Sobre este blog

Este nome é facilmente interpretado como 'Mundo Idiota', o que não deixa de ser, visto que atualmente vivemos em um mundo do TER e pior, do PARECER TER / SER, enquanto o que devemos valorizar é o SER. Mas o nome tem outro motivo. Uma pessoa que defende sua pátria é chamado de patriota, numa analogia a pessoa que defende o mundo seria o MUNDIOTA.
 

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Pronomes Possessivos

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Estes pronomes, como o próprio nome diz, indicam uma relação de posse, onde alguém é dono de algo. Meu carro, minha casa, minha camiseta, meu chinelo.

Ao utilizarmos tais pronomes deixamos claro que somos donos de algo, ou então que algo possui outra pessoa como dona (no caso de seu, sua...).

No entanto isso me incomoda um pouco, pois creio que as pessoas tem utilizado este tipo de pronome do modo errado. Explicarei melhor.

O pronome possessivo nem sempre expressa possessividade, mas também uma relação de afetividade, como "Minha filha", "Meu marido", "Meu neto", mas creio que apesar desta possibilidade de relação de afetividade, isto tem sido ignorado, e o único sentido que tem sido empregado é o de posse.

E em função disso vemos inúmeras brigas, algumas com sérias consequências. Tudo por que as pessoas esquecem o sentido de afetividade, e passam a tratar as pessoas como sua posse.

Basta vermos um pouco (infelizmente) de TV para confirmarmos isso. Vemos homens batendo em mulheres porque mulher dele não pode fazer isso, ir em tal lugar, e por aí vai. Ou então filhos fugindo de casa ou então mentindo para os pais já que os pais não deixam seus filhos fazerem o que eles não querem.

Infelizmente acham que a outra pessoa é uma posse sua, e em função disso se sentem no direito de dizer ao outro o que fazer, o que não fazer, onde ir, com quem não ir, com quem ir, o que gostar, como se a outra pessoa não fosse um ser humano, com vontades, valores, virtudes, iniciativa e cérebro próprio.

Que as pessoas pensem mais que cada um é único, especial, diferente, e 100% capaz de tomar as suas decisões. E que a única possessividade existente seja o do tipo do pronome, não o da forma de tratar o outro.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Burocracias, continuo sem entendê-las....

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Burocracia é algo que sempre existiu neste país, e não consigo me imaginar vivendo neste país sem este imenso mal.

Cada coisa que vivencio somente me faz tentar enteder o motivo da existência disso, e cada vez mais tenho a convicção que somente existe para atrapalhar a vida das pessoas, sem nenhum tipo de benefício.

Hoje eu fui ao banco para transferir uma conta da minha cidade natal para a cidade onde moro. Na minha cabeça prática e racional bastaria modificar o número da conta, ou então fazer uma transferência simples e direta, com um novo número de conta e pronto. E digamos que isso, na era da internet, não é nada difícil de ocorrer.

Aí começaram as burocracias. Fui informado que era necessário que eu abrisse uma nova conta, pois a transferência não poderia ser assim fácil. E então era necessário trazer os documentos e um comprovante de endereço (os mesmos que eu já deixei copia na mesma agência, alguns meses atrás). Eu já imaginava isso e os levei, no entanto levei uma conta de condomínio, e fui informado que não era válida como comprovante de endereço. Será que o condomínio que pago não é do endereço que resido? Será que falsifico o documento colocando o meu nome, e pago mensalmente o valor de algo que não é meu?

Fui informado que somente contas de água, luz e telefone fixo são válidos. Fico imaginando as pessoas que moram em flats, onde não existe nada no nome da pessoa. Neste caso as pessoas não poderão jamais abrir uma conta em banco?

Pois bem, sem sucesso tive que voltar em casa (no mesmo endereço que estava naquele boleto que apresentei o banco, quanta coincidência!!!!) e pegar um comprovante que o banco aceitava. Pois bem, fiz isso e voltei. Quando fui atendido a moça me falou que aquele comprovante não seria válido, pois ainda não havia sido pago (não estava autenticado). Disse que pago tudo pela internet, e que por isso não tenho autenticação no documento. Então ela aceitou. Engraçado que este boleto em questão eu não havia pago ainda, pois irá vencer em breve. Fico me questionando qual é o critério? Basta eu pegar uma conta e falar que pago pela internet e tudo bem? E outra coisa, que garantia ela tinha que eu realmente morava neste endereço? Afinal, o que eu tive que mostrar foi um comprovante de residência. E se eu tivesse uma outra casa que alugo, e pegasse este comprovante e apresentasse? Seria aceito tranquilamente, sem dúvida. Ninguém do banco se prontificou a ir até o endereço para ver se eu realmente morava lá.

Após o rolo do endereço fui informado que o tipo de conta que eu tinha na agência de minha cidade natal não existe mais, e a conta a ser criada aqui seria de outro tipo. Em função disso não seria possível fazer o que queria, que era a pura e simples transferência de uma conta de uma cidade para outra. E devido a esta impossibilidade eu terei que ir até a minha cidade natal para poder encerrar a conta. Fico imensamente feliz com isso.

Depois eu precisei passar uma referência. Passei, mas qual confirmação houve destes dados? Se eu passasse qualquer nome, inventasse qualquer telefone estes dados seriam inseridos no sistema tranquilamente. Então pra que exigir estes dados? Se é para ter uma informação, que seja verdadeira. Somente armazenar algumas letras e números em um banco de dados de um servidor não tem fundamento algum.

Somente queria fazer uma transferência de uma conta de uma cidade para outra, e consegui com isso a perda de 3 horas, retorno a minha casa, inúmeras assinaturas, várias folhas de papel, e uma necessidade de ir até minha cidade para encerrá-la.

