Sobre este blog

Este nome é facilmente interpretado como 'Mundo Idiota', o que não deixa de ser, visto que atualmente vivemos em um mundo do TER e pior, do PARECER TER / SER, enquanto o que devemos valorizar é o SER. Mas o nome tem outro motivo. Uma pessoa que defende sua pátria é chamado de patriota, numa analogia a pessoa que defende o mundo seria o MUNDIOTA.
 

terça-feira, 31 de março de 2009

Grandes problemas, idéias…melhor deixar pra lá

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Recentemente vi uma reportagem sobre o Rio de Janeiro, onde o novo prefeito ordenou que os bancos das praças fossem dotados do recurso “antimendigo”. Os bancos possuem divisórias em pequenos espaços, impossibilitando assim que os mendigos deitem-se.

Vejam algumas imagens:

Essa mesma medida já foi adotada em SP, inclusive sendo maior que isso, tornando partes sobre os viadutos também antimendigo, chapiscando o chão para que eles não possam dormir.

Não gosto nem um pouco de ver pessoas dormindo em bancos de praças ou sobre viadutos, no entanto eles também não gostam disso, somente estão lá por falta de oportunidade ou de amparo, no caso de situações mais extremas. Tal ação é meramente estética, querem limpar a cidade para dizer que os problemas não mais existem. É mais uma vez esforço sendo empregado na consequência, e não na causa. E pior ainda, ao invés de resolver a consequência, estão maquiando a mesma. Conseguiram piorar mais ainda

E por que ocorre isso? Por que o brasileiro não sabe ser cidadão, não tem comprometimento cívico, responsabilidade social, senso de cobrança, e vota em qualquer um, em qualquer sorriso fácil com promessas de melhora da vida, as quais eles fazem questão de tornar ruins para que sempre possam prometer.

Mas já que a linha de ação deles é essa, proponho solucionar este problema do modo deles. Vejam a solução para que políticos demagogos e totalmente desinteressados em uma sociedade melhor, mais justa, mais humana não mais possam ser eleitos:

urna_chl

urna_chl_2Minha proposta é que a urna eletrônica não tenha o botão Confirmar, assim evitaremos – de modo semelhante ao aplicado com os mendigos – que políticos ruins sejam eleitos.

E então, essa idéia é boa?

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ps. Quando disse que não gosto de pessoas dormindo em bancos e sob os viadutos, estava me referindo ao ato de dormir ao relento, sem conforto, sem opção, e não as pessoas.

sábado, 28 de março de 2009

Confiança

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Hoje estive em uma oficina mecânica, e lá haviam vários carros suspensos, e os funcionários passando tranquilamente por baixo deles, trabalhando sem a menor preocupação. E quando vi aquilo, fiquei imaginando o estrago que poderia causar caso a máquina desse algum problema. Seria uma vez só.

Mas os funcionários eram tranquilos, possuíam confiança no equipamento, e por isso podiam focar somente no serviço, e não no risco (que certamente existe) de algum acidente, o que torna o serviço certamente melhor, e em menor tempo.

E fiquei pensando em como é bom confiar, nos outros e em si mesmo. Lembrei-me de alguns fatos que já presenciei que demonstra muito bem o poder da confiança e da autoconfiança.

Há alguns anos, o Corinthians entrou em uma onde de derrotas incrível, creio que chegou a 13 derrotas consecutivas, algo difícil até para times muito menores. O elenco não era nada ruim, no entanto não ganhavam. Se chutavam uma bola e batia no travessão, pronto, já desestabilizava o time. Se tomassem um gol, então era a morte, e o time não jogava mais nada. O time estava quase rebaixado, mudou de técnico e o time empatou uma. Opa, já não perderam. Criou-se uma confiança – mínima que seja – que o time não era perdedor, e que tinha capacidade de vencer. E depois o time engrenou, e ganhou várias seguidas, conseguindo se livrar do rebaixamento. E o que mudou, já que os jogadores eram o mesmo, e o campeonato sendo disputado também?

