Sobre este blog

Este nome é facilmente interpretado como 'Mundo Idiota', o que não deixa de ser, visto que atualmente vivemos em um mundo do TER e pior, do PARECER TER / SER, enquanto o que devemos valorizar é o SER. Mas o nome tem outro motivo. Uma pessoa que defende sua pátria é chamado de patriota, numa analogia a pessoa que defende o mundo seria o MUNDIOTA.
 

sábado, 31 de maio de 2008

Educação fazendo a diferença

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É chover no molhado dizer que o que faz a diferença na vida das pessoas e conseqüentemente da sociedade é a educação. Somente através da educação é que conseguiremos deixar de ser um país cheio de injustiças e desrespeitos e passaremos a ser um país melhor, mais honesto, íntegro, justo.

E hoje pude presenciar uma prova do valor da educação, não somente instrução, mas educação no sentido mais amplo. Este foi o segundo ano que foi exibido o quadro ‘Soletrando’, do programa Caldeirão do Huck, e o vencedor foi um garoto de 14 anos, o Éder. Com a conquista do primeiro lugar ele levou o prêmio do quadro, que o ajudará a custear os estudos, e provavelmente os estudos da família também.

Mas o que ele conquistou foi muito mais do que isso. Tenho a certeza que ele conquistou a admiração de muitas pessoas neste país, não pelo fato de ter sido o vencedor, mas sim por ele SER um vencedor. E por que ele é um vencedor?

Vejamos a história dele e da família. Ele mora no Vale do Jequitinhonha, uma das regiões mais pobres deste país. A escola fica muito distante da casa dele, e ele só começou a freqüentá-la aos 8 anos. Repetiu a primeira série devido a sua vergonha em falar com o professor. Em sua casa moram 6 pessoas, seu pai está desempregado e vive de bicos. Juntando com o valor que recebem do bolsa família contam com R$ 200,00 mensais para o seu sustento. Isso mesmo, R$ 200,00 por mês. E apesar de tudo isso é uma pessoa que se esforça na escola (que tenho a certeza estar longe das escolas que cobram fortunas e possuem alunos que não mal sabem escrever o nome), uma pessoa que possui valores.


Eis uma lindíssima prova de que não é o dinheiro que determina a qualidade do ensino, tampouco o dinheiro que forma cidadãos. Educar não depende de altos valores monetários, mas sim de valores, de princípios, o que o jovem Éder e sua família fizeram e fazem com mestria.


Meus parabéns a esta família, e meu muito obrigado por propiciar a nós, telespectadores, esse grande exemplo.
E para as pessoas que crêem que a televisão exerce grande influência sobre as pessoas, que se deixem influenciar por este exemplo.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Honestidade

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Eis uma palavra que anda meio démodé neste país. Até o significado está sendo modificado. Ao invés de honesto ser uma pessoa que procede de acordo com as normas (legais, morais etc.) aceitas na sociedade, atualmente honesto é muito mais visto como idiota, bobo, tolo, careta.
E não tiro os motivos que levam as pessoas a dizerem isso, basta ver os nossos exemplos, principalmente os de algumas pessoas não residentes fixos de uma cidade de coordenadas 15° 48′ 0″ S, 47° 54′ 0″ W.
Ser honesto passou de virtude a defeito.

E você é honesto? Eu sou honesto? Quando? Quando alguém está vendo, ou quando ninguém pode presenciar a desonestidade? É honesto quando o que pode ganhar é pouco? E quando for muito?

Já escrevi logo no começo das minhas postagens um artigo questionando se temos moral o suficiente para criticar nossos políticos (Podemos criticar nossos políticos?), e depois um outro artigo, não de minha autoria, sobre o mesmo assunto (Precisa-se de matéria prima para construir um país).

E ontem vi um novo quadro do programa CQC (http://www.band.com.br/cqc) - o qual recomendo aos que gostam de humor inteligente - para testar a honestidade do brasileiro, em pequenos atos e quando a princípio ninguém pode descobrir.

Obviamente não tem valor científico, tampouco estatístico, porém vale a pena uma reflexão nossa para ver com que pessoas abordadas na reportagem nós nos identificaríamos.




segunda-feira, 26 de maio de 2008

Arrogância

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Um calouro muito arrogante, que estava assistindo a um jogo de futebol, tomou para si a responsabilidade de explicar a um senhor já maduro, próximo a ele, por que era impossível a alguém da velha geração entender esta geração.

- “Vocês cresceram em um mundo diferente, um mundo quase primitivo”, o estudante disse alto e claro de modo que todos em volta pudessem ouvi-lo.

