Quem aqui neste país não teve que utilizar algum serviço público e não se sentiu muito mal atendido, ou ficou irritado com demoras ou burocracias? Creio que ninguém. E toda vez que preciso utilizar sei que terei que levar comigo uma tremenda dose de paciência, o que muitas vezes não é o suficiente.
Já escrevi um pouco sobre a burrocracia que existe lá dentro, mas fiz isso como um usuário dos serviços, porém um dia eu já estive do lado de dentro, trabalhando em uma empresa pública, e posso dizer que possivelmente estamos fadados ao mal atendimento por muito, muito tempo. Enquanto nossos governantes não resolverem tomar atitudes efetivas este mal continuará nos acometendo.
Relatarei um pouco das coisas que vivenciei, não foram coisas contadas por terceiros ou lidas em algum site.
Até então eu sempre havia trabalhado em iniciativa privada, onde a busca é sempre por melhor produtividade, menor desperdício, o que é muito bom. E na iniciativa pública isso não passa nem de longe perto da cabeça de quem trabalha lá. Melhorar? Para que? Ganho para exercer determinada função, e farei isso, do meu modo e no meu tempo. E se atrasar algo? Não tem problema, ninguém mais pode fazer isso, somente nós. Eles - os usuários - que aguardem.
Só sei que após uma semana de vida nova estava certo que eu pediria a conta, pois aquilo para mim era um martírio. Mas nada que alguns dias de reflexão não me fizessem mudar de idéia, não por acreditar que aquilo mudaria, mas para eu ver melhor esta outra realidade, qualquer mudança é sempre complicada.
Bom, lá dentro a tecnologia estava muito avançada para a década de 70, adequada para a década de 80 e para as próximas décadas deixo o adjetivo por conta de vocês. E a mentalidade das pessoas, tanto funcionários de menor nível quanto funcionários de nível mais elevado era mais atrasada ainda, e o pior, já tão adestrada pelo 'sistema' que muitos nem pensavam mais.
Treinamento, ambientação, essas coisas nem foram cogitadas, em compensação papel para aderir ao sindicato isso sim passou. O serviço era muito fora da minha função, e certamente tive dificuldades para aprender, mas creio que para o tempo que eu estava lá estava fazendo o meu serviço direito. Mas o que é engraçado é que tinham pessoas lá fazendo a mesma função há mais de 10 anos (sem brincadeira, a função não mudou nada) e sabiam menos que eu. Alguém consegue imaginar isso? E por que não eram mandados embora então? Aí entra funcionalismo público, demitir alguém é algo que papai do céu não gosta, é pecadinho, não pode, coisa feia. Então não demitem, e deixam a pessoa lá, que não faz seu serviço, lá, quietinha, e ficam feliz se ele fica no canto dele sem encher o saco dos outros. Tipo um figurante em novela. Está lá só para compor a paisagem.
Todos sabiam quem eram essas pessoas que nada faziam, e nada faziam contra essas pessoas. Estabilidade não tem que ser garantida por lei, mas pela competência da própria pessoa. Isso a estimula a ser melhor, a se desenvolver, a progredir. Saber que a lei impede que ela seja mandada embora cria o que vocês sabem.
O meu serviço não tinha como ser acumulado, dependia do que acontecia no dia anterior. E se nós já fizéssemos o serviço rapidamente não tinha mais o que ser feito, pois o próximo serviço dependia do término do dia atual. Tinha dias em que em 1 hora era possível terminar tudo, e não tinha mais o que fazer, não tinha mesmo. E sabem o que eu escutei de pessoas que estavam lá há um certo tempo quando me viram acabando o serviço nesse tempo?
- "Não faça isso, se não eles verão que você não tem mais serviço e lhe darão mais. Se você sabe que acabará rapidamente então faça devagar, enrole, divida o serviço pelas 6 horas."
Nem preciso dizer que isso era a morte para mim. Para mim não tinha problema nenhum em fazer outras coisas, no entanto muitas vezes não tinha serviço mesmo, para ninguém (não entendo quando se fala que falta gente no serviço público), mas mesmo assim tinha que enrolar. Via pessoas colocando revistas entre os papéis para ler, dando a impressão de estarem trabalhando. Mas isso não é nem o pior. Os meus chefes sabiam disso, e quando chegavam perto das pessoas que faziam isso só comentavam "cuidado para não dar bandeira", ou seja, fazer pode, desde que engane as pessoas. Era um faça-me de idiota mesmo. E um dia, após terminar meu serviço fui perguntar aos meus chefes se podia utilizar o resto do tempo para estudar inglês. Quase fui morto. Onde já se viu? Não pode fazer isso. (Ficar lendo revista de fofocas e catálogos de venda entre os papéis pode.....). Quem mandou eu tentar ser honesto.
Ah, uma vez fui chamado à sala da diretora, e o que achei legal lá é que a mesa dele era mais alta, e a cadeira onde nós sentávamos era bem baixa, numa clara demonstração de poder, ela lá em cima e a gente lá em baixo. Interessante isso.
Como eu informei anteriormente a tecnologia lá era assombrosa (no pior sentido do termo), e editores modernos, com recursos complicadíssimos como CTRL+C e CTRL+V eram coisas inexistentes. Mouse então....., nem em sonho. Pois bem, todos os meses precisávamos gerar um relatório contendo alguns valores, e nesse 'excepcional' editor nem paginação tinha, precisávamos ficar reescrevendo tudo. Eu perdia umas 2 horas nesta atividade. Porém um dia eu fui numa máquina mais nova (386, alguém se lembra?) e utilizei o Excel para fazer isso, e sempre que precisássemos alterar algo gastaria no máximo 2 minutos, pois era só remover e acrescentar o que foi modificado que a paginação e o cálculo eram feitos automaticamente. Imprimi e levei para o meu chefe, e levei uma fumada. Não era assim que tinha que ser feito, o padrão era do outro formato, eles não aceitariam isso pois estava no formato diferente. Eu tinha que voltar a fazer do outro formato. Saliento que não mudei a ordem das informações, nem inseri ou removi nada, somente a impressão seria diferente pois seria feita por um programa gráfico.
Eis o preço da ousadia em um serviço público. Virei rebelde lá dentro, queria botar abaixo tudo o que se tinha lá.
Afinal, se algo que demorava 2 horas pudesse ser feito em 2 minutos, será que seria necessário todo aquele mundo de gente? E por falar em mundo de gente, o serviço que desempenhava era o mesmo todo santo dia, o que mudavam eram os relatórios que precisávamos imprimir (por favor não me perguntem porque eu não abria várias janelas no meu computador), disputar com umas 60 pessoas os papéis eu um única impressora, e fazer a mesma coisa, somente com novos números. E o que fazia era relatar os erros que ocorreram no sistema, e providenciar a correção. É aí que não entendo. O que nós fazíamos era repetitivo, e sistemas já detectavam isso, pois podiam imprimir estes erros. E tudo que é repetitivo é possível de ser programado em um sistema, então por que não melhorar o sistema e eliminar estes erros?
Simples e racional né? Sim, para a mentalidade privada, não para a pública. Eu imagino que no meu setor, onde tinham 20 pessoas aproximadamente, com mudanças no sistema seriam necessárias no máximo 2, ou seja, 10%. E o resto? Eu iriam fazer cafezinho ou teriam que ser despedidas. Eis o problema. Despedir funcionários públicos? Nunca. Não creio que nenhum político seja louco a este ponto, afinal, se ele fizer isso, mesmo trazendo benefícios para o população (menores gastos, maior agilidade, presteza dos servicos...) isso poderia ser mortal para sua candidatura. É melhor deixar do jeito que está. E não evoluindo o sistema é melhor, assim fica mais 'fácil' justificar a presença das pessoas. Sem contar o sindicato, que ao invés de defender o interesse do país defende o interesse da manutenção de benefícios e regalias, a manutenção dos empregados ineficientes, a manutenção desta mentalidade, a manutenção da burocracia. Concordo sim com a existência de sindicatos, mas que defendam os interesses certos, justos.