Há um esporte que gosto, e já joguei algumas vezes, que é o vôlei. E aprendi o quão psicológico é este esporte, e o quanto a confiança faz uma enorme diferença. Tenho uma habilidade maior na defesa, e em algumas partidas, quando começava a defender, percebia que passava a defender cada vez mais, ou mesmo que não conseguisse defender, ao menos estava na bola. E enquanto isso os adversários ficavam preocupados, pois as bolas deles não caiam diretamente. Como jogava de modo amador, quando estava na rede era a hora de cortar, e nesse fundamento sempre tive um pouco de dificuldade. Tinha dia que quando ia jogar, começava a acertar a primeira, a segunda, a terceira, daí não parava mais. Acertava bastante, e sem medo de errar. Porém em outros dias errava a primeira, a segunda, a terceira, e depois não mais cortava, passava somente para não errar. Engraçado que continuava sendo eu, a bola era a mesma, os adversários também, os meus fundamentos eram os mesmos, porém eu não mais acertava. Permiti que alguns erros afetassem minha autoconfiança. Com o saque, a mesma coisa, tinha dia que não errava um, e dias que não acertava nenhum.

E tem uma pessoa que vi recentemente numa entrevista que tem uma autoconfiança absurda, talvez proporcional ao seu tamanho e competência: Oscar Schmidt. Lembro-me do jogo mais memorável de basquete que vi na vida, tinha 10 anos, Panamericano de Indianápolis, 1987. Final entre Brasil e os anfitriões, até então imbatíveis. Os americanos na frente, mas não muito. Então o Oscar (e o Marcel) começaram a acertar arremessos, e a provocar os americanos. O Oscar disse que deixava de marcar o adversário descaradamente, o deixava livre e gritava “shot”. E eles não arremessavam, ou quando arremessavam erravam. O Brasil conseguiu com suas cestas acabar com a confiança dos americanos, que “desaprenderam” a jogar bola de uma hora para a outra. Todos os arremessos do Brasil entravam, enquanto que os dos americanos não. Nesse jogo, se fosse possível medir o nível de confiança, certamente teríamos dois recordes, um positivo (Brasil) e outro negativo (americanos).

E esse mesmo Oscar, em uma entrevista recente, disse que precisava somente acertar uma bola de três pontos para acertar 10 seguidas. Arremessou a 1ª, errou. Arremessou a 2ª, errou. Arremessou a 3ª e acertou. E a câmera ligada, sem corte. E o que ele fez? Acertou 10. Dito e feito. Para mim é um exemplo claríssimo de autoconfiança. Certamente o treino ajuda em muito, mas de nada adiantaria se no primeiro erro ele já desistisse ou cresse que não conseguiria.

Pessoas autoconfiantes não são infalíveis, não são sempre as primeiras colocadas em tudo, não acertam sempre, não vencem tudo. Porém não desistem, são persistentes, sabem que possuem o potencial, e isso basta. Fatores externos não as pertubam. Sabem que são competentes, e somente fazem o que sabem. Se não acertaram, sabem que na próxima acertarão. Ou na próxima, próxima…

Que aprendamos a trabalhar nossa autoconfiança, que aprendamos que ela depende somente de nós mesmos, que o que os outros falam ou pensam é problema deles, o que nós pensamos é problema nosso. E como diria Gabriel o Pensador, “só duvidem de quem duvida de você”.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Castas

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Nesta nova novela das 21h da Rede Globo fica evidente o sistema de castas existente na Índia.

Sistema de castas

Originalmente, as castas eram apenas quatro: os brâmanes (religiosos e nobres), os xátrias (guerreiros), os vaixás (camponeses, artesãos e comerciantes) e os sudras (escravos). A margem dessa estrutura social havia os párias, sem casta (categorizados abaixo dos escravos), considerados intocáveis, até pelos escravos, para não serem "amaldiçoados"; hoje chamados de haridchans, haryans ou "dalits". Com o passar do tempo, vem acontecendo centenas de subdivisões, que não param de se multiplicar.

 

A origem do sistema de castas é incerta.

Sua origem parece proveniente da divisão entre o imigrante ária, de pele clara, e os nativos (dasya), denominados escravos (dasas), que se distinguiam pela pele escura. Os árias são descendentes dos povos brancos de famílias indoeuropéias. As primeiras referências históricas sobre a existência de castas se encontram em um livro sagrado dos hindus, chamado Manu, possivelmente escrito entre 600 e 250 aC. Define-se casta como grupo social hereditário, no qual a condição do indivíduo passa de pai para filho, endógamo, pois ele só pode casar-se com pessoas do seu próprio grupo.

Esse sistema trata as pessoas de modo diferente, como se o fato dela ter nascido em uma determinada casta fosse o suficiente para definir o seu futuro.