- “Nós, os jovens de hoje, crescemos com televisão, aviões a jato, viagens espaciais, homens caminhando na Lua, nossas espaçonaves tendo visitado Marte. Nós temos energia nuclear, carros elétricos e a hidrogênio, computadores com grande capacidade de processamento e ....”.

Numa pausa para tomar outro gole de cerveja, o senhor se aproveitou do intervalo do gole para interromper a liturgia do estudante em sua ladainha e disse:


- “Você está certo, filho. Nós não tivemos essas coisas quando nós éramos jovens... por isso nós as inventamos.”

- “E você, um arrogante dos dias de hoje, o que você está fazendo para a próxima geração?”



Esta é uma obra de ficção, um texto para nos proporcionar uma bela reflexão sobre nossas atitudes. Parece tão natural acharmos que o que cremos, o que sabemos, o que vemos é melhor do que os outros crêem, sabem, vêem que em muitos momentos temos atitudes como a do jovem, achando-nos melhores que os outros.
Esquecemo-nos que o que ocorre é somente uma diferente visão do mundo, um outro lado, outros valores.
Isso não significa que devamos ficar quietos e evitar expor nossa visão para não sermos arrogantes ou prepotentes. O problema não é o fato de expor visões diferentes, mas sim a forma de expor. É possível expor algo totalmente oposto à opinião do outro, porém de uma forma que o outro o ouça com total respeito, independente de concordar ou não.

É fácil agir assim? Certamente não, mas o exercício diário desta consciência certamente nos afastará da carupuça da estória acima.

domingo, 25 de maio de 2008

Flagrante de irresponsabilidade

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Outro dia deparei-me com esta notícia (Mãe ensina adolescente de 14 anos a dirigir...). Infelizmente não fico abismado com o fato de um (ir)responsável por uma criança ou adolescente querer ensinar o filho a dirigir carro antes da idade mínima, mas este caso é um pouco atípico.
Primeiramente porque a mãe levou o adolescente a uma das principais rodovias do país, com muito movimento e altas velocidades. Em segundo lugar pois levava junto seus outros filhos menores.
Mas o mais incrível é o argumento que ela utilizou. Transcrevo: "Ela teria afirmado ainda que estava habilitada a ensinar o filho porque tinha CNH (Carteira Nacional de Habilitação)."

(pausa para respirar)

Em que mundo esta ilustre cidadã vive? Será que ela não sabe que a carteira de habilitação é algo pessoal, e que para ser instrutor de direção é necessário bem mais do que isso? E que, mesmo se ela tivesse tal autorização, ela jamais poderia fazer isso com um menor de idade?

A minha preocupação não é com relação ao ato em si, que foi descoberto e felizmente não gerou conseqüências físicas em ninguém, mas sim no que esta mãe ensinará aos filhos. Que valores ela passará para eles, que demonstração de respeito aos outros, à vida, de obediência às leis? Ela conseguirá formar cidadãos ou formará mais brasileiros espertos, adeptos da lei de Gerson?

sábado, 24 de maio de 2008

Descobriram a divisão

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A divisão, esta simpática operação matemática, porém altamente incompreendida e temida por muitos está voltando à tona recentemente, e isso graças aos publicitários e empresários. Já repararam que as propagandas passaram a anunciar seus produtos com os valores diário? Já não falam o valor total faz muuuuuuuito tempo, e agora estão deixando de falar o valor mensal. Somente informam o valor diário.

É que assim o produto “““““fica””””” (bem entre aspas mesmo) mais barato, afinal, precisamos só de R$ 1,00 por dia, e o que é R$ 1,00 por dia? É nada, é insignificante, portanto tenho plenas condições de comprar o produto. O fato de ter que economizar R$ 1,00 por dia, por mais de 1000 dias isso não é importante, não precisa nem ser falado. Bobagem.

E nos mercados e restaurantes também esta moda está pegando. Antes eu ia a restaurantes e via o preço por quilo. E agora, como os preços estão altos colocam o preço de 100g, assim nós não nos assustamos com o preço (pura psicologia barata), afinal, R$ 2,09 a cada 100g é bem ‘diferente’ de R$ 20,90 (leiam vinte e um reais).

E por que fazem isso? Será que é por que tem vergonha do preço que praticam, e por isso querem mostrá-lo de uma forma mais simpática?

Claro que exigir uma lei que obrigue todos os produtos a serem anunciados pelo valor da mesma unidade de tempo (mês), ou então pela mesma unidade de massa (kg) poderia acabar com isso, mas seria esforço demais para pouco ganho, mais gerenciamento, gastos. O melhor será nós, consumidores também mostrarmos conhecimentos matemáticos, e de uma operação até mais simples que a divisão: a multiplicação.

