Este é um termo que muitos de nós já acostumamos a falar para retratar a nossa forma das coisas ‘acontecerem’ neste país. É um termo muito apropriado.
Recentemente me deparei com uma destas situações. Por causa do meu novo serviço precisei fazer o exame admissional, onde um médico deve analisar a situação do funcionário para verificar se o mesmo encontra-se apto para o serviço, se não apresenta nenhum problema. E a análise que foi feita é algo fantástico. Ele me perguntou se eu estava tomando medicamento – o que é plenamente possível de mentira – e também aferiu minha pressão. E acabou. Peguei o meu papel que comprovava que eu havia passado por exames, inclusive ergonométricos.
Devo estar agradecido por ter encontrado um médico tão bom que em poucos segundos foi capaz de zelar pela minha integridade.
Ironia a parte esse é um retrato do nosso país. Todos sabem que neste país este é somente um dos inúmeros exemplos que nos acometem diariamente. E com relação a este exame médico há uma (in)inteligência no processo, pois o que se avalia não é a pessoa, mas sim o profissional que entra e sai de uma empresa, independente de ser o mesmo. Explicarei melhor. Se eu estou mudando de emprego, preciso fazer o demissional para a empresa onde estou e o admissional para a empresa para onde irei, são dois exames, dois pagamentos, sendo que ambos podem ser feitos no mesmo dia e avaliarão a mesma pessoa. Então por que 2 exames? Minha pergunta é somente no aspecto racional, não faço essa pergunta no aspecto financeiro.
No aspecto citado acima se vê que existe uma burrice na aplicação, e também um desrespeito ao cidadão ao não se verificar a sua saúde, e preocupar-se somente em pagar para receber um papel para ficar tudo dentro da lei, independente da veracidade ou não das informações. E aí me pergunto se o médico poderia agir diferente, pois por R$ 10,00 cobrado fazer um exame tal qual como manda a lei seria prejuízo certo para ele. Aí caímos naquela de que o sistema assim exige que seja feito. Nós criamos coisas para nos proteger, e criamos mecanismos para nos livrar dela, e o pior, de modo não ético, e é tudo aceito normalmente. Duvido que qualquer pessoa que tenha passado por esta mesma experiência não tenha percebido o quão ‘para inglês ver’ é este procedimento.
Não estou dizendo que não se deva ter preocupação com a saúde do funcionário, se avaliar se houve algum problema com ele, no entanto isso deveria ser verdadeiro, e não da forma atual.
E este é somente um dos exemplos da nossa forma de gerenciar as coisas. Posso citar um outro que ocorreu em um processo onde eu não tinha um comprovante se um determinado pagamento ocorreu na data prevista ou se havia ocorrido no dia seguinte. A pessoa me falou que se o pagamento não houvesse sido feito no dia correto eu poderia requerer uma multa. Disse a ele que mesmo que tivesse ocorrido em outro dia não usaria deste direito. Sem chance, foi obrigado a providenciar o comprovante com a data do pagamento, marcar outro dia, perder mais algumas horas para ele ver que o pagamento havia sido feito fora do prazo. Ele registrou isso, e tudo continuou como eu havia falado anteriormente, pois não iria fazer nada. E a resposta dele é que ele precisa fazer isso, está no procedimento. E é aí que não consigo entender. Se eu, a pessoa interessada, abri mão, não poderiam ignorar o documento ou então escrever que eu abria mão, independente do deposito no dia certo? Qual o ganho em fazer uma pessoa perder horas de serviço, de deslocamento e tudo mais para nada acontecer?
E o pior de tudo é que isso é algo tão enraizado em muitos de nós que acreditamos piamente que é assim que as coisas funcionam. E é uma postura dessa que torna o sistema cada vez mais solidificado. Neste país até se criou um Ministério da desburocratização, no governo Figueiredo. