Chegamos a mais uma eleição, presenciamos mais alguns meses de propaganda política, quase tive uma overdose de Lavínia Vlasak.
E neste período muito de fala de política, da eleição, dos candidatos, de cidadania, e principalmente as conversas onde se diz em quem vai votar, o motivo, essas coisas. Acho isso interessante, não sou da turma dos que acham que política não se discute, muito pelo contrário, para mim se discute e muito, pois somente através das discussões (leiam troca de argumentos, e não troca de insultos ou ofensas), das visões de outras pessoas e que podemos nos aprimorar, nos desenvolver.
E nesse momento, quando estamos conversando sobre em quem votar, no motivo, quando perguntado digo que anularei meu voto. Isso mesmo, votarei em nulo, não quero ninguém lá. Já até consigo ouvir vocês expressando a indignação. “Como assim anular? Tem que exercer sua cidadania.”, “Votar é algo muito importante, e é somente assim que mudaremos as coisas.”, “Se anular porque não quer um candidato ruim, corre o risco do pior entrar no poder.”, “Depois não pode reclamar.” e mais um monte de frases, as quais já conheço de cor e salteado.
Quero então lhes dizer o motivo pelo qual faço isso, quais são os fatores que me levam a tomar esta decisão, e espero que após isso entendam que o que faço não é por rebeldia sem causa, ou então “porque se há algum sistema, eu sou contra”, ou somente para incitar discussões. Faço mediante argumentos. Eis os argumentos:
Votar em alguém para mim soa como uma afirmação de que tudo isso que existe hoje está bom, que concordo e quero que tal sistema permaneça. E não é isso que penso.
Aí então vêm pessoas dizendo que mesmo anulando o voto (coisa que o governo não informa ao eleitor como fazer, assim como também quase que demonizam tal atitude) políticos (muitas vezes maus) continuarão a serem eleitos, que o voto nulo não pode anular uma eleição. A estes respondo que sei que votos nulos não anulam uma eleição, e que mesmo que somente haja um voto, com todos os outros nulos, tal pessoa será eleita. Podemos não mudar, de imediato, o resultado, mas podemos com isso dar um sinal claro aos governantes que há algo errado. Uma pessoa com um voto pode ser eleita prefeita, mas ela estará bem lá? Quem confiará nela? Apoio de quem ela terá? Quem confia nela? Se a quantidade de nulos for grande, haverá uma mensagem de que algo muito, mas muito errado está acontecendo, e mesmo que não mude na próxima eleição, a sociedade começará a ver que algo está errado e precisa ser modificado.
Como o voto nulo é muito mal falado, é tratado como falta de cidadania e comprometimento, muitas pessoas que estão desgostosas com o esquema atual, com os candidatos, com a politicagem que assola este país acaba votando no que consideram ‘menos pior’. Imaginem se estas pessoas permanecessem firmes nos seus propósitos de não votar, vocês acham que somente teria 3% ou 4% de nulos? Conheço muitas pessoas que dizem que não tinha ninguém bom em quem votar, mas acabaram decidindo de última hora. Segundo a visão que nos é passada ela é uma cidadã, afinal, votou. Mas votou por votar, pegou qualquer um. E isso é mais importante e valoroso do que anular por convicção e por desejo real de melhora?
Tá certo, falei que não concordo com o sistema eleitoral atual, os problemas que vejo nele, mas criticar é muito fácil. Pois bem, para dificultar um pouco meu texto aproveito para apresentar minha idéia de um sistema eleitoral diferenciado.
Minha idéia é ter um sistema que não permita politicagem, não gere gastos, não deixe ninguém de rabo preso, não crie produtos a serem comprados.
Na minha proposta cada pessoa votará somente em uma pessoa, nada mais. E como será isso? A cidade deverá ser dividida em regiões pequenas, com uma quantidade máxima de pessoas. Digamos que cinco mil. E nesta região qualquer pessoa poderá se candidatar para representá-la, para lutar por melhorias. A única restrição é que deve morar a pelo menos 10 anos na região, o que faria com que conhecesse muito bem as pessoas, as dificuldades e as necessidades da região.
Não existiria partido, afinal, como a pessoa provavelmente será alguém conhecido da região nada disso será necessário, não haverá gastos pois com pouco deslocamento poderá fazer a campanha dela. E de nada adiantaria ela fazer campanha em outros lugares, pois somente as pessoas daquela região é que poderão votar nela.
E por ser uma pessoa do convívio daquelas pessoas, não terá como ter marketing político, afinal, as pessoas já conhecem o passado, os atos do candidato. Maquiagem e marketing de nada adiantarão.
As pessoas então votariam em qualquer uma das pessoas que se candidatarem, e o candidato com mais votos é eleito representante, responsável por aquela região. Esta pessoa será a responsável por gerenciar as pessoas. E como esta pessoa já é conhecida da região, convive lá, certamente cobranças serão bem mais fáceis de serem feitas, afinal, se nada estiver sendo feito, basta andar algumas quadras e bater na casa do representante. A cobrança fica mais fácil e direta.
Ah, mas o cara pode ser eleito, e como ganhará dinheiro poderá mudar do lugar. Eu sei, mas isso é outra barreira. O representante deverá necessariamente continuar morando na região onde foi eleito, e caso mude de região (de casa na mesma região tudo bem) automaticamente perderá o cargo, e o segundo colocado será empossado representante da região. Isso é para exigir que o representante realmente represente as pessoas, e não tenha por objetivo pegar os votos das pessoas e depois virar as costas.
Bom, mas até agora só temos representante para regiões de no máximo 5 mil, mas muitas cidades possuem mais do que isso de habitantes. Certamente, então estas regiões deverão ser agrupadas para eleger um representante para esta região maior. Então os candidatos eleitos e que estão neste novo agrupamento deverão conversar entre si e definirem uma pessoa para representar a região maior. E assim que elegerem uma pessoa, a região que elegeu esta pessoa perderá o representante direto, então o segundo colocado na eleição passaria a representá-los, afinal, muitas pessoas também confiaram seus votos nele.
Estes agrupamentos maiores poderiam ser de 20 regiões menores, muito mais que isso ficaria complicado gerenciar. E para que ter estes agrupamentos? Muitas obras envolvem bairros, interligam regiões, então é necessário que alguém tenha uma visão maior, e se preocupe com questões que extrapolem a região inicial. Seriam criados quantos agrupamentos forem necessários, e se a quantidade destes agrupamentos superar 20, outro agrupamento deverá ser criado, de modo recursivo até que seja eleito um representante para a cidade.
Poucas pessoas votaram diretamente neste representante, no entanto os que votaram o fizeram por conhecer o passado dele, suas ações, seus valores, seu trabalho. Ou seja, mesmo muitas pessoas não o conhecendo (reforço que mesmo no esquema atual não conhecemos a pessoa, somente uma imagem) ele poderá ser acessado muito rapidamente por aqueles moradores da região onde ele reside. Para este representante também não será permitido que ele mude de região.
Eleito o prefeito, estes se reuniriam e decidiriam entre si os representantes para as regiões do estado, que por sua vez decidiriam o representante do estado e por sua vez escolheriam o representante para o país.
O governador e presidente deixariam a sua região, afinal eles possuem preocupações que exige que eles estejam em muitos lugares, há um esquema de segurança, logística e tudo mais.
Com esta idéia, evitaríamos os gastos com campanha, os rabos preso, os partidos políticos – as pessoas votariam no caráter das pessoas, as jogadas por interesse. Cada pessoa somente votaria em uma única pessoa, e esta moraria perto durante todo o mandato, facilitando o acesso da população.
Ah, claro, o voto seria facultativo, assim somente votaria quem realmente tem interesse, quem quer algo melhor para sua vida, evitando os votos daqueles que somente votam por ser uma obrigação.
Delírio tudo isso que falei? Para muitos é bem provável. Mas para mim, delírio é achar que o esquema atual é bom. E então, o que acham da proposta?
E neste período muito de fala de política, da eleição, dos candidatos, de cidadania, e principalmente as conversas onde se diz em quem vai votar, o motivo, essas coisas. Acho isso interessante, não sou da turma dos que acham que política não se discute, muito pelo contrário, para mim se discute e muito, pois somente através das discussões (leiam troca de argumentos, e não troca de insultos ou ofensas), das visões de outras pessoas e que podemos nos aprimorar, nos desenvolver.