Se anunciarem o valor diário de um produto, basta multiplicarmos por 30 e então termos uma melhor noção do preço do produto (multiplicar pelo número de parcelas ajudará muito também). E no caso dos alimentos, se o valor estiver a cada 100g basta multiplicar por 10 (eita operação simples essa) e então saberemos o preço do quilograma, e conseqüentemente facilitaremos a comparação com o preço de outros produtos, também vendido a quilo.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Amor e Lealdade

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Seu filho e sua filha de 12 anos mostram enorme interesse em assistir ao filme baseado em um livro que eles estão lendo na escola. Você descobre que o lançamento será daqui a quatro sábados e promete que vai levá-los já na pré-estréia. Será uma tarde muito especial, só vocês. Você ganhou pontos como pai, fez um golaço e tanto. Melhor ainda, agora eles serão os primeiros a contar para os colegas de escola como o filme se desenrola, serão o centro da roda e heróis por um dia, graças a você. E eles começam a sonhar com o grande dia. Três semanas se passam e na quinta-feira anterior à pré-estréia seus colegas de trabalho o convidam para um jogo de futebol seguido de churrasco. Seu chefe vai estar lá, jogando com a turma. Um amigo se prontifica a buscá-lo às 10 horas do sábado. Você aceita sem pestanejar. Ser convidado para jogar com o chefe é muito importante para a sua carreira, que por sinal não anda muito bem. Seria uma boa oportunidade para fazer média. Você nem se lembrou do compromisso anterior com os filhos.

No sábado, às 10 horas em ponto, seu amigo está à porta, quando seu filho, absolutamente estarrecido, lhe pergunta: "Pai, você esqueceu o nosso filme?".

O que você faz numa situação dessas?

1. Você diz que não irá ao futebol. Pede mil desculpas ao amigo, diz que não poderá jogar conforme o prometido, pede que ele explique o ocorrido ao seu chefe, e fim de papo.

2. Você pede mil desculpas aos seus filhos, explica a situação, diz que o chefe vai estar lá, que você os levará no sábado que vem, com direito a pipoca em dobro. E tudo se resolverá a contento, sem prejuízo de ninguém.

Qual das duas opções você escolhe? Se respondeu que é a primeira, lamento dizer que você está mentindo. Todo mundo escolhe a segunda opção. Afinal, é sua carreira que poderia estar em jogo. Você bem que podia se tornar mais amigo da turma do trabalho, você está inseguro. Aliás, quem não está?

O que quero discutir aqui é a razão por trás da sua escolha, o raciocínio que determinou a decisão de postergar o cinema com os filhos. Você fez essa opção porque no fundo sabe que seus filhos o amam. E, porque o amam, eles entenderão. Sem dúvida, eles ficarão desapontados, mas não para sempre. Afinal, você conseguiu conciliar a agenda de cada um, só vai demorar mais um pouquinho.

Porém, com esse tipo de raciocínio, você acaba colocando as pessoas que o amam para trás. Justamente as pessoas que nos amam é que acabamos decepcionando, vítimas dos nossos erros do dia-a-dia. Que recompensa é essa que dispensamos àqueles que nos amam e que nos são leais? Por quanto tempo eles continuarão nos amando diante de atitudes assim?

Eu não tenho a menor dúvida de que você escolheu jogar futebol porque sabe muito bem que seu chefe não o ama. Muito pelo contrário, ele não está nem aí para você. Ele pode substituí-lo na hora que quiser, sem um pingo de remorso. Você aceitou jogar com os colegas para que eles gostem um pouco mais de você. E com os seus filhos, que já o adoram, você aproveitou para negociar. Eles não vão dizer nada, vão entender, mas sentirão calados uma punhalada nas costas. A lógica diz que deveríamos ser leais com as pessoas que nos amam, mas na prática fazemos justamente o contrário.

Se acha que ninguém o ama ou que não é amado o suficiente, talvez isso ocorra porque você não tem sido leal com as pessoas a quem ama. Achar que elas serão sempre compreensivas e razoáveis é seguramente o caminho para o desastre. Seus filhos acreditarão em você na próxima vez que lhes fizer uma promessa? Eles aprenderão o significado da palavra lealdade?

Seu chefe vai esquecê-lo totalmente um mês depois de você se aposentar, bem como os seus colegas de trabalho. Os únicos que jamais vão esquecê-lo são seus filhos, pela sua lealdade ou pelas pequenas decepções e infidelidades cometidas por você ao longo da vida.

