor gasto a mais em cada reabastecimento.

E é nesse ponto que pergunto: "Se é tão bom assim, se gera economia, menor desgaste, polui menos, por que existe o outro?". Parece-me que comprar o combustível 'normal' é um ato de imbecilidade. O governo deveria proibir a venda do combustível 'normal' e passar a vender somente o aditivado, afinal de contas ele já é mais vantajoso que o 'normal', e ainda aumentando o consumo certamente o preço para produção diminuiria.

Ou tem mais propaganda do que efeito real neste combustível?

sábado, 23 de agosto de 2008

Da série "Das coisas que não entendo"

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Esta semana começou o programa humorístico "Horário eleitoral" (ao menos é como eu o considero), programa este é obrigatório por lei (nem questionarei isso numa democracia......).
Me referi como programa humorístico pois aparece cada pérola, cada slogan altamente imaginativo que somente rindo mesmo.
E para fazer juz ao nome deste artigo expressarei algumas coisas que realmente não consigo entender.

Os candidatos a vereadores possuem poucos segundos para 'defenderem' seus ideais e propostas, e mesmo assim ainda precisam gastar uma parte do tempo para dizer ".... junto com Fulano, número 99, como prefeito". Ou seja, parte do tempo todos tem que usar para dizer a mesma coisa.
E no pouco tempo que lhes resta o máximo que conseguem fazer é dizer o seu nome, sua função (o da farmácia, o do clube, a do hospital, o do asilo....) e que temos que parar com a mesmície, com os velhos políticos, e renovar a câmara dos vereadores.
Certamente o que falam NADA mudará para os eleitores, pois é impossível apresentar qualquer conteúdo neste tempo, e sem contar que todos falam a mesma coisa, e no meu conceito, quando todos falam a mesma coisa, nada é dito.

Enfim, temos um desperdício de dinheiro e de palavras, assim como um enchimento de saco alheio desnecessário.

E pelo pouco que me prestei a ver, infelizmente não vi nenhum candidato com as seguintes propostas:
- pela obrigatoriedade da jornada de 44h semanais, com registro de ponto
- pelo fim dos auxílio-qualquer-coisa
- pelo fim da verba para auxiliares (muitas vezes fonte de renda extra)
- pelo fim dos cargos por indicação
- pelo profissionalismo do vereador e das pessoas que trabalham no município
- pelo tratamento igual entre os vereadores e os demais trabalhadores
- pela retirada dos benefícios jurídicos
- pela extinção do tratamento respeitoso somente no oral (vossa excelência), substituindo pelo tratamento respeitoso no trato com os cidadãos

Ah, e também não entendo as pessoas que dizem que tenho que votar no menos pior. Como assim? Vejo isso como um despautério total.

Quer dizer então que se um dia uma pessoa tiver que escolher um namorado, um que bate somente da cintura para cima e outro que bate da cintura para baixo ela deve escolher o menos pior?

Não viaja Carlos, não é a mesma coisa. É a mesma coisa sim, a diferença é somente que uma atinge você diretamente, e a outra não, mas em ambas você optou por aquele que menos estrago faz. Eu sou do time que opta por votar em quem é sério, responsável, e que eu sei que não baterá. Escolher o menos pior para mim é um incentivo para as pessoas sempre serem ruins, pois se elas souberem que sempre o menos pior será eleito, para que ser bom? Basta eu não ser o pior.

Juízo nestas eleições.

Manipulação

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Tento imaginar o que leva pessoas a tentarem manipular os outros, a fazerem pensar coisas diferentes da realidade, a criar falsas esperanças nos outros. Doença? Se não é, certamente alguém vai inventar uma síndrome, dar o seu nome e então teremos criado um álibi para muitas pessoas. No entanto não creio nisso. Creio sim em atos pensados, e pensados por pessoas que não fizeram o melhor possível, e mesmo assim querem passar esta imagem aos outros.

E por que comecei falando isso? Nesta semana fui visitar uma amiga minha em seu novo apartamento (e a cada dia que passa as coisas ficam menores, acho que daqui alguns anos moraremos em casas de 10m2). O apartamento é legal, no entanto o que a construtora fez é que não achei legal. Ao ver a planta mobiliada do prédio reparei que no desenho, na sala, tinha uma mesa de 6 lugares (encostada na parede), mais dois sofás (de três e dois lugares) mais a televisão. Engraçado é que na sala real não cabe isso em hipótese nenhuma, sobrando o espaço desenhado na planta. E para caber tudo aquilo os móveis precisariam ser de casa de boneca, para crianças. Ah, mas abaixo da planta tinha a estupenda frase “sem escala”. Que brincadeira de mal gosto é essa? O cara faz o desenho todo da casa, e coloca os móveis sem escala e tudo certo? Por que alguém quer fazer isso? Atualmente é fácil fazer estes desenhos com os softwares que se tem no mercado, então por que não colocar o tamanho real, passando ao interessado a possibilidade real que ele terá? Ah, mas isso não vende, afinal, quem quer comprar uma sala onde não cabem as coisas? É melhor iludir e colocar a frase para me isentar de problemas legais.

Lamento, mas isso para mim é manipulação, sem contar que é uma comprovação de que o que eles fizeram não é bom o suficiente, então precisam de maquiagem para tornar melhor.

Este é um exemplo, porém tem o outro (vejam reportagem completa). A Rede Record está em ‘guerra’ com a Rede Globo, e o IBOPE é algo importante para ver quem está ‘ganhando’ esta guerra. Até aí sem problemas, são empresas comerciais, dependem do IBOPE para aumentar faturamento. Disputar mercado com outras empresas é o dever de qualquer uma. No entanto há um tempo atrás um programa da Record mostrou 2 gráficos comparando o IBOPE deles com o da Globo. Vejam:


No primeiro há uma comparação entre o jornal das duas emissoras, e podemos ver que a diferença estética é mínima, no entanto percentualmente fica em 35%. Tal gráfico somente pode ser verdadeiro caso o valor mínimo esteja bem inferior ao zero.

Já no segundo gráfico a diferença estética é muito grande, praticamente o dobro, sendo que percentualmente fica em 5%.Tal gráfico somente pode ser verdadeiro caso o valor mínimo esteja bem superior ao zero, na verdade próximo do 13.

Não tenho como negar que os gráficos podem ser verdadeiros, mas por que mudar tão bruscamente a escala? Por que utilizar dois pesos e duas medidas? Não tem escala certa ou escala errada, eles poderiam adotar qualquer escala, nem precisariam pegar a escala começando do zero. No entanto utilizar duas escalas completamente diferentes, para que os números deles sejam beneficiados é uma manipulação da informação, pois informação gráfica é muito mais rapidamente absorvida pelas pessoas, e com o pouco tempo de exibição desta imagem pouco poderíamos fazer para perceber tal manipulação.

Mas não vou apedrejar toda e qualquer forma de manipulação. Como tudo nessa vida, manipulação também é bom. Imagine um pai, que quer fazer o filho descobrir o valor de uma conquista, de um esforço, ou então adquirir um conhecimento novo. Ele pode criar todo um cenário, uma história e manipular (o termo politicamente correto seria guiar) o filho até que o filho descobrisse tudo, o que além de proporcionar conhecimento lhe proporcionaria autoconfiança. E isso pode ser feito com funcionários também, proporcionando que eles descubram as coisas, somente com nossa ajuda.

Ou seja, não há problema nenhum em manipular os outros. O problema está no motivo pelo qual fazemos isso. Manipular para conseguirmos vantagens é bem diferente de manipular para proporcionarmos crescimento aos outros.
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quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Mensagem do U2

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segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Elevador: como utiliza-lo

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Pois é, escreverei aqui como utilizar o elevador, este recurso tão comum em nossas vidas, porém ainda um mistério para muitas pessoas, eu creio.
E por que digo isso? É que no prédio onde trabalho vejo muitas pessoas utilizando incorretamente, o que gera paradas e deslocamentos desnecessários.

Há o elevador que não gera erro, que é naqueles prédios onde somente há um, ou seja, para solicitar o elevador basta apertar o ÚNICO botão que tudo funciona normalmente. Porém o problema é quando existem 2 elevadores.

Em cada andar (exceto primeiro e último) sempre existem 2 botões, um com uma seta para cima e outro com uma seta para baixo. E o que significa isso? Significa que VOCÊ deve apertar o botão correspondente a ação que VOCÊ quer efetuar, e não a ação que o elevador deverá efetuar para chegar até você. O processo de decisão é do elevador, VOCÊ somente precisa informar a ele o que deseja, que ele saberá onde está, qual o elevador mais próximo e então o enviará até você.

Caso você aperte os 2 botões, os 2 elevadores serão enviados até você, num esforço desnecessário e podendo atrasar o elevador para outras pessoas. Sem contar também que um elevador que esteja subindo parará no seu andar caso deseje descer, evitando aquela pergunta "está descendo?".

Viram só, é bem simples o uso. Nada de apertar os 2 botões para ver se chega mais rápido. Apertem somente o que necessitam fazer, e deixe o elevador fazer o resto.

Ah, e ao invés daqueles placas imbecis em cada andar, pedindo para verificarmos se "o mesmo" encontra-se no andar, seria muito mais útil uma pequena informação informando como utilizar corretamente.

domingo, 17 de agosto de 2008

Visão olímpica

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Estamos bem no meio das olimpíadas, centenas de medalhas distribuídas, muitos hinos tocados, heróis surgidos e consagrados, muito suor, dedicação.

Mas estas olimpíadas eu não tenho acompanhado com o mesmo entusiasmo dos últimos anos, não tenha acordado de madrugada os jogos, disputas, tampouco estou esperançoso por uma participação melhor do país. Sinceramente acho que em termos de medalhas ficaremos bem atrás da última. Mas não estou vendo estas olimpíadas do mesmo modo que via as outras. Não estou valorizando muito a disputa de medalhas em si, mas sim os atletas, o desempenho deles, o esforço, a dedicação.

E acho isso muito, mas muito mesmo, mais importante do que a posição final. Esta madrugada o Diego Hypólito 'perdeu' (coloquei entre aspas pois ele deixou de conquistar) a medalha de outro que já davam como certa para ele, devido a um erro no último movimento. E de ex-futuro herói virou decepção nacional. Vi a entrevista dele aos prantos pedindo desculpas ao Brasil por ter falhado. E vi comentários de pessoas que creio que sejam desocupadas, egoístas e sem o mínimo de consciência e respeito, falando mal dele, que amarelou, ou que a sexta posição que ele acabou ficando é ridícula.

Para estes 'seres evoluídos e perfeitos', lembrarei o seguinte. A ginástica é uma profissão como outra qualquer, e eu pergunto para estas pessoas se na profissão que eles estão exercendo, comparando o desempenho deles como o de todas as outras pessoas do mundo que a exercem, será que eles são o sexto melhor do mundo? Duvido. Provavelmente eles nem sejam o melhor da empresa onde trabalham. Estas pessoas se esquecem que o oitavo colocado desta competição é o oitavo melhor do MUNDO, isso mesmo, de todas as pessoas que vivem nesse planeta. Acima dele somente existem outros sete. Quantos milhões ele deixou para trás?

E aí vem estas pessoas falando mal dos atletas. Provavelmente a vida fácil que tiveram não lhes permitiram abrir os olhos e verem que para chegar lá eles abriram mão de lazer, de diversão, das gandaias - que certamente estas pessoas adoram, da família, passeios. Aprenderam a conviver com sacrifícios, pressão. Adotam a dor como membro da família, a rotina e a exaustão como companheiras.

Somente isso já os torna heróis. São poucas as pessoas que suportariam se dedicar tanto por uma causa. Provavelmente estas pessoas não se esforçariam nem para lavar um prato.

Ah, mas os outros ganham e os nossos perdem. Pergunto: e daí? Se se acha no direito de criticar, vá treinar e fazer melhor. Se não for capaz, melhor ficar calado.

Claro que fico triste por nossos atletas não terem ganho medalhas, mas isso jamais faz com que não valorize o esforço de cada um, o empenho, a vontade de representar este país, de ver a bandeira deste país no lugar mais alto. Em cada prova somente UMA pessoa no mundo ganhará o ouro, e terá seu nome registrado. Mas a história não é feita pelos primeiros colocados. A história é feita de vencedores, e estes não possuem qualquer vínculo com posição.

Deixo aqui meus parabéns e minha gratidão aos atletas brasileiros que se empenham para conseguir o SEU máximo. Diego, Daniele, Jade, Daiane, Ana Paula e Larissa, Thiago Pereira, e todos os outros.

E aos atletas que acima da premiação e dos holefotes colocam o melhor de si como prêmio.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Maioridade penal

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Esta semana li uma crítica falando se neste país deveria ou não reduzir a maioridade penal. E a autora usou alguns argumentos os quais não entendo muito bem. Disse que somente um percentual pequeno de infrações é cometido por menores de 18 anos, e que tal ação não provocaria uma diminuição significativa nos índices de violência. É aí que eu questiono: o que uma coisa tem a ver com a outra? Quer dizer que como o índice é pouco então não é necessário prender? Onde essa pessoa aprendeu a argumentar? Se for assim, então também não devemos prender os adultos entre 34 e 36 anos, afinal, também é um pequeno percentual. Ou então não deveríamos prender os que possuem irmãos que começam com a mesma letra do próprio nome, pois este percentual também é pequeno.
Não delira Carlos, não é isso que ela está falando. É sim, ela (e certamente muitas pessoas também usam este argumento) justificou a não necessidade de prender menores de 18 anos por se tratar de um percentual pequeno. Ora, percentual eu posso ter para qualquer tipo de análise, como as que fiz acima. E isso não tem valor nenhum, é argumento inútil.
As pessoas são presas não porque tem entre 18 e 70 anos (não sei se essa é a idade limite superior), mas sim porque cometeram infrações, prejudicaram outras pessoas, prejuízos estes registrados em leis. Se o objetivo é esse, por que não aplicar também aos menores de 18 anos?
Aí vem uma cambada de ‘defensores dos fracos’ e diz que menor de 18 anos não sabe o que está fazendo. Faça-me o favor!!!! Não sabe? E por acaso estas pessoas crêem em fadas, que tocam a cabeça das pessoas quando completam 18 anos de vida extra-uterina com uma varinha de condão e então eles passam magicamente a saberem tudo o que estão fazendo? Passam a ser responsáveis plenamente por seus atos?
Piada tem hora. Toda pessoa, desde quando nasce, é responsável por seus atos. E deve ser tratada como tal. E assim como os maiores de 18 anos respondem por seus atos, mas podem ser absolvidos caso a justiça detecte a inocência dele, os outros também deveriam ser. Afinal, por que criar uma casta privilegiada, a qual a sociedade diz “filho, faça tudo de errado que quiser até os 18 anos, afinal, a lei permite”? Isso somente gera pessoas que aproveitam disso. Ou os próprios menores, ou então maiores que usam menores por saberem que nada acontece. Ou será que isso não ocorre neste país?
A escritora do artigo disse que deveríamos investir na educação da pessoa, para que ela não cometesse os crimes. Por isso não deveriam ir pra cadeia. Ora, e por que privilegiar somente os menores? Se a educação pode resolver, que faça isso para os maiores também. Ou eles não merecem oportunidade?
Seguindo a lógica da escritora, não deveríamos prender os menores, pois isso não diminuiria a violência. Partindo dessa premissa, então devemos destruir os presídios e acabar com as leis, pois mesmo com tudo isso os crimes continuam existindo. Então por que gastar dinheiro com legisladores, advogados, juízes? O crime continua existindo.
É preciso que fiquemos atentos aos argumentos utilizados. Defender ou não a manutenção da maioridade penal é um direito de todos, porém façam-no com argumentos válidos.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Como capturar porcos selvagens

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Havia um professor de química em um grande colégio com alunos de intercâmbio em sua turma. Um dia, enquanto a turma estava no laboratório, o professor notou um jovem do intercâmbio que continuamente coçava as costas e se esticava como se elas doessem. O professor perguntou ao jovem qual era o problema.