Teve outra situação que ocorreu lá. Tinham algumas pessoas que usavam a máquina fotocopiadora para fins particulares, e os líderes sabiam disso. Mas como não podiam fazer nada, afinal, não se pode demitir, resolveram dificultar a vida de todos. Para qualquer cópia a ser feita era necessário preencher um papel, informar quantas cópias seriam tiradas, o motivo e levar para a diretora assinar. Somente depois disso era possível tirar cópias. Tentem imaginar o custo de uma cópia....
Consegui sobreviver pouco tempo lá dentro. Saí e perdi benefícios, 'estabilidade' e outras coisas mais, no entanto ganhei a possibilidade de pensar no meu trabalho, de propor melhorias, de me desenvolver, de não me atrofiar tampouco colaborar com aquela mentalidade.
E é por isso, pelo que vivi e pelo que sei de outras pessoas que trabalham em setores públicos, que quero que a mentalidade pública vá para a privada. Se forem necessárias algumas descargas, que sejam dadas.
ps. Se algo no setor público funciona é devido a funcionários que apesar de tudo o que age contra eles arregaçam a manga e fazem o que tem que ser feito, do melhor modo possível, em prol da população. A estes meus parabéns por se dedicarem ao povo, aos seus clientes, e não à sua estabilidade e segurança dos seus empregos.
Já escrevi um pouco sobre a burrocracia que existe lá dentro, mas fiz isso como um usuário dos serviços, porém um dia eu já estive do lado de dentro, trabalhando em uma empresa pública, e posso dizer que possivelmente estamos fadados ao mal atendimento por muito, muito tempo. Enquanto nossos governantes não resolverem tomar atitudes efetivas este mal continuará nos acometendo.
Relatarei um pouco das coisas que vivenciei, não foram coisas contadas por terceiros ou lidas em algum site.
Até então eu sempre havia trabalhado em iniciativa privada, onde a busca é sempre por melhor produtividade, menor desperdício, o que é muito bom. E na iniciativa pública isso não passa nem de longe perto da cabeça de quem trabalha lá. Melhorar? Para que? Ganho para exercer determinada função, e farei isso, do meu modo e no meu tempo. E se atrasar algo? Não tem problema, ninguém mais pode fazer isso, somente nós. Eles - os usuários - que aguardem.
Só sei que após uma semana de vida nova estava certo que eu pediria a conta, pois aquilo para mim era um martírio. Mas nada que alguns dias de reflexão não me fizessem mudar de idéia, não por acreditar que aquilo mudaria, mas para eu ver melhor esta outra realidade, qualquer mudança é sempre complicada.
Bom, lá dentro a tecnologia estava muito avançada para a década de 70, adequada para a década de 80 e para as próximas décadas deixo o adjetivo por conta de vocês. E a mentalidade das pessoas, tanto funcionários de menor nível quanto funcionários de nível mais elevado era mais atrasada ainda, e o pior, já tão adestrada pelo 'sistema' que muitos nem pensavam mais.
Treinamento, ambientação, essas coisas nem foram cogitadas, em compensação papel para aderir ao sindicato isso sim passou. O serviço era muito fora da minha função, e certamente tive dificuldades para aprender, mas creio que para o tempo que eu estava lá estava fazendo o meu serviço direito. Mas o que é engraçado é que tinham pessoas lá fazendo a mesma função há mais de 10 anos (sem brincadeira, a função não mudou nada) e sabiam menos que eu. Alguém consegue imaginar isso? E por que não eram mandados embora então? Aí entra funcionalismo público, demitir alguém é algo que papai do céu não gosta, é pecadinho, não pode, coisa feia. Então não demitem, e deixam a pessoa lá, que não faz seu serviço, lá, quietinha, e ficam feliz se ele fica no canto dele sem encher o saco dos outros. Tipo um figurante em novela. Está lá só para compor a paisagem.