Stephen Kanitz é administrador (www.kanitz.com.br)

Revista Veja, Editora Abril, edição 2053, ano 41, nº 12, 26 de março de 2008, página 22

terça-feira, 20 de maio de 2008

Você está louco: pagamentos

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Eu costumo brincar que sou muito burro, pois existem tantas coisas nesse nosso mundo que eu realmente não consigo compreender o porquê é assim. Vejo ações sendo tomadas há tempos, situações continuadamente ruins e nenhuma proposta para resolver, somente condicionamentos e posturas como a da ‘Síndrome de Chicó’.

E uma das que me chamam a atenção é o período em que são feitos os pagamentos dos salários aos funcionários. Sei que existem variações, mas na maioria os pagamentos são feitos até o dia 10. Um percentual grande das pessoas recebem seus salários até o primeiro terço do mês. E o que acontece? Uma correria nas empresas no final do mês, filas imensas nos bancos e lotéricas para sacarem, depositarem, pagarem contas, comércio entupido de pessoas, lojas abarrotadas no primeiro final de semana após pagamento.

Conseqüentemente chateação das pessoas que perdem muito tempo, má qualidade do atendimento por não ser possível dar um atendimento digno, reclamações. E isso todo santo mês. Será que ninguém se incomoda com isso?

E nos outros 2/3 do mês? Aí as filas diminuem, os consumidores rareiam-se, os vendedores ficam parados na porta esperando alguém entrar, e então eles ‘disputam’ o cliente em busca de comissão. Os bancos ficam calminhos. Não soa esquisito? Se as empresas forem contratar pessoas o suficiente para dar um bom atendimento para o pico de atendimento, muitos ficarão sem muita atividade no resto do mês, e a despesa será alta. E certamente as empresas não farão isso, até por questão de sobrevivência, então acabarão contratando o número de pessoas o suficiente para o período mais comum, que é o período referente aos 2/3, ou seja, com menos movimento.

E como eu disse no começo, isso é algo que não entendo. E quero ir além de não entender. Quero propor algo para mudar isso. E o que proponho é que os pagamentos sejam feitos sempre na data de aniversário da pessoa (tratamentos especiais para dias acima do dia 28), e como as pessoas nascem aleatoriamente não corremos o risco de ter acúmulo de pagamentos, compras, filas em um determinado período. Distribuindo os pagamentos de modo aleatório, porém de fácil compreensão para as pessoas, será possível ter uma constante das necessidades de utilização dos serviços, comércio, etc. Teríamos uma quantidade muito parecida todos os dias do mês, o que proporcionaria menos filas, chateações, um melhor atendimento, um gerenciamento mais eficiente das pessoas.

Ah, mas e o gerenciamento e fechamento dos meses, isso é complicado de se fazer. Eu sei. Mas se já se desenvolveram softwares que usem o dia 1 (ou último dia de cada mês) como base para os cálculos, é muito simples ajustar o software para que ele utilize o dia do nascimento de cada pessoa para o cálculo. O computador, garanto, nem perceberá tal mudança.


Utopia? Delírio? Fruto de pensamento de desocupado? Talvez.
Melhoria? Equacionamento? Racionalidade? Talvez.


ps. O nome do artigo foi motivado pelo livro "Você está louco!", de Ricardo Semler, onde ele relata algumas sugestões incomuns.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Respeito ao consumidor

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Reportarei o que ocorreu comigo nestes últimos dias. Passei em um mercado comprar comida, e acabei pegando uma lasanha congelada. Quando cheguei em casa, ao abrir a embalagem externa notei que estava com bolor, mesmo há 3 meses do fim da validade.

Retornei ao mercado, comuniquei o fato ao serviço de atendimento do consumidor e optei por pegar de outra marca, não por desconfiar da qualidade do produto anterior, mas sim pelo fato dos outros produtos serem do mesmo lote, o que implica mesmo transporte, processo de fabricação, estocagem, etc.

Resolvi então comunicar tal fato à empresa, simplesmente reportando que houve um problema, e que não tenho como precisar onde se deu o problema. No entanto achei por bem informar para que ela possa, caso descubra a origem, resolver o problema e evitar que novas pessoas encontrem o produto com problema. Isso foi no sábado à tarde.

E somente reportei o fato, ao invés de sair xingando e falando mal pois sei que inúmeros fatores podem ter gerado tal problema, e que certamente ninguém gerou o problema intencionalmente. Problemas ocorrem, e o melhor a fazer é simplesmente detectar a origem e trabalhar para evitar que ocorra novamente, sem essa paranóia de querer achar o culpado e dar bronca ou algo parecido. E quem de nós, como fornecedor já não forneceu algo com problema?