O aluno respondeu que tinha uma bala alojada nas costas, pois tinha sido alvejado enquanto lutava contra os comunistas de seu país nativo que estavam tentando derrubar seu governo e instalar um novo regime, um “outro mundo possível”. No meio da sua história ele olhou para o professor e fez uma estranha pergunta:

- “O senhor sabe como se capturam porcos selvagens?”

O professor achou que se tratava de uma piada e esperava uma resposta engraçada. O jovem disse que não era piada.

- “Você captura porcos selvagens encontrando um lugar adequado na floresta e colocando algum milho no chão. Os porcos vêm todos os dias comer o milho gratuito. Quando eles se acostumam a vir todos os dias, você coloca uma cerca, mas só em um lado do lugar em que eles se acostumaram a vir. Quando eles se acostumam com a cerca, ele voltam a comer o milho e você coloca outro lado da cerca. Mais uma vez eles se acostumam e voltam a comer. Você continua desse jeito até colocar os quatro lados da cerca em volta deles com uma porta no último lado. Os porcos que já se acostumaram ao milho fácil e às cercas começam a vir sozinhos pela entrada. Você então fecha a porteira e captura o grupo todo.”

- “Assim, em um segundo, os porcos perdem sua liberdade. Eles ficam correndo e dando voltas dentro da cerca, mas já foram pegos. Logo, voltam a comer o milho fácil e gratuito. Eles ficaram tão acostumados a ele que esqueceram como caçar na floresta por si próprios, e por isso aceitam a servidão.”

O jovem então disse ao professor que era exatamente isso que ele via acontecer neste país. O governo ficava empurrando-os para o comunismo e o socialismo e espalhando o milho gratuito na forma de programas de auxílio de renda, bolsas isso e aquilo, impostos variados, estatutos de “proteção”, cotas para estes e aqueles, subsídio para todo tipo de coisa, pagamentos para não plantar, programas de “bem-estar social”, medicina e medicamentos “gratuitos”, sempre e sempre novas leis, etc, tudo ao custo da perda contínua das liberdades, migalha a migalha.

Devemos sempre lembrar que “Não existe esse negócio de almoço grátis” também que “não é possível alguém prestar um serviço mais barato do que seria se você mesmo o fizesse”.
Esta é uma parábola, algo criado para representar uma realidade, porém com personagens não reais. Mas e você, como se comporta? És um porco selvagem? Vê migalhas e fica contente? Acha que vale-isso, vale-aquilo, bolsa-qualquer-coisa, subsídios, leis que definem como nosso salário será utilizado são coisas boas para nós? Prefere que o governo continue a 'cuidar' de sua vida, para isso exigindo como contrapartida a tua falta total de liberdade?

Precisamos ficar atentos, não só com relação ao governo, mas tudo que nos cerca. Isso pode ocorrer nas empresas, nas famílias, nos grupos onde convivemos. Alguns podem fazer de forma intencional, pois preferem se cercar de robôs que possam controlar, outros podem fazer sem perceber. No entanto cabe a nós, e somente a nós, decidirmos como nos comportaremos. Sei o quanto é confortante ter alguém que faça tudo por nós, que pense, que diga, que aja, que nos controle, porém o preço é muito alto.

domingo, 10 de agosto de 2008

Oportunidade

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A cada dia que passa percebo mais o diferencial que uma oportunidade faz na vida de uma pessoa. Dizem que nós é que temos que criar as nossas oportunidades, e realmente precisamos arregaçar as mangas e irmos a luta. Ficar reclamando da vida, dizendo que ela lhe virou as costas e que nunca teve uma oportunidade é algo muito cômodo, porém nos coloca num papel de vítima e nada ajuda para melhorar.

