Sobre este blog

Este nome é facilmente interpretado como 'Mundo Idiota', o que não deixa de ser, visto que atualmente vivemos em um mundo do TER e pior, do PARECER TER / SER, enquanto o que devemos valorizar é o SER. Mas o nome tem outro motivo. Uma pessoa que defende sua pátria é chamado de patriota, numa analogia a pessoa que defende o mundo seria o MUNDIOTA.
 

quarta-feira, 10 de março de 2010

Dois pesos, duas medidas

Vi que tem uma lei que isenta o pagamento do IPVA caso o carro tenha sido roubado, porém se o carro for recuperado com grandes avarias, e se o dono quiser solicitar o não pagamento, terá que dar baixa no carro.

Até aí legal, afinal, considero justo não pagar imposto de algo que foi roubado. Mas é aí que pode ocorrer um problema. Esta isenção do pagamento somente vale para quem pago plenamente o carro. Caso ele esteja financiado isso não poderá ser feito.

É aí que acho “engraçado”. Para o governo, para pagar o IPVA o dono é quem solicitou o financiamento, e mesmo que ele tenha pago somente 2/70 parcelas ele terá que pagar todo o imposto, no entanto para solicitar a isenção do imposto aí ele já não é o dono. E então, a pessoa que financia um carro é ou não dona dele? Vejo dois pesos e duas medidas nesta questão. Claro que sei que o que é comum nestas duas situações é o imposto cobrado pelo governo. Eles não vão querer perder nunca.

Mas e nós, não usamos 2 pesos e 2 medidas na vida? Imaginem um jovem pegando um filho seu, agredindo, torturando, arrastando com o carro. Que castigo você acha que esta pessoa mereceria? Vejo na TV depoimentos de pessoas que passaram por isso desejando muita coisa de ruim a estes infratores.

Não vou entrar no mérito do que deve ser feito com alguém que cometa tal crime, mas minha questão é: “E se o criminoso fosse o seu filho, ou algum parente próximo seu, o que acha que a pessoa mereceria?”.

Possivelmente a resposta seria diferente. Tentaria se colocar panos quentes, pormenorizar os atos, arrumar pretextos, atenuantes, ou outros culpados que pudessem justificar tais atitudes.

E isso não é 2 pesos e 2 medidas? Infelizmente temos o hábito de sempre achar diferente as coisas quando ocorrem conosco. Se alguém nos dá uma fechada no trânsito, é barbeiro, se damos uma fechada no trânsito, estamos somente tentanto achar um endereço ou nos distraímos. Se uma criança destrói os brinquedos, é mal educada, se nosso filhos destrói os brinquedos, está em fase de aprendizado.

Não sei o quanto esta diferença de pesos é uma questão de sobrevivência, de sempre nos defender, ou questão de educação. No entanto sei que é necessário ficarmos sempre atentos para evitarmos esta distorção.

2 comentários:

Eduardo Montanari disse...

Somos egocêntricos por natureza, mesmo os melhores de nós. Para nós, nossos problemas são sempre maiores que os do outro. Eu sou bem assim. Sei que estou errado, mas acaba se tornando um comportamento muitas vezes natural.

Arthurius Maximus disse...

Os governos querem apenas arrecadar. Para eles é muito mais fácil atacar o cidadão do que um grande banco ou uma financeira. Em relação ao outro caso, dependendo do crime cometido eu, particularmente, não teria escrúpulos em condená-lo.

Quando meus filhos cresceram e se tornavam adolescentes, minha primeira providência foi chamá-los para uma conversa franca e explicar qual seria minha atuação em caso de desvios de conduta ou do envolvimento com drogas. Sempre fui claro, disciplinador (sem bater) e fiz questão de ensiná-los o caminho do bom caráter e do valor que a informação tem. Se descambassem para o mal; não seria por falta de orientação, disciplina, amor e companheirismo.

Logo, as consequências desse descaminho seriam terríveis para eles (e para mim também); porém seriam sentidas por eles sem o menor titubear de minha parte.

Graças a Deus eu nunca precisei "conferir". (rs)Mas, tenho certeza, que jamais passaria a mão pela cabeça de um filho que transgredisse ou que causasse um mal terrível a alguém.