Sobre este blog

Este nome é facilmente interpretado como 'Mundo Idiota', o que não deixa de ser, visto que atualmente vivemos em um mundo do TER e pior, do PARECER TER / SER, enquanto o que devemos valorizar é o SER. Mas o nome tem outro motivo. Uma pessoa que defende sua pátria é chamado de patriota, numa analogia a pessoa que defende o mundo seria o MUNDIOTA.
 

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Eu fui o primeiro…

Foi esta frase que ouvi que me fez pensar um pouco em que planeta nós estamos, para onde estamos indo, o que estamos ensinando as pessoas, que postura estamos espalhando pelo mundo.

Fui ao mercado comprar algumas coisas, entre elas alguns refrigerantes. Como são pesados, peguei um carrinho, fiz minha compra com uma quantidade de itens que me permitia ir na fila do caixa rápido. Quando entrei na fila uma das funcionárias me disse:

- “Senhor, não pode entrar com este carrinho aqui”.

Recado dado, saí da fila, e como estava com uma sacola retornável coloquei os itens dentro dela e voltei para a fila, e quis o destino que eu tenha sido atendido pela mesma pessoa que me alertou. Conversando com ela perguntei porque não podia entrar, e ela disse que não cabia (na verdade cabia, já fui em mercados com bem menos espaço e que “cabia” o carrinho), além de que tinha uma placa informando a proibição.

Disse que não havia visto a placa, e foi quando ela me disse:

- “Você foi a primeira pessoa que não me xingou”. - E olha que nem em pensamento eu a xinguei.

Juro que não sei se devo ficar feliz ou triste. Ela simplesmente transmitiu um recado, uma norma do estabelecimento onde ela trabalha, e por que isso deve ser motivo para as pessoas xingarem uma funcionária? Será que tudo tem que ser do nosso modo, sempre? Será que tudo tem que funcionar de acordo com a nossa vontade?

Que sociedade é esta que estamos criando? Uma sociedade que não consegue nem entender uma simples orientação conseguirá construir algo grandioso, com valores, uma sociedade mais justa, mais educada, mais avançada?

Não creio que imaginar uma sociedade onde somente a vontade da pessoa seja o pilar. Isso irá gerar infinitos conflitos, já que cada pessoa tem sua própria vontade.

E o que é pior, onde fui não era um mercado “de vila”, onde seria possível aplicar a “desculpa” que são pessoas mais humildes, mais simples, que não tiveram instrução. É um lugar em uma área importante da cidade, com pessoas que certamente tiveram um nível de educação bem superior ao da maioria dos brasileiros.

Pois é, acho que está faltando ensinarem as pessoas algumas velhas palavrinhas mágicas, que nossos ídolos modernos (ex-bbb´s, mulheres frutas, peladões e peladonas, espertalhões) não costumam falar, como “por favor”, “obrigado” e “desculpe”.

Um comentário:

angel disse...

Coisas simples como ouvir e pensar estao em desuso atualmente e o EU impera, infelizmente.
Parabéns pela postagem.
abraço
Angela