No entanto nem sempre é fácil arrumar as oportunidades, apesar do esforço que a pessoa faça. É muito mais fácil uma pessoa conseguir uma oportunidade na cidade de São Paulo, que possui uma infinidade, do que numa cidade paupérrima do interior do sertão, por exemplo. Pode ser que uma pessoa de São Paulo consiga algo com algum esforço, enquanto que uma outra desta outra cidade, apesar de fazer esforços homéricos jamais consiga uma.
E por que estou falando disso? Vi uma reportagem (devido as Olimpíadas) que mostrou alguns brasileiros que estão tendo sucesso lá na China, em restaurantes. E mostrou dois nordestinos que são altamente reconhecidos por seus trabalhos, chefiando equipes de um dos melhores restaurantes de Pequim. E vendo a reportagem fiquei pensando. Se estas duas pessoas continuassem lá em suas cidades, o que seriam? Cortadores de cana, agricultores, mais um usuário dos bolsa-qualquer-coisa? Possivelmente estariam numa situação de pobreza (a cidade deles possuem esta característica), somente sobrevivendo.
E graças a esta oportunidade (não pude saber como eles a conseguiram) hoje são pessoas acima de tudo realizadas.
Tudo o que eles precisaram foi de uma oportunidade. E isso é tudo que as pessoas precisam para mudarem suas vidas, para se descobrirem, para se tornarem cidadãos (e não massa de manipulação). Quantos talentos, inventos, melhorias são perdidas somente por não darmos oportunidade?
Certamente as pessoas têm que buscarem as oportunidades, mas nós também temos que fazer a nossa parte, dando-lhes oportunidade caso seja possível.
Creio muito que com isso poderemos mudar muito nosso mundo, pois as pessoas, quando possuem uma oportunidade a abraçam, e lutam por ela. Claro que tem aqueles que querem mesmo é vagabundear, mas deixarmos de dar oportunidade por causa desses é algo muito cruel a quem somente precisa de UMA oportunidade na vida.

sábado, 9 de agosto de 2008

Da série "Das coisas que não entendo"

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Moro em um condomínio, e consequentemente todo mês chega o boleto da taxa de condomínio. Até aí tudo normal, perfeito. Mas tem algo que acontece que muito me intriga.

Sempre que o boleto está disponível eles colocam avisos nos prédios, e então vou até a recepção pegar o boleto e assinar um comprovante de que eu peguei o boleto. Essa 'burocracia' existe para que eu não possa alegar que não recebi o boleto. Já não concordo com a necessidade disso, pois todos que moram em condomínio sabem que é dever pagar a taxa mensalmente, e para mim ninguém pode alegar ignorância disso. Mas enfim, vivemos numa sociedade onde leis estão sendo criadas para tentar fazer com que as pessoas façam aquilo que lhes é dever. Bom, mas isso é assunto para outro artigo.


Então todo mês eu ia lá pegar e assinar o boleto, e quando eu perguntava o motivo pelo qual não colocavam embaixo da porta como todos os outros boletos, o que sempre escutei é que não podiam fazer isso porque era necessário que o proprietário desse ciência (entenda assinar) do recebimento. Pois bem, fazer o que né?
E neste mês eu demorei para ir lá pegar, e fui somente nesta sexta-feira. Quando cheguei lá o porteiro falou que já haviam entregues as restantes no apartamento.

Ops, pelo que sei é preciso que se assine para evitar que os condôminos aleguem não ter recebido, porém se chega perto da data eles podem deixar na porta? Se podem então, por que não fazem isso desde o começo, evitando assim que as pessoas tenham que ir até a portaria, assinar o papel? Ou será que somente os que poderiam alegar não recebimento são somente os que pegam lá na portaria, os demais jamais fariam isso?