Será que devo avisar ao banco que em informática já inventaram um recurso chamado "recortar" e "copiar"? Era somente isso que queria.....

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Acabei de receber um texto que acho que vem bem a calhar com o que escrevi:

Arca de Noé Brasileira

Um dia, o Senhor chamou Noé, que morava no Brasil e ordenou-lhe:
- Dentro de 6 meses, farei chover ininterruptamente durante 40 dias e 40 noites, até que o Brasil seja coberto pelas águas.
Os maus serão destruídos, mas quero salvar os justos e um casal de cada espécie animal.
Vai e constrói uma arca de madeira.
No tempo certo, os trovões deram o aviso e os relâmpagos cruzaram o céu.

Noé chorava, ajoelhado no quintal de sua casa, quando ouviu a voz do Senhor soar furiosa, entre as nuvens:
- Onde está a arca, Noé?
- Perdoe-me, Senhor, suplicou o homem. Fiz o que pude, mas encontrei dificuldades imensas:
Primeiro tentei obter uma licença da Prefeitura, mas para isto, além das altas taxas para obter o alvará, me pediram ainda uma contribuição para a campanha para eleição do prefeito.
Precisando de dinheiro, fui aos bancos e não consegui empréstimo, mesmo aceitando aquelas taxas de juros...
O Corpo de Bombeiros exigiu um sistema de prevenção de incêndio, mas consegui contornar, subornando um funcionário.
Começaram então os problemas com o IBAMA e a FEPAM para a extração da madeira.
Eu disse que eram ordens SUAS, mas eles só queriam saber se eu tinha um "Projeto de Reflorestamento" e um tal de "Plano de Manejo".
Neste meio tempo ELES descobriram também uns casais de animais guardados em meu quintal...
Além da pesada multa, o fiscal falou em "Prisão Inafiançável" e eu acabei tendo que matar o fiscal, porque, para este crime, a lei é mais branda.
Quando resolvi começar a obra, na raça, apareceu o CREA e me multou porque eu não tinha um Engenheiro Naval responsável pela construção.
Depois apareceu o Sindicato exigindo que eu contratasse seus marceneiros com garantia de emprego por um ano.
Veio em seguida a Receita Federal, falando em "sinais exteriores de riqueza" e também me multou.
Finalmente, quando a Secretaria Municipal do Meio Ambiente pediu o "Relatório de Impacto Ambiental" sobre a zona a ser inundada, mostrei o mapa do Brasil.
Aí, quiseram me internar num Hospital Psiquiátrico!
Sorte que o INSS estava em greve...

Noé terminou o relato chorando, mas notou que o céu clareava e perguntou:
- Senhor, então não irás mais destruir o Brasil?
- Não! - respondeu a Voz entre as nuvens.
- Pelo que ouvi de ti, Noé, cheguei tarde! O governo já se encarregou de fazer isso!

domingo, 1 de agosto de 2010

Salário Mínimo: Um Grande Mal

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No governo de Getúlio Vargas foi instituído o salário mínimo. A idéia dele é:

"A nova constituição do Brasil de 1988 estabelece no capítulo II (Direitos Sociais) artigo 6 o direito de todo trabalhador a um salário mínimo. A cláusula IV define o valor do salário como "capaz de atender a suas [do trabalhador] necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social". Esta cláusula também garante reajustes periódicos a fim de preservar o poder aquisitivo do trabalhador.".

A idéia parece interessante, garantir ao trabalhador o rendimento mínimo para que ele possa viver com dignidade, tendo o necessário para viver. Mas fico me perguntando se o salário mínimo não está sendo um incentivo a vagabundagem, a falta de comprometimento, de qualificação.

Tenho pensado nisso pelo seguinte. Vejo pessoas formadas, com inglês, bom português, conhecimentos de informática, comprometidas, sendo submetidas a alto estresse no serviço por salários de R$ 700,00, R$ 800,00, R$ 1.000,00. E vejo pessoas nem aí com o serviço, com a qualidade do que faz, sem vontade de aprender como fazer melhor, como desenvolver, sem saber sequer falar o português ganhando R$ 510,00 (atual valor do salário mínimo), fora alguns benefícios (vale alimentação, vale transporte, etc).

A diferença somente é grande no que é exigido do trabalhador, e nem tanto no salário. O primeiro tem que estudar muito, fazer cursos, andar bem vestido, ralar pra caramba, e o outro não está nem aí, se não gostar, ele vai pra outro poder fazer o mesmo péssimo serviço, pois independente da qualidade do seu serviço ele receberá aquele valor, merecido ou não.

Fico preocupado pois somente vejo o governo se preocupar em aumentar o valor do salário mínimo (para que ele realmente possa atender ao definido na lei), no entanto não vejo relação entre o valor e o mérito para obtenção. Se não for exigido do trabalhador os deveres mínimos que ele deve cumprir teremos somente pessoas mal preparadas, descompromissadas, fazendo serviços porcos recebendo um valor para ele sobreviver.

Isso gerará uma sociedade de preguiçosos, afinal, pra que me esforçar pra caramba se financeiramente a diferença é pouca? É melhor ser vagabundo e esperar que o governo exija um pagamento bom pra mim do que ficar estudando, trabalhando duro, ajudando a construir um país melhor.

Premiação sem mérito é um mal imenso a uma sociedade. É um engessador. Parará nosso país, o tornará dependente, sem capacidade de criar e ser livre.

E se acham que eu estou exagerando, vejam os nossos bolsas-qualquer-coisa que o goveno criou. Há várias pessoas já que optam por não trabalhar para receber estes benefícios, pois ganham mais sendo vagabundos do que trabalhando. Só que para que eles recebem estes benefícios é necessários que alguns otários, ops, trabalhadores, trabalhem por 2, 3 para poder dar este dinheiro a eles.