E nesse momento, quando estamos conversando sobre em quem votar, no motivo, quando perguntado digo que anularei meu voto. Isso mesmo, votarei em nulo, não quero ninguém lá. Já até consigo ouvir vocês expressando a indignação. “Como assim anular? Tem que exercer sua cidadania.”, “Votar é algo muito importante, e é somente assim que mudaremos as coisas.”, “Se anular porque não quer um candidato ruim, corre o risco do pior entrar no poder.”, “Depois não pode reclamar.” e mais um monte de frases, as quais já conheço de cor e salteado.
Quero então lhes dizer o motivo pelo qual faço isso, quais são os fatores que me levam a tomar esta decisão, e espero que após isso entendam que o que faço não é por rebeldia sem causa, ou então “porque se há algum sistema, eu sou contra”, ou somente para incitar discussões. Faço mediante argumentos. Eis os argumentos:
- No sistema atual, o que existe são produtos, os quais tomam banho de loja (marketing político), dizem somente as palavrinhas apropriadas, nos momentos apropriados.
Todos dizem a mesma coisa, independente de posição partidária, visão de mundo, objetivos, idade, credo. É sempre preciso investir na segurança, na construção de casas, na saúde, contratar e melhorar os salários dos servidores, investir no transporte público, e principalmente, investir muito na educação, pois a educação é a base de tudo. Pura ‘prosopopéia flácida para acalentar bovinos’. Claro que isso tem que ser trabalhado, ontem, hoje e amanhã. Sempre!!!!!! Qualquer um sabe disso, então dizer algo que todos sabem para mim é perder tempo e chamar a todos de idiotas. E quando todos dizem a mesma coisa, nada foi dito.
Engraçado que nunca vi um defender questões importantes, que realmente podem mudar a sociedade ou então questões delicadas e que dividem a opinião pública. Nunca vejo um candidato defendendo severas punições contra corrupção, eliminação dos cargos de confiança, mudar a forma de administrar para o modelo privado, fim dos benefícios sem propósito, fim de foro privilegiado, diminuição dos salários (que estão fora da realidade brasileira), definição da carga horária de acordo com a CLT. Ou então nunca vejo um candidato dizendo o que acha a respeito de assuntos que sabidamente dividem opiniões. Claro, se ele expressar essa opinião, então metade não vai votar, então nunca são verdadeiros. - No sistema atual, os custos de campanha são altíssimos. Os candidatos precisam investir em propagandas, contratar pessoas para ficarem divulgando o nome nas esquinas (alguns ganham R$ 200 por semana). Fora os gastos com santinhos, carros de som, gastos com deslocamentos. Não falo aqui dos candidatos que entram somente para participar, mas sim dos que realmente querem entrar na mamata política. Os que entram pra valer gastam muito dinheiro. Fiquei sabendo aqui na minha cidade, por uma pessoa que uma vez participou de uma campanha, que estes vereadores ‘profissionais’ chegam a gastar R$ 200 mil. Isso para vereador, e se for para prefeito? E deputado estadual, federal, governador, senador, presidente? Imaginam o custo?
Pois bem, o custo para se eleger é altíssimo, e minha pergunta é: quem paga o preço? Claro que há muitas pessoas que financiam a campanha, investem pesado. E eu, como uma pessoa incrédula, duvido que quem invista faça por ideologia, por crer que a pessoa fará um bem para a sociedade. Os que investem querem o dinheiro de volta, independente do meio. Então, num singelo pensamento matemático fico pensando “Como o candidato conseguirá devolver o dinheiro para os investidores, se os ganhos que ele terá não será o suficiente para isso?”. Será que o candidato é um ser tão fervoroso por fazer o bem a população que se candidata, mesmo sabendo que perderá muito dinheiro? Creio que não. Então, pergunto: “Como se resolverá essa questão?”. Bom, no mínimo deverá ter favorecimentos, informações privilegiadas, definição de obras públicas para alguém, ou então algum ato legal, porém amoral, como construção ou mudança de lei que vise favorecer algum investidor. - No sistema atual, os partidos geram politicagem. Os partidos políticos não possuem nenhuma função, a não ser a de exigir acordos para votações, beneficiamentos, distribuição de cargos. Se partido político fosse algo sério, não teria mudança de partido, nem alianças, e muito menos alianças diferentes para cada cidade. Não entendo como filosofias diferentes podem estar lado a lado em uma cidade e serem adversárias na cidade ao lado. Se não for por puro interesse escuso, não entendo o motivo. E com os partidos, os interesses passam a ser literalmente partidários, passam a defender o seu partido, dinheiro para o mesmo, status, poder. E o povão fica a ver navios.