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Doping

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Às vésperas de uma nova olimpíada o mundo todo fica na expectativa de presenciar o maior evento esportivo do planeta, os atletas representando seus países, esforçando-se ao máximo, felizes por darem a seu país o máximo de si.

Pois é, tirando a parte referente a brevidade do início de mais uma olimpíada, creio que o resto faz mais sentido nas antigas olimpíadas, onde as pessoas iam realmente por prazer, para representar seu país, por um ideal, por se esforçar e conseguir se superar.

Infelizmente as olimpíadas se 'profissionalizaram', e o espaço para estas pessoas minimizaram. Agora quem vai para as olimpíadas são garotos e garotas propagandas de grandes marcas, que vestem dos pés a cabeça os atuais atletas. Tudo o que eles usam, onde vão, o que falam, tudo é devidamente estudado por um 'patrocinador'. Pena que estes 'patrocinadores' mataram o espírito olímpico, onde o mais importante é competir.
Imagina se uma empresa vai querer somente que o seu atleta compita, ou então que saia na foto atrás do vencedor. Que prejuízo para a marca!!!!

E certamente os 'patrocinados' sabem muito bem disso, sabe que eles deixaram de ser esportistas a partir do momento em que ficaram 'profissionais', e que agora, além de se esforçarem para superar suas marcas precisam superar os anseios e desejos do 'patrocinador'. E é aí que alguns, não somente motivados por isso, cedem ao uso de meios não honestos, e começam a fazer uso de drogas para melhorarem seus desempenhos, darem milésimos de segundos, um pouco mais de força, de atenção, enfim, qualquer vantagem que possa fazer a diferença entre um 'vencedor' ou 'perdedor' (Esses termos eu coloquei entre aspas pois eles representam somente a posição final do atleta, e não a postura dele para obter esta posição).

Nem preciso falar o quanto esta atitude é errada. E felizmente o COI proíbe isso, punindo os infratores (mesmo que algumas vezes até com um certo exagero).

Mas tem um outro doping que é permitido, e que a cada competição está ficando cada vez mais evidente, e não vejo nada sendo feito para coibir. Até onde eu sei, a competição é centrada no desempenho do atleta, no potencial que ele possui e consegue desempenhar, no resultado do esforço dele. E somente dele. Mas isso já deixou de ser realidade. Agora o atleta não está sozinho, ele está com outros acessórios que podem fazer a mesma diferença do doping químico. E este doping está na tecnologia, que desenvolve produtos para aumentarem o desempenho do atleta. O maior exemplo disso são as roupas que vestem quase que por inteiro os nadadores.

São roupas que foram desenvolvidas analisando o tubarão, na forma do seu corpo para permitir melhor deslocamento da água, de modo a minimizar o atrito, e conseqüentemente aumentando a velocidade do atleta. Mas o que é que deve ser avaliado? É o potencial do atleta ou o potencial da tecnologia do 'patrocinador' do atleta?

Na reportagem um treinador fala deste doping, e o classifica como doping psicológico (ri muito nessa hora). Segundo ele, os atletas ao usarem tal vestimenta se sentem super-heróis, e então eles acabam melhorando o tempo. Acho engraçado isso, inventaram a roupa placebo. Poupem-me!!!!!
Só não entendo como empresas investem milhões em estudos e desenvolvimento para fazerem uma roupa placebo, que somente mexa no psicológico do atleta. É claro que a roupa afeta o desempenho, proporciona mais do que o atleta sozinho consegue obter, senão não investiriam estes milhões.

É uma pena que o COI parece não se importar com isso (ou sabem muito bem quem 'manda' atualmente nas olimpíadas) e deixam isso acontecer com a maior naturalidade. Para mim o que deve ser avaliado é o potencial do atleta, do seu esforço, da sua capacidade. E não a capacidade dele em arrumar 'patrocínios'.

