Sobre este blog

Este nome é facilmente interpretado como 'Mundo Idiota', o que não deixa de ser, visto que atualmente vivemos em um mundo do TER e pior, do PARECER TER / SER, enquanto o que devemos valorizar é o SER. Mas o nome tem outro motivo. Uma pessoa que defende sua pátria é chamado de patriota, numa analogia a pessoa que defende o mundo seria o MUNDIOTA.
 

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Antes x Depois

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Recebi este vídeo por email, e contra palavras não há argumentos. Ainda mais quando as palavras foram proferidas pela mesma pessoa. A única diferença é que a pessoa mudou de lado, de candidato para presidente. Acho engraçado que somente isso faça com que uma pessoa mude sua forma de ver as coisas.

Assistencialismo é uma das mais perversas formas de escravidão, que é aquela na qual o escravizado crê que está sendo ajudado, quando na verdade está sendo podado, limitado, atrofiado. Aos que tiverem interesse, escrevi sobre o assunto em outro artigo.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Em nome da segurança

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Ontem me deparei com este texto: Restaurante de hotel proíbe palitos de dentes por 'ameaça à segurança'.

Abaixo transcrevo uma parte do texto:

Segundo reportagem do jornal britânico “Daily Mail”, o Macdonald Portal Golf and Spa baniu os palitos de madeira afirmando que os objetos seriam um ameaça à saúde dos clientes e à segurança do local.

Fico tentanto imaginar o risco que um palito de dente pode causar. Sei que com o palito uma pessoa má intencionada pode tentar furar o olho de outra, por exemplo, o que “poderia” justificar tal “proteção”. Mas e os talheres, não são riscos? Se formos calcular o potencial “ameaçador” dos objetos, apostaria minhas fichas nos talheres.

O mundo está ficando paranóico. Tudo é arriscado atualmente, tudo tem que ter proteção, inúmeras regras, prevenções, restrições, tudo para que possamos ter uma “vida” mais mais segura.

Lembrem das coisas que fazíamos quando crianças (para os que tem mais de 30 anos). Corríamos riscos um atrás do outro, subíamos em árvores, descíamos ladeiras em carrinhos de rolimã e como freio somente o tênis ou chinelo, jogávamos futebol descalço, andávamos de bicibleta sem proteção alguma, brincávamos o dia todo sem celular por perto, passávamos por cercas de arame farpado para pegar bolas que iam longe do gol, e no entanto não morremos. Somente ficamos mais fortes, aprendemos a superar os desafios, aprendemos o nosso limite, e o limite das coisas.

Mas estão acabando com isso. Agora temos que ter medo de tudo. Temos que ter medo de sair de casa, temos que ter medo dos brinquedos terem partes pequenas, dos brinquedos não serem aprovados pelo Inmetro, das crianças poderem se ralar ao cair da bibicleta, de cair de uma árvore.

“Em nome da segurança” estão nos matando em vida. Ao invés de nos proporcionarem uma vida feliz – e entendo como vida feliz aquela onde podemos fazer o que quisermos (isso não inclui desrespeito aos outros), assumindo os riscos, nos aventurando, tomando decisões, certas ou erradas – querem todos uns robozinhos, programados por normas e leis feitas para nos “protegerem” de tudo que de mal possa nos acontecer. Pena que eles somente enxerguem o mal como algo físico, pois a mim, o maior mal que pode existir não é um arranhão, uma perna quebrada, uns hematomas, mas sim a falta da liberdade, de iniciativa, de aprendizado.

Só que a “segurança” não enxerga isso. Espero que nós, então, enxerguemos isso, para acabarmos com esta onda paranóica que está nos acometendo, para gritarmos que queremos VIVER, com tua sua plenitude, suas possibilidades, suas riquezas, seus ensinamentos.