Eu já escrevi sobre confiança, mais precisamente sobre uma situação em que uma pessoa desconhecida confiou em mim e me ajudou a resolver um problema. E a situação me pôs a pensar no motivo pelo qual um desconhecido confiou em mim. Há os quem dizem que a postura fala, demonstra isso, bem como a forma de falar, entonação, ou mesmo uma identificação.
Bom, mas isso é a confiança de uma pessoa externa em você, o que certamente é muito bom, porém há outra confiança, extremamente importante: a confiança em nós mesmos.
Não sei se esta confiança é mais fácil ou mais difícil, porém é necessária e gratificante. E a cada ano que passa, ao invés de ficar me lamentando “olha só, já estou com n anos”, olho para a idade como uma dádiva, pois ela nos proporciona tanta coisa boa. Amadurecimento, lucidez, compaixão, gratidão, crescimento, humanização, desprendimento. E parece-me que as pessoas optam somente pelo aspecto estético, a cara que não está mais esticada, a barriga que aparece ‘em função da cerveja’, a papada, essas coisas. E creio que a idade tem me ajudado nisso, não simplesmente porque ela passa, mas porque no passar dela posso pensar nas coisas, como são, por que são, como melhorar.
Lembro-me de um professor da faculdade que sempre nos cobrava autoconfiança, e lembro-me que na época eu discordava dele. Ele nos dizia que se um dia estivéssemos em uma entrevista de emprego e nos fosse questionado se sabíamos tal assunto, que respondêssemos “sim”, claro que isso se realmente conhecêssemos, caso contrário não. Mas eu, como um ser exato e muito exigente, ficava pensando comigo “eu tenho idéia, sei uma parte, não o todo, então não posso responder sim, pois estarei mentindo”. Matemática e logicamente este raciocínio pode até estar certo, mas o que ele falava não estava nesse aspecto, mas sim no da confiança. O “sim” a que ele se referia não era com relação à exatidão, mas sim com relação a nossa capacidade de aprendermos isso. O “sim” era na verdade um “não conheço tudo, porém sei que sou altamente competente para aprender o necessário”. Continuaria sendo verdade, porém com um incentivo interno de confiança em nós mesmos.
Só sei que demorei a entender que aquilo não era uma mentira, mas sim um voto de confiança nosso em nós mesmos. Demorei, é verdade, porém me permiti aprender isso. É um exercício difícil, a ser feito diariamente. Em momentos podemos achar que é tudo besteira, que não passa de enganação, de ilusão.
Você por acaso já deixou de fazer algo por crer que não era capaz, até que um dia a vida ‘exigiu’ que fizesse isso, você foi lá, fez? E depois que fez veio aquele pensamento à mente “Mas por que eu não fiz isso antes, era tão simples? Por que eu não me permiti isso antes? Ah..... se eu soubesse teria feito antes”. Se sim, não terá feito nada de diferente de todas as pessoas, creio que todos já sentiram isso. Eu certamente já passei por muitas situações dessas, certamente passarei por novas. Parece que nos sentimos melhor não fazendo, do que arriscando. O risco é arriscado (sei da redundância), porém sem ele não saímos do lugar, não nos modificamos, não crescemos.
Eu disse que já passei por situações dessas, e sei que não tinha motivo para isso, e que mesmo assim farei novas vezes. Incoerência? Digamos que sim, mas disse isso porque sei que não é fácil assim nos livrarmos de toda uma educação, de uma cultura, de uma história. E em alguns momentos poderei deixar isso ser mais forte do que minha vontade, porém o que sei é que fico cada vez mais atento a estes momentos, e procuro minimizá-los ao máximo, pois certamente só terei ganhos com isso.
Mas Carlos, se eu arriscar a fazer algo, pode não dar certo. Eu sei, mas como me disseram há muito tempo atrás “o não você já tem”. Se não der certo, só terá ganho a certeza disso, caso contrário conviverá com a incerteza.
Bom, mas isso é a confiança de uma pessoa externa em você, o que certamente é muito bom, porém há outra confiança, extremamente importante: a confiança em nós mesmos.
Não sei se esta confiança é mais fácil ou mais difícil, porém é necessária e gratificante. E a cada ano que passa, ao invés de ficar me lamentando “olha só, já estou com n anos”, olho para a idade como uma dádiva, pois ela nos proporciona tanta coisa boa. Amadurecimento, lucidez, compaixão, gratidão, crescimento, humanização, desprendimento. E parece-me que as pessoas optam somente pelo aspecto estético, a cara que não está mais esticada, a barriga que aparece ‘em função da cerveja’, a papada, essas coisas. E creio que a idade tem me ajudado nisso, não simplesmente porque ela passa, mas porque no passar dela posso pensar nas coisas, como são, por que são, como melhorar.