Votar em alguém para mim soa como uma afirmação de que tudo isso que existe hoje está bom, que concordo e quero que tal sistema permaneça. E não é isso que penso.
Aí então vêm pessoas dizendo que mesmo anulando o voto (coisa que o governo não informa ao eleitor como fazer, assim como também quase que demonizam tal atitude) políticos (muitas vezes maus) continuarão a serem eleitos, que o voto nulo não pode anular uma eleição. A estes respondo que sei que votos nulos não anulam uma eleição, e que mesmo que somente haja um voto, com todos os outros nulos, tal pessoa será eleita. Podemos não mudar, de imediato, o resultado, mas podemos com isso dar um sinal claro aos governantes que há algo errado. Uma pessoa com um voto pode ser eleita prefeita, mas ela estará bem lá? Quem confiará nela? Apoio de quem ela terá? Quem confia nela? Se a quantidade de nulos for grande, haverá uma mensagem de que algo muito, mas muito errado está acontecendo, e mesmo que não mude na próxima eleição, a sociedade começará a ver que algo está errado e precisa ser modificado.
Como o voto nulo é muito mal falado, é tratado como falta de cidadania e comprometimento, muitas pessoas que estão desgostosas com o esquema atual, com os candidatos, com a politicagem que assola este país acaba votando no que consideram ‘menos pior’. Imaginem se estas pessoas permanecessem firmes nos seus propósitos de não votar, vocês acham que somente teria 3% ou 4% de nulos? Conheço muitas pessoas que dizem que não tinha ninguém bom em quem votar, mas acabaram decidindo de última hora. Segundo a visão que nos é passada ela é uma cidadã, afinal, votou. Mas votou por votar, pegou qualquer um. E isso é mais importante e valoroso do que anular por convicção e por desejo real de melhora?
Tá certo, falei que não concordo com o sistema eleitoral atual, os problemas que vejo nele, mas criticar é muito fácil. Pois bem, para dificultar um pouco meu texto aproveito para apresentar minha idéia de um sistema eleitoral diferenciado.
Minha idéia é ter um sistema que não permita politicagem, não gere gastos, não deixe ninguém de rabo preso, não crie produtos a serem comprados.
Na minha proposta cada pessoa votará somente em uma pessoa, nada mais. E como será isso? A cidade deverá ser dividida em regiões pequenas, com uma quantidade máxima de pessoas. Digamos que cinco mil. E nesta região qualquer pessoa poderá se candidatar para representá-la, para lutar por melhorias. A única restrição é que deve morar a pelo menos 10 anos na região, o que faria com que conhecesse muito bem as pessoas, as dificuldades e as necessidades da região.
Não existiria partido, afinal, como a pessoa provavelmente será alguém conhecido da região nada disso será necessário, não haverá gastos pois com pouco deslocamento poderá fazer a campanha dela. E de nada adiantaria ela fazer campanha em outros lugares, pois somente as pessoas daquela região é que poderão votar nela.
E por ser uma pessoa do convívio daquelas pessoas, não terá como ter marketing político, afinal, as pessoas já conhecem o passado, os atos do candidato. Maquiagem e marketing de nada adiantarão.
As pessoas então votariam em qualquer uma das pessoas que se candidatarem, e o candidato com mais votos é eleito representante, responsável por aquela região. Esta pessoa será a responsável por gerenciar as pessoas. E como esta pessoa já é conhecida da região, convive lá, certamente cobranças serão bem mais fáceis de serem feitas, afinal, se nada estiver sendo feito, basta andar algumas quadras e bater na casa do representante. A cobrança fica mais fácil e direta.
Ah, mas o cara pode ser eleito, e como ganhará dinheiro poderá mudar do lugar. Eu sei, mas isso é outra barreira. O representante deverá necessariamente continuar morando na região onde foi eleito, e caso mude de região (de casa na mesma região tudo bem) automaticamente perderá o cargo, e o segundo colocado será empossado representante da região. Isso é para exigir que o representante realmente represente as pessoas, e não tenha por objetivo pegar os votos das pessoas e depois virar as costas.
