Sobre este blog

Este nome é facilmente interpretado como 'Mundo Idiota', o que não deixa de ser, visto que atualmente vivemos em um mundo do TER e pior, do PARECER TER / SER, enquanto o que devemos valorizar é o SER. Mas o nome tem outro motivo. Uma pessoa que defende sua pátria é chamado de patriota, numa analogia a pessoa que defende o mundo seria o MUNDIOTA.
 

sexta-feira, 12 de março de 2010

Paternalismo

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Isso para mim é um dos maiores problemas deste nosso país. Nosso Estado é altamente paternalista, quer tomar conta de tudo de de todos, o tempo todo. Quer gerenciar a vida das pessoas, o que elas fazem, como gastarão o dinheiro.

Em nome de “ajudar” as pessoas, acabam aprisionando-as e tornando-as dependentes, sem iniciativa, afinal, pra que eu, cidadão, preciso aprender a gerenciar meus atos, meus gastos se há alguém plenamente preocupado comigo cuidando de tudo? Prefiro continuar alienado e deixando que o preocupado governo zele por mim.

Numa das aulas que tive na pós perguntei para uma professora que era advogada sobre a questão de ter que utilizar o vale-alimentação, o que considero salário, somente com alimentação. Se uma pessoa, que optasse por comer em casa, não poderia utilizar o valor em outra coisa, mais útil para ela. A resposta foi que não, pois como existem pessoas que se não forem obrigadas a gastar o dinheiro em comida, poderiam gastar em bebida, e nosso estado zeloso e preocupado com os cidadãos certamente não poderia permitir isso, e por isso bloqueia.

Ué, mas se a vontade do cara é encher a cara, se é uma decisão dele, por que não deixá-lo responsável pela sua postura? Por que o Estado deve cuidar dele? E se o Estado quer cuidar dele, por que ao invés de impedir que as pessoas conscientes dos seus atos utilizem melhor o vale-alimentação não oferece tratamento para dependência química?

Outro exemplo deste paternalismo é o valor pago ao funcionário quando ele sai em férias. Ao sair de férias, além de 1/3 de salário a mais recebe-se, antecipadamente, outro salário, para que o funcionário possa ter dinheiro para curtir as férias. Mas se o funcionário vai tirar férias, e quer viajar, ele não deveria economizar durante os meses que antecedem as férias para que ao sair de férias tenha dinheiro para gastar? Não seria o lógico? Não seria uma postura mais madura da pessoa? Ah não, as pessoas não fazem isso, então ao invés de ensiná-las através de uma boa escola, prefere-se antecipar um salário e deixá-la feliz por não precisar pensar e planejar as férias.

Certamente existem vários outros exemplos de paternalismo deste nosso adorado Estado, sempre com a melhor das intenções. Bom, sabemos onde está cheio de gente bem intencionada…

quarta-feira, 10 de março de 2010

Dois pesos, duas medidas

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Vi que tem uma lei que isenta o pagamento do IPVA caso o carro tenha sido roubado, porém se o carro for recuperado com grandes avarias, e se o dono quiser solicitar o não pagamento, terá que dar baixa no carro.

Até aí legal, afinal, considero justo não pagar imposto de algo que foi roubado. Mas é aí que pode ocorrer um problema. Esta isenção do pagamento somente vale para quem pago plenamente o carro. Caso ele esteja financiado isso não poderá ser feito.

É aí que acho “engraçado”. Para o governo, para pagar o IPVA o dono é quem solicitou o financiamento, e mesmo que ele tenha pago somente 2/70 parcelas ele terá que pagar todo o imposto, no entanto para solicitar a isenção do imposto aí ele já não é o dono. E então, a pessoa que financia um carro é ou não dona dele? Vejo dois pesos e duas medidas nesta questão. Claro que sei que o que é comum nestas duas situações é o imposto cobrado pelo governo. Eles não vão querer perder nunca.

Mas e nós, não usamos 2 pesos e 2 medidas na vida? Imaginem um jovem pegando um filho seu, agredindo, torturando, arrastando com o carro. Que castigo você acha que esta pessoa mereceria? Vejo na TV depoimentos de pessoas que passaram por isso desejando muita coisa de ruim a estes infratores.

Não vou entrar no mérito do que deve ser feito com alguém que cometa tal crime, mas minha questão é: “E se o criminoso fosse o seu filho, ou algum parente próximo seu, o que acha que a pessoa mereceria?”.

Possivelmente a resposta seria diferente. Tentaria se colocar panos quentes, pormenorizar os atos, arrumar pretextos, atenuantes, ou outros culpados que pudessem justificar tais atitudes.

E isso não é 2 pesos e 2 medidas? Infelizmente temos o hábito de sempre achar diferente as coisas quando ocorrem conosco. Se alguém nos dá uma fechada no trânsito, é barbeiro, se damos uma fechada no trânsito, estamos somente tentanto achar um endereço ou nos distraímos. Se uma criança destrói os brinquedos, é mal educada, se nosso filhos destrói os brinquedos, está em fase de aprendizado.