Lembro-me de um professor da faculdade que sempre nos cobrava autoconfiança, e lembro-me que na época eu discordava dele. Ele nos dizia que se um dia estivéssemos em uma entrevista de emprego e nos fosse questionado se sabíamos tal assunto, que respondêssemos “sim”, claro que isso se realmente conhecêssemos, caso contrário não. Mas eu, como um ser exato e muito exigente, ficava pensando comigo “eu tenho idéia, sei uma parte, não o todo, então não posso responder sim, pois estarei mentindo”. Matemática e logicamente este raciocínio pode até estar certo, mas o que ele falava não estava nesse aspecto, mas sim no da confiança. O “sim” a que ele se referia não era com relação à exatidão, mas sim com relação a nossa capacidade de aprendermos isso. O “sim” era na verdade um “não conheço tudo, porém sei que sou altamente competente para aprender o necessário”. Continuaria sendo verdade, porém com um incentivo interno de confiança em nós mesmos.
Só sei que demorei a entender que aquilo não era uma mentira, mas sim um voto de confiança nosso em nós mesmos. Demorei, é verdade, porém me permiti aprender isso. É um exercício difícil, a ser feito diariamente. Em momentos podemos achar que é tudo besteira, que não passa de enganação, de ilusão.
Você por acaso já deixou de fazer algo por crer que não era capaz, até que um dia a vida ‘exigiu’ que fizesse isso, você foi lá, fez? E depois que fez veio aquele pensamento à mente “Mas por que eu não fiz isso antes, era tão simples? Por que eu não me permiti isso antes? Ah..... se eu soubesse teria feito antes”. Se sim, não terá feito nada de diferente de todas as pessoas, creio que todos já sentiram isso. Eu certamente já passei por muitas situações dessas, certamente passarei por novas. Parece que nos sentimos melhor não fazendo, do que arriscando. O risco é arriscado (sei da redundância), porém sem ele não saímos do lugar, não nos modificamos, não crescemos.
Eu disse que já passei por situações dessas, e sei que não tinha motivo para isso, e que mesmo assim farei novas vezes. Incoerência? Digamos que sim, mas disse isso porque sei que não é fácil assim nos livrarmos de toda uma educação, de uma cultura, de uma história. E em alguns momentos poderei deixar isso ser mais forte do que minha vontade, porém o que sei é que fico cada vez mais atento a estes momentos, e procuro minimizá-los ao máximo, pois certamente só terei ganhos com isso.
Mas Carlos, se eu arriscar a fazer algo, pode não dar certo. Eu sei, mas como me disseram há muito tempo atrás “o não você já tem”. Se não der certo, só terá ganho a certeza disso, caso contrário conviverá com a incerteza.
5 comentários:
28/08/08 19:22
Confiar em alguém é algo muito díficil hoje em dia, se possível de acontecer é como olhar para si mesmo atráves de um espelho. Cada Risquinho em nosso rosto é uma marca única com o passar dos anos, é uma passagem feliz, triste, engraçada que tivemos em nossas vidas, não devem ser apagadas como se não significassem nada, contar a idade atráves do tempo é saber o quanto você foi importante para o para o Mundo e para as pessoas que nele estão. Arriscar é perder ou ganhar oportunidades, sejam elas, no AMOR, no TRABALHO, nas AMIZADES, enfim, as oportunidades da nossa vida são como um cavalo mecânico que corre em círculos, ele vem passando se você não pular e agarrar a oportunidade ela vai embora, quando o cavalo
passar novamente não será a mesma oportunidade, foi uma chance perdida:), nunca vamos saber se vai dar certo se não perdemos o medo de TENTAR.
Beijo;
Shá Manzaro...
É Henrique, crescer dói, aprender não é tarefa fácil, viver é arriscado... mas como é bom aprender, como é maravilhoso viver e perceber que hoje já não somos os mesmos de ontem e que certamente não seremos os mesmos de amanhã.
Pedra que não rola cria limo... na vida precisamos sempre estar preparados para situações novas porque só elas existem de fato... se não são novas já se foram... como o cavalo mecânico da Shá...
e, como uma pessoa mais vivida que você, posso dizer com certeza que nunca paramos de nos surpreender e quando conseguimos nos surpreender é porque estamos vivos e antenados com o mundo. O resto... bem . resto não vale a pena.
Beijos.
Angela
Eu trabalho muito a minha auto-confiança, auto-estima e como você disse, é muito difícil, não é de uma hora pra outra, tem que ser praticado diáriamente.
Quando a gente arrisca e dá errado, muita gente começa à fazer dramalhão, diznedo que nunca mais vai arriscar. Mas eu acho que se não deu certo uma vez não significa que via dar errado sempre, até porque nós sempre estamos arriscando coisas diferentes, nunca é a mesma coisa, então, se algo deu errado, outro vai dar certo e assim vamos seguindo em frente!
Beijinhos!
A autoconfiança forte e verdadeira é uma aura que envolve o corpo dos capazes e mostra aos outros porque devemos ser o vencedor.
Não confundir com petulância, exibicionismo ou desprezo aos outros, os erros mais comuns cometidos por quem quer se convencer autoconfiante.
A autoconfiança vem do estudo, do esforço, da superação de limites e principalmente da humildade.
A autoconfiança é a chave para se aventuarar e adquirir novos conhecimentos. Primeiro: antes de acreditar em alguém precisamos acreditar em nós mesmo.
Parabéns!!
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