Hoje pela manhã já recebi um telefonema da empresa a respeito do problema. Passei mais algumas informações – que espero que tenham sido úteis para que eles possam detectar a origem do problema – e em poucas horas recebi o produto em meu serviço. Tudo extremamente rápido.

Mas o que considero mais importante não é o fato de ter ganhado um produto novo, nem a grande velocidade em prestar um atendimento ao consumidor, mas sim o fato da empresa ter preocupação em entender o que houve, investir em pessoas para atender os consumidores, dar um retorno à eles. E não necessariamente um retorno material, como eu tive, mas um retorno.
Ah, mas isso é o mínimo que as empresas devem fazer. Isso não tem nada demais. Pode ser o mínimo, mas isso é respeito ao consumidor. E tenho a certeza que não são todas as empresas que possuem tal preocupação, ou alguém conseguiu resultados bons e respeitosos de operadoras de celular, empresas telefônicas, de TV a cabo, bancos, etc?

Deixo aqui minha admiração pela postura da Perdigão, que independentemente da "culpa" ser dela ou não preocupou-se com o cliente.

domingo, 18 de maio de 2008

Beleza interior

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Já escrevi que nossa sociedade é muito preocupada com imagens. E algumas situações cotidianas me chamam a atenção e reforçam essa minha percepção.

Eu gosto de usar roupas confortáveis, camisetas, jeans, tênis, vestes que não são classificadas como chiques, elegantes. No entanto, em alguns momentos, por ‘exigência’ social ou por vontade própria já fui trabalhar de terno, ou com vestes mais sociais (ditas elegantes), e nesses dias ouvi de pessoas o comentário “Carlos, como você está elegante hoje!”. Engraçado, eu continuo sendo o mesmo cara de ontem, com os mesmos defeitos e virtudes – provavelmente, o que mudou foi só a carcaça, e eu fiquei elegante? Por quê? A elegância estaria em mim se minha postura estivesse melhor, mais humana, verdadeira. Quando somente a carcaça muda o que está elegante é a roupa, algo que qualquer pessoa com o dinheiro suficiente compra. Se colocar a roupa no cabide, o cabide ficará elegante?

Tanto que nesses casos, quando ‘eu’ sou elogiado somente pela carcaça, digo “Minha roupa agradece”. Sei o quanto esta resposta soa mal educada, grosseira a quem estava querendo me fazer um elogio, mas digo isso não para ofender, mas sim para tentar provocar uma reflexão na pessoa para que ela perceba que ela somente está falando de algo externo, que pode ser comprado, e não de algo interno, com real valor.

O mesmo vale para o perfume. Basta usar e escutar “Como você está cheiroso”. Mas como assim? O cheiro não é meu. Tanto que se eu jogar o perfume no carro, ou no computador, ele também ficará cheiroso.

E já repararam como no inverno as pessoas ficam mais bonitas? Ao menos é o que muita gente diz. Mas por que as pessoas ficam mais bonitas? O inverno nada mais é do que um período da translação onde os raios solares incidem menos diretamente onde residimos. Eu digo que as pessoas ‘ficam’ mais bonitas somente porque elas se expõem menos. Usamos mais roupas – devido ao frio, naturalmente – e conseqüentemente deixamos menos partes do nosso corpo expostas. A conclusão que tiro é que quanto menos nos expomos, mais bonitos ficamos. Meio antagônico isso. Para eu ficar bonito preciso me esconder? Qual a lógica nisso?

Não quero propor a não utilização de roupas ‘elegantes’, nem de perfume, nem de roupas para nos protegermos do frio. Somente proponho uma reflexão sobre a beleza, a verdadeira, a interior, a humana.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

A mulher que matou o assassino de seu filho

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Sei que a grande maioria de nós não conseguiria ter a grandeza e coragem dessa mulher. Mas se começássemos, com pequenos atos, a diminuir o mal do mundo, talvez esse se tornasse um lugar melhor para se viver.

"Um menino de quatorze anos matara um garoto inocente só para fazer bonito entre os membros de sua gangue. No julgamento, a mãe da vítima ficou em silêncio até o fim, quando o jovem foi condenado pelo assassinato. Depois do veredicto, ela levantou, olhou diretamente para ele e disse VOU MATÁ-LO.

Então, o jovem foi levado para cumprir a pena de três anos em uma prisão juvenil. Depois de seis meses, a mãe do garoto assassinado foi visitar o assassino. Como antes ele vivia nas ruas, ela foi a única visita que ele teve. Conversaram um pouco e, antes de ir embora, ela lhe deu dinheiro para comprar cigarros.