Todos sabiam quem eram essas pessoas que nada faziam, e nada faziam contra essas pessoas. Estabilidade não tem que ser garantida por lei, mas pela competência da própria pessoa. Isso a estimula a ser melhor, a se desenvolver, a progredir. Saber que a lei impede que ela seja mandada embora cria o que vocês sabem.
O meu serviço não tinha como ser acumulado, dependia do que acontecia no dia anterior. E se nós já fizéssemos o serviço rapidamente não tinha mais o que ser feito, pois o próximo serviço dependia do término do dia atual. Tinha dias em que em 1 hora era possível terminar tudo, e não tinha mais o que fazer, não tinha mesmo. E sabem o que eu escutei de pessoas que estavam lá há um certo tempo quando me viram acabando o serviço nesse tempo?
- "Não faça isso, se não eles verão que você não tem mais serviço e lhe darão mais. Se você sabe que acabará rapidamente então faça devagar, enrole, divida o serviço pelas 6 horas."
Nem preciso dizer que isso era a morte para mim. Para mim não tinha problema nenhum em fazer outras coisas, no entanto muitas vezes não tinha serviço mesmo, para ninguém (não entendo quando se fala que falta gente no serviço público), mas mesmo assim tinha que enrolar. Via pessoas colocando revistas entre os papéis para ler, dando a impressão de estarem trabalhando. Mas isso não é nem o pior. Os meus chefes sabiam disso, e quando chegavam perto das pessoas que faziam isso só comentavam "cuidado para não dar bandeira", ou seja, fazer pode, desde que engane as pessoas. Era um faça-me de idiota mesmo. E um dia, após terminar meu serviço fui perguntar aos meus chefes se podia utilizar o resto do tempo para estudar inglês. Quase fui morto. Onde já se viu? Não pode fazer isso. (Ficar lendo revista de fofocas e catálogos de venda entre os papéis pode.....). Quem mandou eu tentar ser honesto.
Ah, uma vez fui chamado à sala da diretora, e o que achei legal lá é que a mesa dele era mais alta, e a cadeira onde nós sentávamos era bem baixa, numa clara demonstração de poder, ela lá em cima e a gente lá em baixo. Interessante isso.
Como eu informei anteriormente a tecnologia lá era assombrosa (no pior sentido do termo), e editores modernos, com recursos complicadíssimos como CTRL+C e CTRL+V eram coisas inexistentes. Mouse então....., nem em sonho. Pois bem, todos os meses precisávamos gerar um relatório contendo alguns valores, e nesse 'excepcional' editor nem paginação tinha, precisávamos ficar reescrevendo tudo. Eu perdia umas 2 horas nesta atividade. Porém um dia eu fui numa máquina mais nova (386, alguém se lembra?) e utilizei o Excel para fazer isso, e sempre que precisássemos alterar algo gastaria no máximo 2 minutos, pois era só remover e acrescentar o que foi modificado que a paginação e o cálculo eram feitos automaticamente. Imprimi e levei para o meu chefe, e levei uma fumada. Não era assim que tinha que ser feito, o padrão era do outro formato, eles não aceitariam isso pois estava no formato diferente. Eu tinha que voltar a fazer do outro formato. Saliento que não mudei a ordem das informações, nem inseri ou removi nada, somente a impressão seria diferente pois seria feita por um programa gráfico.
Eis o preço da ousadia em um serviço público. Virei rebelde lá dentro, queria botar abaixo tudo o que se tinha lá.
