Sobre este blog

Este nome é facilmente interpretado como 'Mundo Idiota', o que não deixa de ser, visto que atualmente vivemos em um mundo do TER e pior, do PARECER TER / SER, enquanto o que devemos valorizar é o SER. Mas o nome tem outro motivo. Uma pessoa que defende sua pátria é chamado de patriota, numa analogia a pessoa que defende o mundo seria o MUNDIOTA.
 

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

E a matéria-prima é a mesma…

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Vejam estes dois conjuntos de fotos:

S5034309 S5034318 S5034335 S5034111  Angela Dublin 034 Angela Dublin 035

E agora vejam estas outras:

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Uma sequência de fotos é da Irlanda, outra da cidade onde moro. Proponho o desafio de descobrirem qual é qual. Vamos lá, tenho certeza que conseguirão adivinhar.

Pois bem, acertou quem disse que a primeira sequência é da Irlanda, e a outra é de onde moro.

Nas fotos da Irlanda reparo parques muito bem cuidados, gramado aparado, grades, e não reparo lixo. Nem nas ruas eu vejo lixo. A segunda foto é de um tipo de calçadão, e reparei na limpeza do local. Posso até exagerar dizendo que está impecável.

Já as fotos da minha cidade são de ruas próximas de onde moro (ou a rua onde moro), que é uma rua de grande movimentação pois é um bairro residencial de alto tráfego de veículos. E tem também as fotos de um parque da cidade – o mais conhecido – e a sujeira está em todo lugar.

E quando vejo toda esta diferença entre lá e aqui, fico intrigado pois tanto lá quanto cá vivem pessoas, seres humanos, que tem problemas, virtudes, vícios, coragem, receios, são felizes e tristes, e quando vão ao banheiro é tudo igual. Ou seja, se a matéria-prima é a mesma, fico pensando em como maltratamos esta matéria-prima aqui em nosso país, pois a partir do mesmo componentes conseguimos fazer coisa muito pior, e eles coisas fantásticas.

Devemos ser péssimos artesões humanos, pois não conseguimos aqui gerar pessoas conscientes, educadas, que pensem além do próprio umbigo, que entendam que as coisas só estão boas quando estão boas para todo mundo. Não conseguimos ensinar que Lei de Gerson não deve ser o nosso evangelho, que fazer um gato, roubar algo de onde trabalha, ocultar informação para se dar bem, ser desonesto quando ninguém estiver vendo não são virtudes, algo digno de honra.

E nada disso que estou falando tem a ver com a idade do nosso país, afinal, a Austrália é bem mais nova que nós e certamente é muito diferente de nós. A Nova Zelândia também, e lá eles contratam profissionais para gerenciar as cidades, tal como se fosse uma empresa, e estes se esforçam para economizar dinheiro público. Pode?

Publiquei um texto em meu blog que fala desta tal matéria-prima. Fiquem a vontade para ler.

Quando penso nesse aspecto, me vem a mente o carvão e o carbono. Ambos possuem como matéria prima o carbono, no entanto somente a forma como eles são organizados é que produzem a diferença. Nem preciso dizer qual é a mais quista, afinal, nunca vi uma mulher querer um anel de carvão.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Esta “não” é uma obra de ficção

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Em toda novela, sempre aparece um texto, similar ao abaixo:

Essa é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais terá sido mera coincidência.

Na novela Caminho das Índias havia uma família onde os pais incentivavam o filho a bater, zoar os outros, tirar uma onda. A cada absurdo que o filho fazia os pais falavam “boa filhão”. E o adolescente adorava, afinal, é o sonho de qualquer filho ser aprovado pelos pais.

Este foi um assunto muito interessante tratado lá, na obra de ficção. Porém infelizmente a ficção era somente a obra, e não o que era retratado nela. Hoje pela manhã ligo o jornal e vejo uma briga de adolescentes, onde a mãe de uma delas incentiva a filha a brigar. Vejam o vídeo abaixo, e a reportagem aqui.

No vídeo, a menina que fica por baixo quando está ocorrendo a briga é a de camiseta branca com mangas azuis. Pelo video também percebemos que a garota que “puxou” briga foi a mesma. E no depoimento da mãe, ela diz que “…mas acho que qualquer mãe, qualquer pai, visse a filha no chão, por baixo…”. Bom, pelas imagens a menina que estava por baixo era a mesma que começou a briga.