Depois disso, ela começou a visitá-lo cada vez com mais regularidade, levando-lhe comida e alguns presentes. Quando a pena estava chegando ao fim, ela lhe perguntou o que ele pretendia fazer quando saísse. Ele não tinha idéia e ela se ofereceu para lhe arrumar um emprego na empresa de um amigo. Então perguntou onde ele pretendia morar e, como ele não tivesse família, ela lhe ofereceu um quarto em sua casa.

Ele morou nesse quarto durante oito meses, comeu a comida que ela fazia e trabalhou no emprego. Então, numa noite, ela o chamou à sala para conversar. Ele se sentou à sua frente e, depois de alguns momentos, ela começou a falar.

Lembra-se de que no tribunal eu disse que ia matá-lo? É claro que lembro, ele respondeu. Nunca vou me esquecer daquele momento. E foi o que eu fiz, continuou ela. Eu não queria que o garoto que matou meu filho continuasse vivo nesta terra. Queria que ele morresse. Foi por isso que comecei a visitá-lo e a lhe levar coisas. Foi por isso que eu consegui o emprego e o trouxe para morar aqui em casa. Foi assim que eu comecei a modificá-lo. E aquele outro menino se foi. Então, agora que meu filho se foi e aquele assassino se foi, quero lhe perguntar se você quer ficar aqui. Tenho espaço e gostaria de adotá-lo, se você quiser."

E assim ela se tornou a mãe do assassino do filho, a mãe que ele nunca tinha tido.


ps. Recebido por email, desconheço a autoria

terça-feira, 13 de maio de 2008

Da série "Analisando de outro modo"

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Há uma frase que as pessoas que fazem regime adoram falar, após semanas ou meses de sacrifício: "Perdi n quilos". E falam isso com muita felicidade.

E eu fico preocupado, pois pelo que sei, quem perde algo pode achar, normalmente quando menos esperar. Seria melhor se ela, ao invés de perder, eliminasse os quilos, garantindo deste modo que o mesmo não retornasse.

E outra coisa do mesmo assunto é a organização das pessoas que querem eliminar peso, "Amigos do peso". Quem é amigo do peso tem interesse em se livrar dele? Quem é que quer eliminar algo que é seu amigo? Não seria melhor o nome "Amigos de peso"?


segunda-feira, 12 de maio de 2008

Até Quando?

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Tem muitas músicas do Gabriel o Pensador que eu adoro. As letras são muito boas, com boa crítica da nossa sociedade, proporcionando-nos reflexão. Deixo vocês com uma das que eu mais gosto.

Gabriel o Pensador, "Até quando?"




Serviço público

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Nós, cidadãos brasileiros, adoramos reclamar do alto valor pago em impostos, que neste país nos obriga a trabalhar uns quatro meses, ou seja, 1/3 de todo o ano somente para isso. É, sem dúvida, uma taxa altíssima que pagamos.

E para que servem os impostos? O imposto é uma forma de promover uma melhor distribuição de renda e de proporcionar aos menos afortunados as condições necessárias para que possam ter uma vida digna. Através dos impostos é que o governo conseguirá dinheiro para investir no que é necessário para a população, para que ela viva melhor. É com este dinheiro que se dará educação, saúde, transporte, segurança à população. Outros países pagam muitos impostos também, como o Canadá, a Suíça, a Suécia, Dinamarca, etc.


Os que conhecem um pouco destes países sabem que há uma imensa diferença entre o serviço prestado pelos governos daqueles países com relação aos serviços (?!?) prestados por nosso ‘querido’ país. E o que de mais interessante não é nem esta diferença brutal, mas como nossos políticos agem quando questionados sobre a situação do serviço público brasileiro.


É só perguntar para um prefeito, vereador, governador, presidente e eles sempre falarão que o que está sendo mostrado na TV ou no jornal é um caso isolado, que a saúde não está tão ruim assim, que a educação nunca esteve tão bem, com tantos investimentos, com tantos professores qualificados. Que o transporte público está muito bom, etc. Eu infelizmente nunca ouvi um dizer “Realmente isso está uma $&*%^&$&, precisamos trabalhar forte para resolver o problema”. Espero viver o suficiente para ouvir isso ao menos uma vez.

E estes mesmos políticos, que nunca aceitam que a segurança, saúde, educação e transportes públicos estão com uma qualidade péssima, por acaso utilizam os serviços públicos? Ou andam com carros luxuosos e blindados, com seguranças, colocam filhos em escolas e universidades particulares, com excelentes planos de saúde?

