No governo de Getúlio Vargas foi instituído o salário mínimo. A idéia dele é:
"A nova constituição do Brasil de 1988 estabelece no capítulo II (Direitos Sociais) artigo 6 o direito de todo trabalhador a um salário mínimo. A cláusula IV define o valor do salário como "capaz de atender a suas [do trabalhador] necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social". Esta cláusula também garante reajustes periódicos a fim de preservar o poder aquisitivo do trabalhador.".
A idéia parece interessante, garantir ao trabalhador o rendimento mínimo para que ele possa viver com dignidade, tendo o necessário para viver. Mas fico me perguntando se o salário mínimo não está sendo um incentivo a vagabundagem, a falta de comprometimento, de qualificação.
Tenho pensado nisso pelo seguinte. Vejo pessoas formadas, com inglês, bom português, conhecimentos de informática, comprometidas, sendo submetidas a alto estresse no serviço por salários de R$ 700,00, R$ 800,00, R$ 1.000,00. E vejo pessoas nem aí com o serviço, com a qualidade do que faz, sem vontade de aprender como fazer melhor, como desenvolver, sem saber sequer falar o português ganhando R$ 510,00 (atual valor do salário mínimo), fora alguns benefícios (vale alimentação, vale transporte, etc).
A diferença somente é grande no que é exigido do trabalhador, e nem tanto no salário. O primeiro tem que estudar muito, fazer cursos, andar bem vestido, ralar pra caramba, e o outro não está nem aí, se não gostar, ele vai pra outro poder fazer o mesmo péssimo serviço, pois independente da qualidade do seu serviço ele receberá aquele valor, merecido ou não.
Fico preocupado pois somente vejo o governo se preocupar em aumentar o valor do salário mínimo (para que ele realmente possa atender ao definido na lei), no entanto não vejo relação entre o valor e o mérito para obtenção. Se não for exigido do trabalhador os deveres mínimos que ele deve cumprir teremos somente pessoas mal preparadas, descompromissadas, fazendo serviços porcos recebendo um valor para ele sobreviver.
Isso gerará uma sociedade de preguiçosos, afinal, pra que me esforçar pra caramba se financeiramente a diferença é pouca? É melhor ser vagabundo e esperar que o governo exija um pagamento bom pra mim do que ficar estudando, trabalhando duro, ajudando a construir um país melhor.
Premiação sem mérito é um mal imenso a uma sociedade. É um engessador. Parará nosso país, o tornará dependente, sem capacidade de criar e ser livre.
E se acham que eu estou exagerando, vejam os nossos bolsas-qualquer-coisa que o goveno criou. Há várias pessoas já que optam por não trabalhar para receber estes benefícios, pois ganham mais sendo vagabundos do que trabalhando. Só que para que eles recebem estes benefícios é necessários que alguns otários, ops, trabalhadores, trabalhem por 2, 3 para poder dar este dinheiro a eles.
3 comentários:
Parabéns pelo post meu amigo.
Muito bem observado,aqueles que se dedicam e se preparam muitas vezes são prejudicados.Conheço casos em que pessoas sem comprometimento algum e preparação,somando seus rendimentos com as bolsas governamentais ganham mais que seus líderes na empresa que trabalham.
Cada um deve ser recompensado segundo seus méritos e qualificação.
Essa série de bolsas está gerando uma geração de conformados e sem compromisso com a vida.
Abraço
Dizem que o crescimento de um país está diretamente relacionado com o nível cultural de seus habitantes.
Exemplo: um povo culturalmente evoluído deveria saber que jogar lixo nas ruas é prejudicial à toda a sociedade e a sí mesmo, que poluir rios e desmatar pode gerar riquezas para poucos e desgraça para muitos.Se a família não faz sua parte fornecendo valores caberia à escola tal tarefa e quem teria maiores condições de abrir as mentes seriam os professores. Alunos educados formariam lares mais promissores e educariam melhores seus filhos.
Mas o que fazem com os professores????
Desqualificam seu trabalho com salários aviltantes, tiram sua autoridade, e os fazem refém do medo que graça pelas escolas. Ficam à mercê de alguns vândalos que só estão na escola para comer a merenda ou porque o governo impõe que ali estejam.
Claro que acho que todos devem frequentar a escola, mas isto deve ser um direito.Direito se escolhe. Quem não quiser aprender não pode ficar e atrapalhar outros que querem. Mas o problema vem depois... mesmo os despreparados acabam se dando bem... vem os muitos auxílios e bolsas... Governo paternalista não ajuda o povo, é a desgraça do país.
Lembro-me de quando meus pais eram trabalhadores braçais, moravam em casa construída de barro pelo próprio esforço, buscavam água em mina e usavam saco de farinha para fazer uniforme para os filhos frequentarem as aulas. Não tiveram nenhum tipo de auxílio e os filhos valorizavam seus esforços e procuravam se esforçar para retribuir.
O resultado: filhos educados, civilizados e produtivos.
Infelizmente não podemos dizer o mesmo de muitas famílias hoje em dia.
Abraço
angel
Uma coisa em que esse governo não acredita é na meritocracia. O salário mínimo era uma proteção contra os empresários malandros. Mas hoje, ele se transformou numa praga para o trabalhador esforçado.
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