Bom, mas até agora só temos representante para regiões de no máximo 5 mil, mas muitas cidades possuem mais do que isso de habitantes. Certamente, então estas regiões deverão ser agrupadas para eleger um representante para esta região maior. Então os candidatos eleitos e que estão neste novo agrupamento deverão conversar entre si e definirem uma pessoa para representar a região maior. E assim que elegerem uma pessoa, a região que elegeu esta pessoa perderá o representante direto, então o segundo colocado na eleição passaria a representá-los, afinal, muitas pessoas também confiaram seus votos nele.
Estes agrupamentos maiores poderiam ser de 20 regiões menores, muito mais que isso ficaria complicado gerenciar. E para que ter estes agrupamentos? Muitas obras envolvem bairros, interligam regiões, então é necessário que alguém tenha uma visão maior, e se preocupe com questões que extrapolem a região inicial. Seriam criados quantos agrupamentos forem necessários, e se a quantidade destes agrupamentos superar 20, outro agrupamento deverá ser criado, de modo recursivo até que seja eleito um representante para a cidade.
Poucas pessoas votaram diretamente neste representante, no entanto os que votaram o fizeram por conhecer o passado dele, suas ações, seus valores, seu trabalho. Ou seja, mesmo muitas pessoas não o conhecendo (reforço que mesmo no esquema atual não conhecemos a pessoa, somente uma imagem) ele poderá ser acessado muito rapidamente por aqueles moradores da região onde ele reside. Para este representante também não será permitido que ele mude de região.
Eleito o prefeito, estes se reuniriam e decidiriam entre si os representantes para as regiões do estado, que por sua vez decidiriam o representante do estado e por sua vez escolheriam o representante para o país.
O governador e presidente deixariam a sua região, afinal eles possuem preocupações que exige que eles estejam em muitos lugares, há um esquema de segurança, logística e tudo mais.
Com esta idéia, evitaríamos os gastos com campanha, os rabos preso, os partidos políticos – as pessoas votariam no caráter das pessoas, as jogadas por interesse. Cada pessoa somente votaria em uma única pessoa, e esta moraria perto durante todo o mandato, facilitando o acesso da população.
Ah, claro, o voto seria facultativo, assim somente votaria quem realmente tem interesse, quem quer algo melhor para sua vida, evitando os votos daqueles que somente votam por ser uma obrigação.
Delírio tudo isso que falei? Para muitos é bem provável. Mas para mim, delírio é achar que o esquema atual é bom. E então, o que acham da proposta?
9 comentários:
Oi Querido Henrique;
Gostei muito das suas palavras, produtivas demaissssss, como sempre você é a agulhinha na minha mente, fazendo com que eu pense muito mais sobre tais assuntos e isso é bom demais:). Super criativa a sua proposta eleitoral, seria muito bom alguém que realmente se dedica para o bairro que moramos ou parte da cidade cuidar dela com amor e carinho, sem favorecimentos específicos e de segunda mão.
Beijos ;)!
CARLOS
"Chegamos a mais uma eleição, presenciamos mais alguns meses de propaganda política, quase tive uma overdose de Lavínia Vlasak."
Achei perfeita a forma que iniciou seu texto.
Estava ficando quase grávida de ver a lavínia toda torta ,tentando convencer que vivemos em um país civilizado. hahahahah!
Seu texto está pefeito,parabéns. Assinaria embaixo!
beijooooooooooooo
Sua visão é equivocada. E pelos seguintes motivos:
"No sistema atual, o que existe são produtos".
Sim são produtos. Mas como produtos eles podem ser analisados muito mais facilmente. Para se votar, você não pode levar em conta apenas a propaganda de época de eleição.
Você deve levar em conta as leis que o candidato votou (contra e a favor), sua assiduidade. O afino com o seu ideal de certo e errado. As alianças que fez e faz. Suas ações quando no poder e fora dele. E todo seu retrospecto político.
"No sistema atual, os custos de campanha são altíssimos."
Sim é verdade. Mas em qualquer sistema esses custos são altos. E gasta-se muito mais do que o cara vai ganhar quando eleito. Os custos são rateados entre os partidos e o tesouro nacional (nós).
