Já escrevi que nossa sociedade é muito preocupada com imagens. E algumas situações cotidianas me chamam a atenção e reforçam essa minha percepção.
Eu gosto de usar roupas confortáveis, camisetas, jeans, tênis, vestes que não são classificadas como chiques, elegantes. No entanto, em alguns momentos, por ‘exigência’ social ou por vontade própria já fui trabalhar de terno, ou com vestes mais sociais (ditas elegantes), e nesses dias ouvi de pessoas o comentário “Carlos, como você está elegante hoje!”. Engraçado, eu continuo sendo o mesmo cara de ontem, com os mesmos defeitos e virtudes – provavelmente, o que mudou foi só a carcaça, e eu fiquei elegante? Por quê? A elegância estaria em mim se minha postura estivesse melhor, mais humana, verdadeira. Quando somente a carcaça muda o que está elegante é a roupa, algo que qualquer pessoa com o dinheiro suficiente compra. Se colocar a roupa no cabide, o cabide ficará elegante?
Tanto que nesses casos, quando ‘eu’ sou elogiado somente pela carcaça, digo “Minha roupa agradece”. Sei o quanto esta resposta soa mal educada, grosseira a quem estava querendo me fazer um elogio, mas digo isso não para ofender, mas sim para tentar provocar uma reflexão na pessoa para que ela perceba que ela somente está falando de algo externo, que pode ser comprado, e não de algo interno, com real valor.
O mesmo vale para o perfume. Basta usar e escutar “Como você está cheiroso”. Mas como assim? O cheiro não é meu. Tanto que se eu jogar o perfume no carro, ou no computador, ele também ficará cheiroso.
E já repararam como no inverno as pessoas ficam mais bonitas? Ao menos é o que muita gente diz. Mas por que as pessoas ficam mais bonitas? O inverno nada mais é do que um período da translação onde os raios solares incidem menos diretamente onde residimos. Eu digo que as pessoas ‘ficam’ mais bonitas somente porque elas se expõem menos. Usamos mais roupas – devido ao frio, naturalmente – e conseqüentemente deixamos menos partes do nosso corpo expostas. A conclusão que tiro é que quanto menos nos expomos, mais bonitos ficamos. Meio antagônico isso. Para eu ficar bonito preciso me esconder? Qual a lógica nisso?
Não quero propor a não utilização de roupas ‘elegantes’, nem de perfume, nem de roupas para nos protegermos do frio. Somente proponho uma reflexão sobre a beleza, a verdadeira, a interior, a humana.
Eu gosto de usar roupas confortáveis, camisetas, jeans, tênis, vestes que não são classificadas como chiques, elegantes. No entanto, em alguns momentos, por ‘exigência’ social ou por vontade própria já fui trabalhar de terno, ou com vestes mais sociais (ditas elegantes), e nesses dias ouvi de pessoas o comentário “Carlos, como você está elegante hoje!”. Engraçado, eu continuo sendo o mesmo cara de ontem, com os mesmos defeitos e virtudes – provavelmente, o que mudou foi só a carcaça, e eu fiquei elegante? Por quê? A elegância estaria em mim se minha postura estivesse melhor, mais humana, verdadeira. Quando somente a carcaça muda o que está elegante é a roupa, algo que qualquer pessoa com o dinheiro suficiente compra. Se colocar a roupa no cabide, o cabide ficará elegante?
Tanto que nesses casos, quando ‘eu’ sou elogiado somente pela carcaça, digo “Minha roupa agradece”. Sei o quanto esta resposta soa mal educada, grosseira a quem estava querendo me fazer um elogio, mas digo isso não para ofender, mas sim para tentar provocar uma reflexão na pessoa para que ela perceba que ela somente está falando de algo externo, que pode ser comprado, e não de algo interno, com real valor.
O mesmo vale para o perfume. Basta usar e escutar “Como você está cheiroso”. Mas como assim? O cheiro não é meu. Tanto que se eu jogar o perfume no carro, ou no computador, ele também ficará cheiroso.
E já repararam como no inverno as pessoas ficam mais bonitas? Ao menos é o que muita gente diz. Mas por que as pessoas ficam mais bonitas? O inverno nada mais é do que um período da translação onde os raios solares incidem menos diretamente onde residimos. Eu digo que as pessoas ‘ficam’ mais bonitas somente porque elas se expõem menos. Usamos mais roupas – devido ao frio, naturalmente – e conseqüentemente deixamos menos partes do nosso corpo expostas. A conclusão que tiro é que quanto menos nos expomos, mais bonitos ficamos. Meio antagônico isso. Para eu ficar bonito preciso me esconder? Qual a lógica nisso?
Não quero propor a não utilização de roupas ‘elegantes’, nem de perfume, nem de roupas para nos protegermos do frio. Somente proponho uma reflexão sobre a beleza, a verdadeira, a interior, a humana.
Um comentário:
Realmente, eu li o outro post e não o seu....Até demorei para vir fazer a constatação que prometi, mas, antes tarde do que nunca...Perdoe-me por não ter prestado atençao...
Vc tem toda razão...o seu post ficou perfeito. Adorei a resposta criativa que vc dá. Vou adota-la. Não tem nada de grosseiro nela. Grande abraço.
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