Bingo, acertamos no alvo. Nenhum político utiliza os serviços públicos que eles mesmos são responsáveis, somente porque eles possuem condições de terem serviços melhores. E convenhamos, é muito fácil qualquer coisa ser melhor que os serviços públicos. Vejo isso como um fabricante que não se preocupa com a qualidade dos seus produtos, e utiliza os do concorrente por serem melhores. Ele só tem a empresa para conseguir dinheiro. Não a tem para realizar um projeto de vida, para melhorar a vida dos outros.

E como solucionarmos isso?

Alguns podem dizer para boicotarmos os impostos, assim nos sobraria mais dinheiro e menos dinheiro para eles desviarem. Pode até ser, mas resolver um problema criando outro não me parece uma idéia inteligente, tampouco ética.

Então podemos fazer leis para prender quem desvia o dinheiro. O que precisamos é retirar as leis que impedem que estas pessoas parem na cadeia.

Proponho o seguinte: todo funcionário público deveria utilizar somente o serviço público durante a duração do seu cargo. Ele e sua família direta. Ou seja, escola, transporte, saúde, segurança, tudo isso só poderia ser utilizado por meio do serviço público. E para eles isso não será problema nenhum, já que para eles está tudo bom.

Com esta simples proposta em execução, creio que em pouquíssimos anos teríamos grande parte dos problemas deste país resolvidos, assim como também teríamos pessoas nos cargos públicos realmente comprometidas com o público, e não com o privado, como atualmente.

E então, o que acham da proposta?


sábado, 10 de maio de 2008

Promoção

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Há um mercado aqui em minha cidade que coloca etiquetas diferenciadas para produtos em promoção. Estas etiquetas são da cor vermelha. E amigos meus se atentaram a uma promoção um pouco especial, digamos. Vejam a imagem abaixo e tirem suas próprias conclusões.













Será que eles vendem pelo preço não promocional?

domingo, 4 de maio de 2008

Marcha da Maconha

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Nesses dias tem tido muita repercussão na mídia sobre a "Marcha da Maconha", que estava prevista para ser realizada hoje, em várias cidades do Brasil. E em quase todas elas houve uma proibição judicial, com várias alegações, ameaçando prender os participantes, os organizadores como formadores de quadrilha, etc.
E ouvi um argumento da Soninha (vereadora de São Paulo pelo PPS) o qual achei muito inteligente. Abaixo segue o áudio.





Um dos argumentos dados para proibir é que a marcha incentivaria o crime, pois a maconha é proibida. Mas quando uma pessoa defende o aborto, ela também não está cometendo o mesmo tipo de crime? Ou então quando ela defende a pena de morte, ela também não está cometendo o mesmo tipo de crime?

Fiquei com a sensação de que há tratamentos diferentes para cada assunto polêmico.

ps. Não sou favorável ao consumo de drogas, independente de ser legalizada ou não. Somente para chover no molhado, "se droga fosse bom, não teria esse nome". Somente escrevi este artigo por ver incoerência entre as atitudes tomadas.

Vejam algumas notícias publicadas:
- Estadão
- O Globo
- G1

sábado, 3 de maio de 2008

Da série "Analisando de outro modo"

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Passeando pelo shopping, deparei-me com um cartaz de uma empresa, divulgando sua preocupação sócio-ambiental, as ações que tem feito nos últimos anos, a economia que tem realizado, quantas árvores conseguiram 'economizar'.
E no centro do cartaz li algo que contraria tudo o que estava sendo falado.

Estava algo como "Redução nos últimos anos de.....", e abaixo, num formato de tabela, vários tópicos e seus respectivos índices.
Um ou outro valor estava zerado, e os demais estavam todos negativos. Por exemplo, o índice de redução do telefone de um ano para o outro foi de -10%.
Redução negativa significa acréscimo no uso. Ou redução de 10% é igual a redução de -10%?

O que entendi é que nos últimos dois anos houve acréscimo de todos os indicadores citados, contrariando toda a propaganda da empresa.

Não tenho dúvida nenhuma que o que eles quiseram expressar é o oposto do que disseram. É preciso tomar cuidado com o português para não passar mensagens erradas.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Primeira impressão

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Quantas vezes nós não julgamos alguém, ou uma atitude após a primeira impressão? Fazemos isso com muita facilidade, depois de uma breve impressão já damos um parecer definitivo sobre a pessoa, o que ela é, como ela age. Muitas vezes nem damos chance para uma segunda impressão, ou nos damos ao trabalho de deixar que o tempo nos mostre como é a pessoa.

Mas como imagem é melhor do que mil palavras, deixo vocês com um vídeo que, apesar da temática adulta, certamente nos ajuda a entender o que uma primeira impressão pode provocar.