Nesse sistema tem os intocáveis, que não podem ser tocados para que não amaldiçoem aos demais. Muitos de nós vemos isso como algo completamente sem nexo, para não dizer ridículo. Não conseguimos imaginar isso, uma pessoa sendo tratada de um modo tão cruel simplesmente por ela ter nascido segundo uma convenção criada pelos humanos que o antecederam.

Mas será que nós não aceitamos as castas? Será que não só aceitamos, mas como concordamos com elas? Eu creio que a resposta a estas perguntas é: sim, aceitamos, concordamos e até incentivamos a perpetuá-las.

Mas não me refiro ãs castas indianas, mas a outras, que podem não ser tão explícitas quanto as deles, mas certamente nos afetam. Há um tempo atrás um certo presidente viajou até um certo país, onde um certo jornalista atirou um certo sapato em sua direção. Resultado: o jornalista foi preso, 2 anos de xilindró. E sem acertar, ou seja, não provocou nenhum ferimento. E quando vi isso fiquei pensando. Se alguém tentasse atirar um sapato em mim (ou você) e não acertasse. Eu (ou você) ligaria para a polícia e informaria que alguém tentou atirar um sapato em mim (ou você), porém errou, e por causa disso o cara deveria ser preso. Somente consigo imaginar os policiais rindo e dizendo que tem coisas mais importantes para fazer na vida do que se preocupar com algo que nem ocorrer ocorreu.

Quantas vezes já vi casos de pessoas ameaçadas de morte, que procuram a polícia para pedir proteção, e eles alegam que nada podem fazer, pois não houve crime. Então a pessoa é morta, e aí a polícia investiga para tentar prender o assassino. Já viram isso alguma vez?

E é isso que não entendo, por que para a maioria dos cidadãos tal fato seria tratado até com deboche ou descaso e para outro cidadão (que garanto, também vai ao banheiro e produz adubo orgânico) é todo um tratamento diferenciado? Será que ele é de uma casta superior? A dos deuses personificados? E a constituição não fala que todos são iguais perante à Lei? Ou será que na constituição tem os famosos asteriscos, onde constam as perigosas exceções?

Mas temos mais castas aqui neste país. Um imensa e muito bem servida é a dos políticos. São alguns privilegiados que ingressam nesta casta, e passam a ter do bom e do melhor, tudo às custas dos escravos cidadãos que pagam impostos, os mais altos do mundo. Trabalham duro, dão 4 meses para eles, para que possam trabalhar somente 3 dias por semana, ganhar oficialmente muito dinheiro, ter ao menos 2 meses de férias, 14o e 15o salário, aposentadoria (integral!!!!!) somente com 8 anos de trabalho, sem contar que possuem apartamento muito bem decorados, auxílio terno, verba para o gabinete. E para que? Para defenderem os seus próprios interesses, como se perpetuarem nesta casta, para impedirem que outros ingressem, para convencerem o povo que esta casta é algo divino, que é necessário para que eles possam salvar os pobres cidadãos da desgraça que assola o país.

Até quando aceitaremos castas? Até quando seremos tão alienados a ponto de crer que castas é algo necessário ou então, como diria o “filósofo” Kléber Bambam, “faz parte” da vida.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Quem quer um mundo perfeito?

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Um dia vi uma reportagem mostrando que uns auto-dentistas no Maranhão atendem a população, usando as pessoas como cobaias para aprender a profissão.

Falaram que faltam fiscais para isso, e que a populaçao se submete por causa do valor cobrado.

O ´perfeito´ seria os ´dentistas´ realmente terem feito o curso e tudo mais, mas se fosse tudo perfeito, a população poderia pagar? Elas se submetem não porque gostam ou ignoram os perigos, mas sim por falta de opção.

E se para nós, pessoas mais abastadas isso pode parecer uma coisa maluca, pense nos restaurantes que come, nos mecânicos que vai, nos pedreiros que contrata. Será que todos são gabaritados e fazem tudo do modo perfeito? Ou será que os alimentos de um restaurante que você frequenta estão sempre bem acondicionados e na validade certa? E os consertos que o mecânico faz, estão bom ou podem colocar em risco a tua vida? E os pedreiros, será que sabem fazer a coisa certa para não cair na sua cabeça?

Buscarmos o melhor sempre é bom, mas busca-se isso da forma errada. Não adianta ir brigar com os auto-dentistas, ou com os cozinheiros, pedreiros, mecânicos que fazem as coisas de um modo não perfeito, pois eles fazem isso pois é o que eles podem fazer no momento. Fiscalizar e punir somente fará com que se tenha menos lugares para quem precisa. Será que não seria melhor redistribuir a renda de um modo mais justo, para que as pessoas tenham condições de fazer coisas melhores, e também de adquirirem coisas melhores, tornando descartável a fiscalização?