Afinal, se algo que demorava 2 horas pudesse ser feito em 2 minutos, será que seria necessário todo aquele mundo de gente? E por falar em mundo de gente, o serviço que desempenhava era o mesmo todo santo dia, o que mudavam eram os relatórios que precisávamos imprimir (por favor não me perguntem porque eu não abria várias janelas no meu computador), disputar com umas 60 pessoas os papéis eu um única impressora, e fazer a mesma coisa, somente com novos números. E o que fazia era relatar os erros que ocorreram no sistema, e providenciar a correção. É aí que não entendo. O que nós fazíamos era repetitivo, e sistemas já detectavam isso, pois podiam imprimir estes erros. E tudo que é repetitivo é possível de ser programado em um sistema, então por que não melhorar o sistema e eliminar estes erros?
Simples e racional né? Sim, para a mentalidade privada, não para a pública. Eu imagino que no meu setor, onde tinham 20 pessoas aproximadamente, com mudanças no sistema seriam necessárias no máximo 2, ou seja, 10%. E o resto? Eu iriam fazer cafezinho ou teriam que ser despedidas. Eis o problema. Despedir funcionários públicos? Nunca. Não creio que nenhum político seja louco a este ponto, afinal, se ele fizer isso, mesmo trazendo benefícios para o população (menores gastos, maior agilidade, presteza dos servicos...) isso poderia ser mortal para sua candidatura. É melhor deixar do jeito que está. E não evoluindo o sistema é melhor, assim fica mais 'fácil' justificar a presença das pessoas. Sem contar o sindicato, que ao invés de defender o interesse do país defende o interesse da manutenção de benefícios e regalias, a manutenção dos empregados ineficientes, a manutenção desta mentalidade, a manutenção da burocracia. Concordo sim com a existência de sindicatos, mas que defendam os interesses certos, justos.
Teve outra situação que ocorreu lá. Tinham algumas pessoas que usavam a máquina fotocopiadora para fins particulares, e os líderes sabiam disso. Mas como não podiam fazer nada, afinal, não se pode demitir, resolveram dificultar a vida de todos. Para qualquer cópia a ser feita era necessário preencher um papel, informar quantas cópias seriam tiradas, o motivo e levar para a diretora assinar. Somente depois disso era possível tirar cópias. Tentem imaginar o custo de uma cópia....
Consegui sobreviver pouco tempo lá dentro. Saí e perdi benefícios, 'estabilidade' e outras coisas mais, no entanto ganhei a possibilidade de pensar no meu trabalho, de propor melhorias, de me desenvolver, de não me atrofiar tampouco colaborar com aquela mentalidade.
E é por isso, pelo que vivi e pelo que sei de outras pessoas que trabalham em setores públicos, que quero que a mentalidade pública vá para a privada. Se forem necessárias algumas descargas, que sejam dadas.
ps. Se algo no setor público funciona é devido a funcionários que apesar de tudo o que age contra eles arregaçam a manga e fazem o que tem que ser feito, do melhor modo possível, em prol da população. A estes meus parabéns por se dedicarem ao povo, aos seus clientes, e não à sua estabilidade e segurança dos seus empregos.
Um comentário:
Cara!
lendo isso tudo me lembrei de um banco onde trabalhei (BCR), naquela época da inflação galopante os sistemas esgotaram as casas decimais. Para processar documentos com valores na casa dos bilhões, esses eram "quebrados" em centenas de valores menores.
Quando cheguei os lançamentos eram feitos em múltipos de 1000 redondos (um bilhão virava 10 lançamentos de 100 milhões). resolvi mudar, ao invés de se processar dez documentos, fazia um de 999999 e outro com o complemento (de acordo com cada valor).
Foi uma hecatombe nuclear.
Até os caras entenderem que era a mesma coisa, só que mais rápida e com trabalho reduzido, foi uma novela.
O cara que analisava os relatórios era "das antigas" e se recusava a mudar o sistema de trabalho; mesmo que fosse mais fácil e simples.
A contabilidade demorava três dias para fazer a conciliação (mesmo o computador dando um relatório pronto). O motivo: O cara "não acreditava em computadores" e fazia todos os lançamentos e conferências "na mão".
Resultado final: Ele foi demitido rapidinho.
Já se fosse uma empresa pública...
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