Fonte: http://charges.uol.com.br/bobagens_ver.php?bobagem_pk=1291

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Liberdade de expressão

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Vejam o vídeo abaixo. Esta é uma propaganda da ABAP (Associação Brasileira das Agências de Publicidade - http://www.abap.com.br).



Esta propaganda é em função de proibições que tentam impor ao setor de publicidade com relação as bebidas alcoólicas. Os comentários (http://www.youtube.com/watch?v=vqokJNTA7Qo) são bem variados e sugiro que dêem uma lida, pois as opiniões são bem diversificadas.

Eu não consigo discordar em nada do que esta propaganda diz. A propaganda não é culpada pelos bêbados deste país, nem pelas mortes de trânsito, nem pelas mortes provocadas por pessoas embriagadas. A culpa não é da propaganda, tampouco da bebida. A culpa (que prefiro chamar de responsabilidade) é da pessoa que bebeu, da pessoa que estava em estado normal de consciência, e mesmo sabendo dos malefícios da bebida (certamente o excesso) optou por beber. O resto é conseqüência química.

Antes das propagandas ninguém bebia? Será que os egípcios somente produziam cerveja e não bebiam, já que não se tinha propaganda na época? Certamente não. A propaganda não é, nunca foi e nunca será, um fator decisivo. A propaganda é – tanto como os amigos que nos rodeiam, nossos pais, familiares, colegas de escola, de trabalho – uma divulgadora. A decisão sobre seguir o que se está sendo divulgado é de responsabilidade somente de quem ouve. Querer proibir a propaganda de cerveja é novamente procurar um bode expiatório, pêlo em ovo. É querer culpar algo que não tem culpa (influência certamente tem). Se as pessoas fossem educadas corretamente – educação é diferente de instrução, educação é baseada em valores, e instrução é baseada em informação e conhecimento – não se precisaria proibir nada, pois as pessoas saberiam se vale a pena ou não consumir a bebida, e em que quantidade.

Imagino que esta tentativa de proibição (ou restrição) nada mais é do que uma tentativa de algumas pessoas de tentar mostrar para a sociedade que algo está sendo feito. O problema é que estão focando no lado errado do problema. Estão no efeito, e não na causa. Talvez estejam propondo isso por não conseguirem ver onde estão gastando o esforço.

Do lado das agências de publicidade, concordo com os argumentos apresentados na propaganda, no entanto não dá para não imaginar que a preocupação deles também possa ser financeira (e não apenas baseada em valores), pois eles são empresas, precisam de dinheiro e uma proibição certamente tiraria (ao menos de imediato) uma boa receita deles. No entanto isso é hipótese, e eu prefiro acreditar que o motivo da propaganda não seja o financeiro.


Vi nos comentários pessoas favoráveis a proibição, pois a bebida altera o estado de consciência, provoca mortes, etc. Sei disso. Mas sei também que os produtos de marca, vendidos como se fossem algo que tornaria as pessoas melhores, mais felizes também provocam muito prejuízo a sociedade. Muitas pessoas se endividam para comprar estes produtos, ou então deixam de comprar o necessário para a casa ou para os filhos para comprar estes produtos. Outras praticam furtos e roubos para conseguir o dinheiro para comprar uma calça, ou tênis, por exemplo. Muitas que não conseguem o dinheiro e conseqüentemente não conseguem comprar os produtos tornam-se depressivas, com doenças sérias, ou então entregam-se às drogas para tentar achar alguma felicidade. Deveríamos então retirar a propaganda destes produtos também?

Muitas pessoas morrem vítima de facadas. Devemos proibir a propaganda de facas, afinal, elas, se mal utilizadas, também provocam mortes.

Se respondeu não à estas perguntas, então qual o motivo de proibir a propaganda de cerveja? Só mata quem faz mau uso, só mata quem optou por usar. Nada é bom ou ruim por natureza. Nós, as pessoas, é que definimos como usaremos.

Proibir isso é deseducar, é tornar o estado mais ‘responsável’ por nossas vidas, é nos robotizar, é tirar de nós a nossa liberdade, nosso direito de decisão. E posso apostar, que mesmo proibindo isso, certamente aparecerá algo que estas mesmas pessoas continuarão fazendo de errado, e novas proibições teriam que ser criadas, num processo infinito.
E enquanto isso, os que sabem como se portar diante disso teriam sua liberdade cada vez mais limitada devido aos que não sabem como se portar.

ps. Vejo propagandas de cerveja, de bebidas, de cigarro. Tive várias oportunidades na vida para beber, no entanto, não bebo nem fumo.