Vejam o vídeo abaixo. Esta é uma propaganda da ABAP (Associação Brasileira das Agências de Publicidade - http://www.abap.com.br).
Esta propaganda é em função de proibições que tentam impor ao setor de publicidade com relação as bebidas alcoólicas. Os comentários (http://www.youtube.com/watch?v=vqokJNTA7Qo) são bem variados e sugiro que dêem uma lida, pois as opiniões são bem diversificadas.
Eu não consigo discordar em nada do que esta propaganda diz. A propaganda não é culpada pelos bêbados deste país, nem pelas mortes de trânsito, nem pelas mortes provocadas por pessoas embriagadas. A culpa não é da propaganda, tampouco da bebida. A culpa (que prefiro chamar de responsabilidade) é da pessoa que bebeu, da pessoa que estava em estado normal de consciência, e mesmo sabendo dos malefícios da bebida (certamente o excesso) optou por beber. O resto é conseqüência química.
Antes das propagandas ninguém bebia? Será que os egípcios somente produziam cerveja e não bebiam, já que não se tinha propaganda na época? Certamente não. A propaganda não é, nunca foi e nunca será, um fator decisivo. A propaganda é – tanto como os amigos que nos rodeiam, nossos pais, familiares, colegas de escola, de trabalho – uma divulgadora. A decisão sobre seguir o que se está sendo divulgado é de responsabilidade somente de quem ouve. Querer proibir a propaganda de cerveja é novamente procurar um bode expiatório, pêlo em ovo. É querer culpar algo que não tem culpa (influência certamente tem). Se as pessoas fossem educadas corretamente – educação é diferente de instrução, educação é baseada em valores, e instrução é baseada em informação e conhecimento – não se precisaria proibir nada, pois as pessoas saberiam se vale a pena ou não consumir a bebida, e em que quantidade.
Imagino que esta tentativa de proibição (ou restrição) nada mais é do que uma tentativa de algumas pessoas de tentar mostrar para a sociedade que algo está sendo feito. O problema é que estão focando no lado errado do problema. Estão no efeito, e não na causa. Talvez estejam propondo isso por não conseguirem ver onde estão gastando o esforço.
Do lado das agências de publicidade, concordo com os argumentos apresentados na propaganda, no entanto não dá para não imaginar que a preocupação deles também possa ser financeira (e não apenas baseada em valores), pois eles são empresas, precisam de dinheiro e uma proibição certamente tiraria (ao menos de imediato) uma boa receita deles. No entanto isso é hipótese, e eu prefiro acreditar que o motivo da propaganda não seja o financeiro.
Vi nos comentários pessoas favoráveis a proibição, pois a bebida altera o estado de consciência, provoca mortes, etc. Sei disso. Mas sei também que os produtos de marca, vendidos como se fossem algo que tornaria as pessoas melhores, mais felizes também provocam muito prejuízo a sociedade. Muitas pessoas se endividam para comprar estes produtos, ou então deixam de comprar o necessário para a casa ou para os filhos para comprar estes produtos. Outras praticam furtos e roubos para conseguir o dinheiro para comprar uma calça, ou tênis, por exemplo. Muitas que não conseguem o dinheiro e conseqüentemente não conseguem comprar os produtos tornam-se depressivas, com doenças sérias, ou então entregam-se às drogas para tentar achar alguma felicidade. Deveríamos então retirar a propaganda destes produtos também?
Muitas pessoas morrem vítima de facadas. Devemos proibir a propaganda de facas, afinal, elas, se mal utilizadas, também provocam mortes.
Se respondeu não à estas perguntas, então qual o motivo de proibir a propaganda de cerveja? Só mata quem faz mau uso, só mata quem optou por usar. Nada é bom ou ruim por natureza. Nós, as pessoas, é que definimos como usaremos.
Proibir isso é deseducar, é tornar o estado mais ‘responsável’ por nossas vidas, é nos robotizar, é tirar de nós a nossa liberdade, nosso direito de decisão. E posso apostar, que mesmo proibindo isso, certamente aparecerá algo que estas mesmas pessoas continuarão fazendo de errado, e novas proibições teriam que ser criadas, num processo infinito.
E enquanto isso, os que sabem como se portar diante disso teriam sua liberdade cada vez mais limitada devido aos que não sabem como se portar.
ps. Vejo propagandas de cerveja, de bebidas, de cigarro. Tive várias oportunidades na vida para beber, no entanto, não bebo nem fumo.
Esta propaganda é em função de proibições que tentam impor ao setor de publicidade com relação as bebidas alcoólicas. Os comentários (http://www.youtube.com/watch?v=vqokJNTA7Qo) são bem variados e sugiro que dêem uma lida, pois as opiniões são bem diversificadas.