Não sei o quanto esta diferença de pesos é uma questão de sobrevivência, de sempre nos defender, ou questão de educação. No entanto sei que é necessário ficarmos sempre atentos para evitarmos esta distorção.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia da Mulher

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Hoje, 8 de março, é o dia internacional da mulher. Dia este instituído pelas Nações Unidas, em 1975.

E é neste dia onde há a “obrigação” dos homens serem gentis com as mulheres, dizer o quão elas são importantes, especiais, o quanto nos ajudam, dar um presente, levar pra jantar, etc.

Não consigo apreciar isso. Não consigo compreender esta valorização da diminuição, afinal, se é preciso que a Nações Unidas defina um dia para que possamos “dar” o valor merecido a mulher, vejo isso como uma clara confirmação que elas não estão no mesmo nível dos homens, e que para isso é preciso algo para poder “equacionar” isso.

É como se fosse um sistema de quotas. Ao invés de trabalharmos para que a tratemos com todo o respeito e consideração que merecem, preferem ignorar isso e nos dizer que precisamos dar presentes e atenção neste dia. Viu só como é fácil para os homens? É só ignorá-la por 364 dias no ano, desrespeitar, achar e tratar como um ser inferior, que está na vida para satisfazer as nossas vontades e caprichos, e uma vez por ano tirar a bunda do sofá e comprar um belo presente, e então demonstrar todo o amor que tem por ela.

De minha parte me esforço para não aceitar o fácil, para não considerá-las como serem inferiores (pois se fizesse isso estaria certamente errando), mas sim sempre respeitá-las e valorizá-las.

E continuarei minha torcida para que esta data suma, para que as mulheres não mais fiquem felizes neste dia, mas sim em todos os demais. E que a pressão comercial para valorizar a mulher gastar dinheiro acabe.

sábado, 6 de março de 2010

O valor de uma dona de casa

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Um homem chegou a casa, após o trabalho, e encontrou os seus três filhos brincando do lado de fora, ainda vestindo os pijamas

Estavam sujos de terra, cercados por embalagens vazias de comida entregue em casa

A porta do carro da sua esposa estava aberta.

A porta da frente da casa também.

O cachorro estava sumido, não veio recebê-lo.

Enquanto ele entrava em casa, achava mais e mais bagunça.

A lâmpada da sala estava queimada, o tapete estava enrolado e encostado na parede.

Na sala de estar, a televisão ligada aos berros num desenho animado qualquer, e o chão estava atulhado de brinquedos e roupas espalhadas.

Na cozinha, a pia estava transbordando de pratos; ainda havia café da manhã na mesa, a geladeira estava aberta, tinha comida de cachorro no chão e até um copo quebrado em cima do balcão.

Sem contar que tinha um montinho de areia perto da porta.

Assustado, ele subiu correndo as escadas, desviando dos brinquedos espalhados e de peças de roupa suja.

Será que a minha mulher passou mal? Pensou.

Será que alguma coisa grave aconteceu?’

Daí viu um fio de água correndo pelo chão, vindo do banheiro.

Lá encontrou mais brinquedos no chão, toalhas ensopadas, sabonete líquido espalhado por toda parte e muito papel higiênico na pia.

A pasta dos dentes tinha sido usada e deixada aberta e a banheira transbordando água e espuma.

Finalmente, ao entrar no quarto de casal, ele encontrou a mulher ainda de pijama, na cama, deitada e lendo uma revista.

Ele olhou para ela completamente confuso, e perguntou:

Que diabos aconteceu aqui em casa?

Por que toda esta bagunça?

Ela sorriu e disse:

- Todos os dias, quando você chega do trabalho, me pergunta:

- ‘Afinal de contas, o que você fez o dia inteiro dentro de casa?’

- ‘Bem... Hoje eu não fiz nada, FOFO!!!!Sentiu a diferença???’

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Pois é, este é um exemplo bem humorado a respeito do desrespeito que temos com relação as pessoas que tomam conta das casas.

Em nossa sociedade costumamos somente valorizar o tipo de trabalho que mensalmente tem como contrapartida um salário. Achamos que isso sim é trabalho, o resto não.

Quantas pessoas voluntariamente não acordam cedo, trabalham duro para dar um pouco de alento aos menos favorecidos, aos que necessitam, aos esquecidos pelo governo (* exceção feita nos 3 meses que antecedem as eleições)? Existe um exército destas pessoas no mundo, trabalhando e trabalhando muito, só que “aprendemos” a não valorizar isso, afinal, não está “produzindo” nada para ser consumido, nem traz dinheiro pra casa no final do mês.

Será que um dia nossa sociedade passará a valorizar o trabalho e não somente o emprego? A valorizar aquilo que faz bem as pessoas, e não somente aquilo que produz bens para as pessoas?