Depois a mãe fala que se o filho apanhar na rua, depois apanharia em casa. Fantástico o pensamento, fico altamente crente que nossa sociedade evoluirá, que alcançará um nível mais elevado, onde o respeito seja a palavra de ordem, onde a agressão seja somente páginas de livros de história. clap* clap* clap* clap* clap* para esta cidadã exemplar.

Certamente estou sendo muito irônico. Será que a pessoa que gerou a menina tem uma leve idéia do que é educação? Do que é respeito? Do que é civilidade? Do que é respeito às divergências? Do que é diálogo? E como responsabilizar a menina, se dentro de casa ela aprende isso? Se a mãe incentiva a briga, proíbe os outros de apartarem. E ainda diz “mete o pé que nem eu te ensinei”. Belíssimo ensinamento. Agora, qualquer coisa que contrarie a filha, basta ir lá, meter o pé e saber que tem o pai e a mãe acobertando e incentivando.

E pensar que a mãe trabalha em uma escola. Que ensinamentos ela ensina aos estudantes?

Pois é, esta é a nossa realidade. Estas são as pessoas com as quais convivemos, com as quais nosso país é feito. Pessoas que não se empenham em aprender, em compreender, em respeitar, em dialogar. Pessoas que creem que estão acima do bem e do mal, que a lei que deve ser seguida não é a do amor, mas sim a da selva. E depois a culpa de tudo é somente dos politicos…

Quem dera a nossa realidade pudesse ter o desfecho da novela, com o adolescente punido, sendo obrigado a fazer trabalhos comunitários, e gostando de fazer isso, vendo que pode ser feliz ajudando aos demais.

sábado, 5 de setembro de 2009

Homem x Mulher

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Vamos lá, responda rapidamente.

Quem é mais inteligente, o homem ou a mulher?

Quem é mais honesto, o homem ou a mulher?

Quem é mais empreendedor, o homem ou a mulher?

Quem é mais qualquer-adjetivo-da-língua-portuguesa? O homem ou a mulher?

Não sei quais foram as suas respostas, porém sei que estas perguntas são feitas a todo tempo, em todos os lugares. Em qualquer conversa sempre vem a tona o assunto de quem é mais em determinado assunto. E em nome desse “poder” acirram-se disputas, proferem-se palavras desagradáveis, rebaixam-se pessoas, desqualificam-se, enfim, usam todos os artifícios para provar que o grupo de seu interesse seja o melhor.

E fazem isso como se todos os homens fossem iguais, e todas as mulheres fossem iguais, e imutáveis durante a vida, e portanto, passíveis de comparação. E comparam para ver quem é o melhor, para ver quem leva vantagem.

Se reparar, em vários programas de TV sempre são feitas estas perguntas, ou então equipes são criadas separando os homens e as mulheres em uma disputa. E as pessoas parecem acreditar que o vencedor de uma simples gincana prova a superioridade do seu grupo perante o outro.

Fico imaginando que tipo de ganho tais disputam geram? Alguém fica melhor? A sociedade fica melhor? A humanidade fica melhor?

Sou do tipo que prefere usar o que de melhor cada pessoa tem, e procurar construir algo melhor com a força de todos. Darei um exemplo.

Há uma frase de conhecimento popular que diz que uma mulher compra uma coisa de R$ 2,00 por R$ 1,00, mas que não precisa, enquanto que o homem compra uma coisa de R$ 1,00 por R$ 2,00, porém que precisa, e querer comparar qual destas atitudes é a melhor pra mim é puro desperdício de tempo. Acho muito mais interessante um casal, onde o homem ajudará na decisão de só comprar o que precisa, e a mulher ajudará a economizar. Nesta união, todos ganharão. E não falo somente na economia gerada, mas também na cumplicidade, no companheirismo, na cooperação, no respeito a forma do outro ser humano ser.

Se as pessoas, ao invés de quererem esconder suas deficiências (deficiências estas que todos os seres humanos possuem), super valorizarem suas qualidades e fazerem o oposto com os demais, optassem por ajudarem aos outros com suas qualidades, e receber ajuda das qualidades dos outros, certamente teríamos um mundo com menos disputas, menos egoísmo, mais cooperativismo, mais solidariedade, enfim, mais humanidade.

Ah, quanto a resposta das perguntas, só posso dizer que não tenho a menor intenção de achar uma resposta.