Eu não consigo discordar em nada do que esta propaganda diz. A propaganda não é culpada pelos bêbados deste país, nem pelas mortes de trânsito, nem pelas mortes provocadas por pessoas embriagadas. A culpa não é da propaganda, tampouco da bebida. A culpa (que prefiro chamar de responsabilidade) é da pessoa que bebeu, da pessoa que estava em estado normal de consciência, e mesmo sabendo dos malefícios da bebida (certamente o excesso) optou por beber. O resto é conseqüência química.
Antes das propagandas ninguém bebia? Será que os egípcios somente produziam cerveja e não bebiam, já que não se tinha propaganda na época? Certamente não. A propaganda não é, nunca foi e nunca será, um fator decisivo. A propaganda é – tanto como os amigos que nos rodeiam, nossos pais, familiares, colegas de escola, de trabalho – uma divulgadora. A decisão sobre seguir o que se está sendo divulgado é de responsabilidade somente de quem ouve. Querer proibir a propaganda de cerveja é novamente procurar um bode expiatório, pêlo em ovo. É querer culpar algo que não tem culpa (influência certamente tem). Se as pessoas fossem educadas corretamente – educação é diferente de instrução, educação é baseada em valores, e instrução é baseada em informação e conhecimento – não se precisaria proibir nada, pois as pessoas saberiam se vale a pena ou não consumir a bebida, e em que quantidade.
Imagino que esta tentativa de proibição (ou restrição) nada mais é do que uma tentativa de algumas pessoas de tentar mostrar para a sociedade que algo está sendo feito. O problema é que estão focando no lado errado do problema. Estão no efeito, e não na causa. Talvez estejam propondo isso por não conseguirem ver onde estão gastando o esforço.
Do lado das agências de publicidade, concordo com os argumentos apresentados na propaganda, no entanto não dá para não imaginar que a preocupação deles também possa ser financeira (e não apenas baseada em valores), pois eles são empresas, precisam de dinheiro e uma proibição certamente tiraria (ao menos de imediato) uma boa receita deles. No entanto isso é hipótese, e eu prefiro acreditar que o motivo da propaganda não seja o financeiro.
Vi nos comentários pessoas favoráveis a proibição, pois a bebida altera o estado de consciência, provoca mortes, etc. Sei disso. Mas sei também que os produtos de marca, vendidos como se fossem algo que tornaria as pessoas melhores, mais felizes também provocam muito prejuízo a sociedade. Muitas pessoas se endividam para comprar estes produtos, ou então deixam de comprar o necessário para a casa ou para os filhos para comprar estes produtos. Outras praticam furtos e roubos para conseguir o dinheiro para comprar uma calça, ou tênis, por exemplo. Muitas que não conseguem o dinheiro e conseqüentemente não conseguem comprar os produtos tornam-se depressivas, com doenças sérias, ou então entregam-se às drogas para tentar achar alguma felicidade. Deveríamos então retirar a propaganda destes produtos também?
Muitas pessoas morrem vítima de facadas. Devemos proibir a propaganda de facas, afinal, elas, se mal utilizadas, também provocam mortes.
Se respondeu não à estas perguntas, então qual o motivo de proibir a propaganda de cerveja? Só mata quem faz mau uso, só mata quem optou por usar. Nada é bom ou ruim por natureza. Nós, as pessoas, é que definimos como usaremos.
Proibir isso é deseducar, é tornar o estado mais ‘responsável’ por nossas vidas, é nos robotizar, é tirar de nós a nossa liberdade, nosso direito de decisão. E posso apostar, que mesmo proibindo isso, certamente aparecerá algo que estas mesmas pessoas continuarão fazendo de errado, e novas proibições teriam que ser criadas, num processo infinito.
E enquanto isso, os que sabem como se portar diante disso teriam sua liberdade cada vez mais limitada devido aos que não sabem como se portar.
ps. Vejo propagandas de cerveja, de bebidas, de cigarro. Tive várias oportunidades na vida para beber, no entanto, não bebo nem fumo.
2 comentários:
carlos, em 1º lugar, obrigado pela visita lá no Idéias Explosivas
gostei bastante desse seu post, acho que ele complementa o meu, apresentando alguns argumentos legais que eu ñ usei
abraço
Imagine que você é um ser da massa, praticamente não pensa e aceita tudo o que passa na televisão. Se você vê em uma propaganda que aquele baixinho de bigode e gordo consegue pegar várias mulheres gostosa ao mesmo tempo por tomar determinada cerveja, internamente teu subconsciente assimila esta informação.
Por que ninguém bebe Bohemia sendo que ela custa o mesmo preço das outras? E é bem melhor?
A meu ver, porque a Bohemia não coloca propagandas com mulheres quase nuas na mídia. Ela coloca propaganda na mídia informando como a cerveja é feita, explicando o porque dela ser melhor.
Também não vejo a solução tomada seja 100% correta, mas é uma solução a curto prazo, algo foi feito.
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