Estes pronomes, como o próprio nome diz, indicam uma relação de posse, onde alguém é dono de algo. Meu carro, minha casa, minha camiseta, meu chinelo.
Ao utilizarmos tais pronomes deixamos claro que somos donos de algo, ou então que algo possui outra pessoa como dona (no caso de seu, sua...).
No entanto isso me incomoda um pouco, pois creio que as pessoas tem utilizado este tipo de pronome do modo errado. Explicarei melhor.
O pronome possessivo nem sempre expressa possessividade, mas também uma relação de afetividade, como "Minha filha", "Meu marido", "Meu neto", mas creio que apesar desta possibilidade de relação de afetividade, isto tem sido ignorado, e o único sentido que tem sido empregado é o de posse.
E em função disso vemos inúmeras brigas, algumas com sérias consequências. Tudo por que as pessoas esquecem o sentido de afetividade, e passam a tratar as pessoas como sua posse.
Basta vermos um pouco (infelizmente) de TV para confirmarmos isso. Vemos homens batendo em mulheres porque mulher dele não pode fazer isso, ir em tal lugar, e por aí vai. Ou então filhos fugindo de casa ou então mentindo para os pais já que os pais não deixam seus filhos fazerem o que eles não querem.
Infelizmente acham que a outra pessoa é uma posse sua, e em função disso se sentem no direito de dizer ao outro o que fazer, o que não fazer, onde ir, com quem não ir, com quem ir, o que gostar, como se a outra pessoa não fosse um ser humano, com vontades, valores, virtudes, iniciativa e cérebro próprio.
Que as pessoas pensem mais que cada um é único, especial, diferente, e 100% capaz de tomar as suas decisões. E que a única possessividade existente seja o do tipo do pronome, não o da forma de tratar o outro.
2 comentários:
A liberdade que damos aos outros é um gesto de amor. Quantas vezes, mesmo querendo ajudar acabamos impondo e nos tornando possessivos. É muito difícil este exercício especialmente para as mães. Na ânsia de proteger muitas vezes anula o filho. Devemos apoiar, dar opiniões, ensinar a observar, mas a decisão deve sempre ser a do outro, mesmo que doa em nós.
Encontrar a medida exata da possessividade e da liberdade nem sempre é fácil.
Eu desejo que MEUS filhos sejam felizes com suas escolhas e torço para que eles escolham sempre o melhor, aquilo que no momento for o mais acertado.
Um abraço carinhoso
Angel
É verdade. A imagem de ser dono de alguém ainda habita a mente de muitos idiotas mundo a fora.
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