O que importa, é que a sociedade esteja vigilante para que o partido e o candidato não queiram recuperar seu investimento de forma ilegal. Como fazer isso? sendo atuante e fiscalizando cada passo. Lembre-se que sempre que a sociedade "apertou" muitas ações negativas se reverteram.
"No sistema atual, os partidos geram politicagem".
É verdade. Mas de quem é a culpa? Nossa. Porque se a sociedade permite que um político pule de galho em galho e partidos façam alianças "misteriosas" votando em seus candidatos e em suas propostas; ela é a única culpada pela ocorrência desses fenômenos.
Ao anular seu voto, você torna mais fácil a eleição de nanicos e de fisiologistas sem representatividade porque reduz o coeficiente eleitoral. Desta forma, o voto nulo surte um efeito contrário ao que teoricamente se propõe e facilita a vida do corrupto.
Votar é decidir quem determinará a forma como você irá viver. Não votar, é permitir que outros escolham por você. É simples assim.
O brasileiro se acostumou a creditar a culpa de tudo aos políticos. Mas a verdade mesmo é de que a culpa é só nossa. Pois os políticos são um reflexo de nossa sociedade. Somos preguiçosos, alienados e permissivos.
Adoramos reclamar mas detestamos fiscalizar e nos comprometer com qualquer coisa.
Um abraço.
Obrigado pelos seus registros nos meus manifestos... Pessoal e políticos.
Eu, em meus tempos de escola, fui indagado para a construção de um sistema eleitoral distrital. Mas esse sistema, hierarquicamente falando, pode não ser eficiente ainda, se não houver um comitê regulador. Interesses regionais podem ser postos à prova em detrimentos de outros, pois o poder sujeita o corrompimento...
Quanto ao desabafo, simplesmente um teste que lanço ao mundo, para dizer que não sou mais tão inocente quanto julgavam-me ser. Afinal, não cutucar a ferida dos outros - que merecem - é muito conveniente para eles.
Carlos, os partidos são instituições importantes, onde as idéias são discutidas e colocadas no papel. Na minha visão, eu voto sempre em idéias, são certo tipo de pessoas que estragam e as desvirtuam e acabam desmoralizando a instituição.
A política é necessária, sim. Tudo que fazemos na nossa vida é política, seja na escola, no trabalho em casa.
Entendo seu descontentamento, eu também estou descontente com tudo que ocorre por aí, mas temos que acreditar e lutar pela coisa certa.
Não podemos perder a esperança.
Um abraço!!!
Além de termos em comum a defesa do voto nulo como opção viável de exercer cidadania concordo com muitas de suas sugestões...é preciso levar o voto nulo a sério !
obrigado pela visita e pelo comentário... volte sempre... abs
Gostei de seu blog, principalmente de seu post. comungo dom todas as suas opiniões.
Acho muito engraçado essas pessoas que dizem que votar em branco/nulo é jogar fora a cidadania, quando na verdade estamos sendo muito mais cidadãos em não sermos coniventes com essa basófia que é a política brasileira.
Adicionei seu blog à minha lista de favoritos. gostei demais do seu blog !!
Caro Carlos.Como sou a favor, SEMPRE, da democracia e, acima de tudo, da liberdade de expressão, não vou retirar seu comentário de meu blog,mesmo achando um tanto quanto esquisito usar o meu espaço para fazer "um comentário sobre o meu comentário " em outro blog...
Continuo achando, sim, que devo "Eu" escolher sempre meu governante, e lamento muito que em São Paulo não tenha nenhum que possa exercer tal cargo...moro aqui, na Cidade Maravilhosa,e tenho opção e vou fazer valer meu direito que eu conquistei e lutei muito ,de votar!
Desde já está convidado a visitar meu blog,mas da próxima vez entre pela porta da frente, sente-se, tome um cafezinho...a vida é bela!!
Você está perfeito nas suas argumentações. Aliás, estamos em sintonia quanto a isso. O povo não percebe que essa bola de neve cresce, essa árvore podre cresce até não sei onde.
Eu já questiono essa questão do sufrágio universal desde sua gênese nas democracias modernas. Quem quiser se eleger tem que ser filiado a algum partido. Já começa errado, porque se eu não me identifico com nenhum partido, o que eu faço? Fundar um? No meio de tanta burocracia? Eu quero ser candidato sem partido e não posso. E aí os problemas surgem e é tanta coisa...
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