Sobre este blog

Este nome é facilmente interpretado como 'Mundo Idiota', o que não deixa de ser, visto que atualmente vivemos em um mundo do TER e pior, do PARECER TER / SER, enquanto o que devemos valorizar é o SER. Mas o nome tem outro motivo. Uma pessoa que defende sua pátria é chamado de patriota, numa analogia a pessoa que defende o mundo seria o MUNDIOTA.
 

quarta-feira, 29 de junho de 2011

E ainda querem outro idioma…

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Atualmente há uma exigência muito forte onde nós “necessitamos” conhecer um segundo idioma, e se possível um terceiro, já que isso é imprescindível no mundo “moderno”.

E aí se proliferam escolas de idiomas, principalmente o inglês, porém com a crescente cobrança de um terceiro idioma surgem várias de espanhol, italiano e até chinês.

Pergunto: pra que tudo isso?

Há os que dirão que sem isso não conseguiremos trabalho, que o mundo atualmente é globalizado, que a concorrência está muito grande e mais um monte de blábláblá.

E o motivo da minha pergunta é: se nem o português as pessoas sabem, como é possível saber um segundo idioma?

Hoje, em poucos minutos, presenciei 3 situações que demonstram, em vários níveis, o desconhecimento da nossa língua.

Numa farmácia eu perguntei para a atendente qual o efeito do remédio. ela me disse que ele desintoxica. A palavra eu escrevi corretamente, porém a pronúncia dela foi terrível. O som do X ela não pronunciou com CS (de táxi), mas sim como CH (de caixa), “ficando” a palavra parecida com “desintochica”.

Atendente de uma farmácia, para constar.

Depois, em casa, um comercial, daqueles produtos “milagrosos” que resolvem rapidamente todos os problemas da pessoa, e elas ficam felizes e saudáveis rapidamente. A pessoa do comercial (uma senhora) disse que após tomar o remédio passou a fazer “tudo o que não poderia fazer”.

Interessante isso, o remédio, além de recuperar a saúde da senhora, também retirou dela o senso do que é correto e ela agora passou a fazer tudo de errado, ou seja, tudo que não se poderia fazer. Agora que ela pode fazer exercícios imagino ela andando pela rua, tocando a campaninha das casas e saindo correndo.

O correto seria ela dizer “tudo o que não conseguia fazer”.

E para finalizar, na TV, já vi inúmeras vezes apresentadores do telejornal dizendo, quando começará os comerciais “voltamos já”. Voltamos é somente quando já houve o retorno, quando haverá um espaço de tempo deve-se utilizar “voltaremos já”.

E olha que isso é na maior rede de televisão do país.

Não vou nem citar os exemplos de “português” que vemos diariamente na internet, é cada caso mais escabroso que outro.

É por isso que questiono esta necessidade de se “aprender” outro idioma. Claro que aprender é sempre bom, se desenvolve, pode-se conhecer novas culturas, ampliar a visão. Mas fazer isso antes do nosso “dever de casa” me soa mais como preocupação com aparência do que um real acréscimo de conhecimento.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Molduras boas não salvam quadros ruins

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O nome deste artigo é uma frase da música "Longe de você" (Charlie Brown Jr). Após ouvi-la coloquei a frase no meu MSN, e algumas pessoas comentaram comigo que gostaram muito da frase, e conhecem situações em que esta frase poderia ser aplicada.

Eu também faço parte destas pessoas, conheço pessoas que se preocupam mais com a moldura do que com o próprio quadro. Tirando a metáfora são pessoas que se preocupam mais com o aspecto exterior, com sua imagem, suas roupas, jóias, e não se preocupam – ou preocupam-se em menor intensidade – com sua integridade, valores, postura perante os outros, com seu desenvolvimento.

E por que tantas pessoas optam por isso? Será que elas acreditam que tal postura as tornarão melhores? Serão mais felizes se preocupando com o aspecto exterior? Eu tenho a certeza que não, no entanto elas não pensam do mesmo modo.

Infelizmente nossa mídia tem incentivado em muito esta preocupação com o exterior. Sempre se valoriza a roupa nova, um produto novo, uma forma “moderna” de ser, e nos deixam claro que se não tivermos tudo isso não seremos as pessoas que o mundo quer, estaremos “out”, e consequentemente, “perderemos” o nosso valor.

Quanta ironia, nos fazem acreditar que nosso real valor tem a ver com o valor em real que gastamos. E lá vão as pessoas, comprando tudo, se endividando até além do limite, tudo em nome da busca do nosso “valor”.

E isso, ao longo de anos e anos, somente faz com que as pessoas passem a adotar como padrão este comportamento, e por ser padrão para ela, consequentemente passa a ser o certo. E se estão fazendo o certo, por que mudar? Então, lá vão estas pessoas, crescendo, prosperando financeiramente, tornando-se “responsáveis” pelo destino de inúmeras pessoas.

Quem dera mais pessoas ouvissem a frase da música e parassem um pouquinho para refletir. O mundo não precisa de molduras boas.

sábado, 11 de junho de 2011

Leis para que?