Ou você, tendo condições, continuaria comendo em um restaurante não confiável, num mecânico que não usa nenhuma ferramenta para monitorar o carro, ou em um pedreiro que o aprendizado dele ocorreu somente construindo casas tortas por aí?

sábado, 14 de março de 2009

E a economia crescendo…

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A economia do mundo está afundando? Será mesmo? Será que as notícias que lemos na internet (ou jornais) e vemos na TV são realmente verdadeiras? Será que os números estão desfavoráveis? Será que aumentará o desemprego?

Antes que me achem maluco por questionar tudo isso, direi o motivo deste monte de questionamentos. Acompanho as notícias, vejo números negativos sobre a economia, o aumento do desemprego, mas nesta semana algo me chamou a atenção. Em minha cidade tem uma empresa que é distribuidora de remédios, que novamente está ampliando o seu espaço. Já fez isso pouco tempo atrás e agora aumentará novamente. E não é pouco aumento não, é grande.

E se a economia está mal, por que uma empresa cresceria? Empresas de cobrança também estão bem, empresas que cuidam de processos judiciais também. E as empresas de segurança privada, então? Estas estão crescendo que nem loucas! Provavelmente as editoras também estejam aumentando receita com livros de auto-ajuda.

Vi outra vez um novo tipo de profissional, o “personal amigo” (não me lembro o nome ‘oficial’ da profissão) que nada mais é do que uma pessoa que recebe para ser amigo da outra, para poder conversar, sair, essas coisas simples.

E por que citei tudo isso? Para mostrar o que está crescendo nesta sociedade. Estamos gerando uma sociedade de doentes (física, psicológica e espiritualmente), que necessitam de mais e mais remédios para ficarem “bem”. Somos uma sociedade onde o comprar e ter é mais importante que ser e fazer o bem, e em nome da necessidade de comprar a qualquer preço, pessoas se matam de trabalhar, se isolam dos demais (“personal amigo” na área), compram mais do que podem e depois são protestados, e entra nas empresas de recuperação de crédito. Se não dá certo, então processos judiciais são abertos contras as pessoas.

A preocupação do dinheiro acima de tudo torna as pessoas frias, insensíveis aos demais, sem contar que isso gera mais isolamento entre os que possuem muito e os que quase nada possuem, tendo como consequência uma revolta das pessoas e o desfecho para a violência. E então se investe em segurança privada.

A economia infelizmente está crescendo sim, na desgraça da sociedade, sobre a perda de seus valores, seus princípios. Adoraria ver estes setores da economia indo à falência. Ninguém precisando de “personal amigo”, ninguém precisando se drogar (falo dos remédios) para conseguirem se suportar, ninguém gastando mais do que o que ganha, ninguém arrumando confusão, ninguém sendo protestado.

Torçamos para esta economia falir, o mais rápido possível. Certamente será uma das melhores coisas que poderão ocorrer neste planeta.

terça-feira, 10 de março de 2009

Unidos do comprometimento

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O carnaval acabou, é verdade, mas quero tratar sobre algo que esta época do ano sempre me faz refletir.

Na apuração das notas, vê-se a reação das torcidas cada vez que não sai a nota 10. Qualquer 9.9 (no Rio) ou 9.75 (São Paulo) é motivo o suficiente para as pessoas ficarem bravas com o jurado.

Mas que coisa, por que ficar bravo com uma nota 9.9 ou 9.75? É uma excelente nota, quase a perfeição segundo os critérios estabelecidos. Será que eles são tão exigentes e por isso não gostam da nota? Por que será que eles ficam bravos?

Para mim, o motivo é o comprometimento que eles tem para com a causa. Estas pessoas estão comprometidas com a escola, com o objetivo de ser o melhor possível na apresentação na avenida, e em função deste comprometimento abrem mão de muitas coisas, de tempo, de dinheiro, de convívio familiar, de lazer, tudo porque “compraram” a idéia de fazer o melhor. E quando uma pessoa se compromete ela sempre dá o seu melhor, e certamente não gosta quando descobre que o melhor dela não foi o suficiente para ser o melhor possível.