Não sou contra tecnologia ou evolução, porém sou contra desigualdade. Permitir que somente alguns usem tal doping fere o direito da igualdade. Se o traje fosse oferecido a todos os atletas, e mesmo assim alguns não quisessem utilizar, sem problemas, seria decisão deles. Mas não dar a chance de melhorarem suas performances fere qualquer espírito olímpico, que para mim foi enterrado lá com os gregos, há muitos e muitos anos.

Deixo este vídeo, que considero um excepcional exemplo de vitória, não por ter chego em primeiro lugar, mas sim por ter superado a si mesma. É o final da maratona feminina de Los Angeles, 1984, em que a suíça Gabriele Andersen cruza a linha de chegada extenuada, porém extremamente vitoriosa.






domingo, 3 de agosto de 2008

Impostômetro

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Pois é, paga-se tanto imposto neste país que até foi criado um site para informar aos cidadãos quanto de imposto nós pagamos. Aos que querem ver a terrível cena, o site é http://www.impostometro.com.br/

Trabalhamos 145 dias por ano (aprox. 40% do ano) para pagar impostos. E não me incomodo com isso, sinceramente. O governo necessita dos impostos para investir nos benefícios para a população, como educação, saúde, transporte, segurança, cultura. O problema é que os nossos impostos não são investidos nisso, e é isso que me incomoda, e muito. Todo país do mundo paga imposto, alguns até pagando bem mais que este país, e não vejo a população reclamando, pois eles possuem hospitais, escolas, transporte, segurança, tudo de graça e do bom.

Portanto o imposto não é o problema em si, mas sim o que é feito deste imposto.

Pagarmos tudo isso, e ainda termos que pagar por conta escolas particulares, seguranças, plano de saúde e odontológico, pedágio, enfim, somos bitributados. (Mundiota: População milionária).

E navegando um pouco no site comecei a fuçar nos recursos dele, e pude comparar alguns dados. E comparei os dados da cidade onde moro e da minha cidade natal.

Eis os dados:


Bauru

Lençóis Paulista

Período

Arrecadação

Arrecadação

Das 0:00h
de hoje até agora:

895.083

62.313

Da 0:00h do 1º dia
deste mês
até agora:

2.977.763

207.304

Da 0:00h do 1º dia
deste ano
até agora:

248.670.306

17.675.301



E dividindo o valor de Bauru por Lençóis Paulista chego no valor de 14, aproximadamente. Ou seja, o valor arrecadado por Bauru é 13 vezes mais que o de Lençóis Paulista. Mas até aí tudo bem, cada cidade é de um tamanho diferente.
Mas fazendo outros cálculos, dividindo a população de Bauru (356.680) pela de Lençóis Paulista (62.580) obtenho o valor de 5,70.
* Dados do IBGE - 2007

Dividindo então a razão entre as receitas (13) pela razão entre as populações (5,70) obtenho o valor de 2,28, ou seja, Bauru recebe 1,28 vezes mais imposto por habitante que Lençóis Paulista.

Bom, analisando somente os números devo imaginar que Bauru está bem melhor que Lençóis, mas posso afirmar, não está mesmo. Eu conheço as duas cidades, e vejo como estão. Posso dizer que Bauru está muito, mas muito atrás mesmo de Lençóis. E quem conhece as cidades, mesmo que somente de passagem, pode dizer isso também.

E por que eu quis fazer esta comparação?

Primeiramente para dizer que mesmo com altos impostos sendo arrecadados podemos não ficar tão aborrecidos, pois se eles estiverem sendo aplicados com seriedade nós vemos o resultado do nosso imposto, e isso faz com que entendamos um pouco melhor o motivo de pagarmos os impostos.
Pena que muitos dos valores pagos não ficam no município.
E usei estas cidades pois conheço as duas, portanto posso falar com um pouco mais de propriedade do que pegar outras cidades, as quais somente conheço por TV ou sites e reportagens.

Cabe a nós, cidadãos deste país, cobrarmos das autoridades, dos nossos 'representantes' as ações dos atos deles. Somente através da nossa participação, comprometimento, cobrança e engajamento é que conseguiremos mudar um pouco nossa cidade, nosso estado, nosso país, nossa cultura.