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Pelo que eu sei as leis foram feitas para protegerem as pessoas, e é isso que eu não tenho certeza que ela faz. Na verdade eu creio mais no oposto disso.

Em função dos meus estudos me deparei com a lei trabalhista (CLT) e vi uma infinidade de leis, com muitas regras, exceções, exceção da exceção, condicionamentos. É tanta coisa que nenhum ser humano é capaz de entender ou memorizar isso. E para cada um dos artigos é necessária uma documentação para que a empresa ou o empregado se resguarde.

E esse monte de leis, pelo que pude ver, é feita para ‘proteger’ os empregados, mas tenho sérias dúvidas se fazem isso mesmo, creio que nem protejam de fato o empregado como também cria uma geração de acomodados e aproveitadores. Como tem muitas leis para ‘proteger’ os funcionários as empresas ficam receosas em contratar as pessoas, afinal, cada pessoa contratada vem junto com uma infinidade de possibilidades de problema, e garantias (papel assinado) que precisam ser feitas. Tem até uns intelectuais querendo proibir as empresas de demitirem os funcionários. Realmente essas pessoas devem ter um intelecto diferenciado, pois eu na minha ignorância creio que isso fará com que as pessoas passem a contratar menos e na necessidade momentânea de aumento de produção o que eles farão é exigir horas extras de todos os outros, pois assim não precisarão demitir depois.

E numa empresa, se tudo for feito corretamente, mesmo assim, em função do número imenso de regras um funcionário poderá entrar na justiça requerendo algum tipo de indenização, e aí colocará mais um processo na justiça e obrigará a empresa a preparar toda a documentação, gastar dinheiro, tempo. E dependendo da regra a documentação é muito complicada de se obter, pois não se trata de algo tangível ou facilmente detectável. Acaba-se fazendo acordos para encerrar o processo, mesmo que a empresa saiba que ela não está errada.

Há um ditado que diz que quanto mais leis, mais infratores. E quanto mais leis, mais possibilidade de brecha. Não vejo ganho nisso. Isso somente aumenta a burocracia, conseqüentemente os custos da empresa, e isso gerará uma redução dos salários pagos (parte do valor ficou com estas burocracias), ou então um aumento de custos dos produtos, refletindo em toda a sociedade.

Nem preciso falar que a cada burocracia criada cria-se também possibilidade de fraudes, propinas, subornos, essas coisas.

Na CLT a lei é feita para proteger o empregado, independente dele estar correto ou não. Isso gera pessoas acomodadas e as incentivam a serem espertas, pois se a empresa não tiver qualquer documentação elas entram na justiça e algumas vezes até ganham, pois a empresa não tem a documentação para provar.

Essas leis me parecem com aqueles pais que mimam os filhos, que sempre dão razão para eles, que os protegem de tudo e de todos, independente deles estarem errados. São os filhos espertos.

Creio que as leis deveriam seguir o princípio de educar as pessoas, e não ‘protegê-las’. Cada pessoa deve ser responsável por sua vida, pelo seu serviço, pelas suas decisões. Quando a lei exige que as pessoas e as empresas tenham milhares de documentos assinados e dá a chance do funcionário de reclamar caso um dos milhares de papéis não tenham sido assinados o que ela gera é uma relação de briga. Ambos ficam se protegendo um do outro, e esquecem que eles estão numa parceria, que o bem de um é o bem do outro.

As empresas acabam contratando inimigos, e precisam monitorá-los, vigiá-los o tempo todo.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Notas borradas e a burrada

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Estamos vivendo uma epidemia de assaltos a caixas eletrônicos, explodindo-os para poder roubas o dinheiro.

E uma proteção utilizada é a de manchar estas notas com tinta, tornando “claro” que ela é fruto de um roubo, e portanto não mais válida.

Porém, como era de se esperar, os bandidos já conseguiram descobrir um produto que remove, ao menos com um satisfatório resultado, a mancha, possibilitando uma reentrada em circulação mais fácil.

Neste momento gostaria de dar uma sugestão a estas empresas que gastam milhões em pesquisas para procurarem meios de se remover manchas das roupas. Contrate estes bandidos, pois com pouco tempo, pouco estudo e pouco gasto eles conseguiram retirar a mancha que o fabricante da tecnologia disse que após inúmeros testes com inúmeros solventes não conseguiram obter êxito na remoção da mancha.

A população foi avisada que no caso de receber uma nota dessas será necessário ir até o banco, o dinheiro será confiscado, se abrirá um processo para averiguação da origem da nota e somente depois de algum tempo é que você, pobre cidadão honesto, talvez, repito, talvez, tenha seu dinheiro ressarcido.

Fico imaginando o quanto isso motiva uma pessoa que recebeu uma nota dessa fica motivada em ir ao banco. Ela já terá o transtorno de ir, aguardar atendimento, ter que prestar informações – e isso considero correto, afinal, já algo de errado que foi o roubo da nota – e além disso ficará sem o dinheiro por um bom tempo, correndo sérios riscos de nunca mais reaver este dinheiro. O que imagino que acontecerá é que as pessoas com estas notas tentarão, na miúda, passar para frente, evitando assim a possibilidade de perda do dinheiro.