E se não creem que é o comprometimento, então por que estas pessoas, nas escolas e faculdades, se contentam com a nota mínima, a suficiente para passar, ao invés de 10? Será que estas pessoas ficariam tão descontentes caso tirassem um 9.9?

O que será que faz com que uma pessoa se comprometa com uma causa? Capacidade de se comprometer, de se esforçar ao máximo, de buscar o inalcancável todos possuem. Resta-nos saber onde e quando queremos utilizar deste recurso.

Vejo o comprometimento como um exercício, que devemos fazer sempre, buscando cada vez mais. Podemos na empresa sempre aumentarmos nosso comprometimento com os objetivos dela, dos clientes. Podemos nos comprometer conosco, querendo ser melhor a cada dia, adquirindo novos conhecimentos. Podemos nos comprometer com nossa família, para sempre termos o melhor ambiente possível, o mais harmônico.

Podemos nos comprometer com a sociedade em fazermos as coisas do melhor modo possível, ajudarmos a quem necessita, deixar de nos omitirmos quando pudermos, criarmos meios que facilitem aos que pouco acesso possuem à quase tudo.

Eu firmei um compromisso comigo mesmo, de a cada dia que for terminar, eu poder dizer “Hoje eu sou melhor do que fui ontem”. E vocês, estão comprometidos com que?

domingo, 8 de março de 2009

Mulherão

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Peça para um homem descrever um mulherão. Ele imediatamente vai falar no tamanho dos seios, na medida da cintura, no volume dos lábios, nas pernas, bunda e cor dos olhos... 

Ou vai dizer que mulherão tem que ser loira, 1.80m, siliconada e com um lindo sorriso. 

Mulherões, dentro desse conceito, não existem muitas: Vera Fisher, Malu Mader, Adriane Galisteu, Letícia Spiller, Lumas e Brunas. Agora, pergunte para uma mulher o que ela considera um mulherão você vai descobrir que tem uma em cada esquina...

Mulherão é aquela que pega dois ônibus para ir ao trabalho e mais dois para voltar e, quando chega em casa, encontra um tanque lotado de roupa e uma família morta de fome.

Mulherão é aquela que vai de madrugada para a fila garantir matrícula na escola e aquela aposentada que passa horas em pé na fila do banco para buscar uma pensão de R$ 300,00. 

Mulherão é a empresária que administra dezenas de funcionários de segunda a sexta e uma família todos os dias da semana. 

Mulherão é quem volta do supermercado segurando várias sacolas depois de ter pesquisado preços e feito malabarismo com o orçamento. 

Mulherão é aquela que se depila, que passa cremes, que se maquia, que faz dietas, que malha, que usa salto alto, meia-calça, ajeita o cabelo e se perfuma, mesmo sem nenhum convite para ser capa de revista. 

Mulherão é quem leva os filhos na escola, busca os filhos na escola, leva os filhos na natação, busca os filhos na natação, leva os filhos para a cama, conta histórias, dá um beijo e apaga a luz.

Mulherão é aquela mãe de adolescente que não dorme enquanto ele não chega. É quem, de manhã bem cedo, já está de pé, esquentando o leite.

Mulherão é quem leciona em troca de um salário mínimo, é quem faz serviços voluntários, é quem colhe uva, é quem opera pacientes é quem lava a roupa para fora, é quem bota a mesa, cozinha o feijão e, à tarde, trabalha atrás de balcão.

Mulherão é quem cria os filhos sozinha, é quem dá expediente de 8 horas e enfrenta menopausa, TPM e menstruação. 

Mulherão é quem arruma os armários, coloca flores nos vasos, fecha a cortina para o sol não desbotar os móveis, mantém a geladeira cheia e os cinzeiros vazios. 

Mulherão é quem sabe onde cada coisa está, o que cada filho sente e qual o melhor remédio para azia. Lumas, Brunas, Carlas, Luanas e Sheilas: mulheres nota 10 no quesito linda de morrer, mas mulherão mesmo é quem mata um leão por dia!

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E que nós, homens, o "dito" sexo forte, exerçamos esta força. Exerçamos esta força para reconhecer a força das mulheres, o quanto elas são importantes para nós, o quanto devemos a elas a nossa vida, nossa formação, nosso caráter, nossa força de continuar em frente.

E proponho ainda que sejamos mais fortes ainda, e que façamos isso não somente nesta data, mas sim a vida toda. Não através de presentes, mas através de palavras, de beijos, abraços, ou simplesmente um olhar de gratidão. Duvido que com estas "armas" não consigamos desmonstar o mulherão.