E o criminoso fica de boa, pensando em como conseguir mais dinheiro.

E será que existe uma alternativa melhor? Não sou especialista em segurança, mas creio que uma outra forma possibilitaria uma maior possibilidade de detecção destes bandidos.

Inicialmente mudaremos a regra da nota manchada. Caso uma pessoa receba esta nota, basta ir em qualquer agência bancária, registrar a ocorrência (deixando nome, documentos, telefone e número serial da nota) e sair com uma nota novinha, e só.

Os bancos (caso ainda não façam isso) ter um controle do número serial de cada nota colocada em cada caixa eletrônico, a cada carregamento. Deste modo seria possível detectar de qual caixa aquela nota recebida pelo banco foi furtada.

Quando ocorrer de duas ou mais notas de um mesmo caixa forem registradas, seria necessário acionar a polícia para que ela faça uma engenharia reversa, ou seja, começar por quem entregou a nota e ir descobrindo de quem a nota veio (claro que em alguns casos a pessoa pode não saber), gerando assim uma cadeia de troca. Fazendo-se este mapeamento através de várias pessoas se encontrará pessoas em comum, ou seja, uma pessoa que em algum momento passou mais de uma nota do mesmo caixa. Isso já tornaria a pessoa suspeita, visto que dificilmente uma pessoa que receba uma nota de alguém receberia de outra pessoa outra nota roubada do mesmo caixa.

Deste modo seria possível detectar suspeitos, e provavelmente responsáveis pelo roubo, sem o menor prejuízo para a pessoa que recebeu uma nota fruto de roubo.

Mas vivemos no Brasil, dificilmente uma ideia para facilitar a vida da população e prender alguém é levada a sério.

Continuaremos, então, com as notas borradas e a burrada.

domingo, 5 de junho de 2011

Mas que saco!

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Ano que vem entrará em vigor no estado de SP uma lei proibindo as sacolinhas plásticas que os mercados distribuem para transportarmos com maior facilidade nossos produtos.

Quero entender qual o ganho disso? Certamente o consumidor não ganhará nada.

Antes que ambientalistas se queixem que isso destrói o meio ambiente, que provoca o entupimento de bueiros, que se acumula em rios e tudo mais quero deixar claro o motivo pelo qual digo que não há ganho.

A sacola plástica serve para quê? Ao menos para mim, serve para que eu possa embalar o lixo, tanto do banheiro quanto o orgânico, para que seja possível dar um destino a ele de maneira mais fácil, além de ajudar a manter a higiene. Qualquer pessoa sabe que deixar os alimentos ou o lixo do banheiro em contato direto com a lixeira gera uma sujeira muito maior, e que será necessário limpar com uma frequência muito grande (e nisso dá-lhe água, produtos de limpeza…). Deste modo, as sacolas plásticas são de extremos auxílio.

E se proibindo as sacolinhas plásticas o que faremos? Passaremos a comprar as sacolas de lixo dos mercados, e continuaremos jogando estas sacolas no lixo, para que depois a cidade dê o destino correto. Deste modo, para continuarmos a fazer a mesma coisa a única coisa que mudará é que pagaremos mais. Sem contar que o preço das sacolinhas “grátis” que o mercado nos “dá” é incluído no valor dos produtos, afinal, é um custo, e todo custo de um estabelecimento é custeado pelos consumidores. Alguém acredita que com a proibição das sacolinhas os mercados diminuirão o preço dos produtos? Eu aposto que não.

Ah, mas os sacos próprios de lixo são feitos com material menos agressivo ao meio ambiente, pois são feitos parcialmente com materiais recicláveis (fonte). Ué, então por que não obrigar então a todas as sacolas serem feitas de material reciclado? Aí realmente diminuiríamos o impacto ambiental, e ainda por cima não aumentaríamos os nossos gastos. E nem o mercado, pois com um aumento da demanda o preço da sacola reciclada tende a diminuir.

Em um mercado da minha cidade há uma forma diferente para incentivar a diminuição do consumo de sacolas plásticas, o qual eu acho interessante. Se em uma compra você não utilizar nenhuma sacola plástica você terá um desconto de R$ 0,03 a cada 5 itens que forem comprados, ou seja, se comprar 50 itens então terei R$ 0,30 de desconto. Normalmente eu levo as sacolas retornáveis e não utilizo as sacolas plásticas, ganhando o desconto, porém quando eu preciso das sacolas plásticas devido ao lixo então abro mão deste valor, e utilizo normalmente.

Creio que bastaria uma solução dessa, mais a obrigatoriedade de se produzir as sacolas plásticas com materiais reciclados seria uma solução muito melhor para o meio-ambiente e para os consumidores, porém como isso ainda “incentivaria” a produção das sacolas isso “pega mal” para nossos queridos representantes, então é melhor demonstrar “preocupação” proibindo e tratando como vilão da destruição do planeta, mesmo que a população continue utilizando as sacolas, porém agora compradas, e que nossos queridos representantes continuem a incentivar o consumismo desenfreado e não façam nem seu dever de casa de dar o tratamento adequado ao lixo, mesmo recebendo multas altíssimas.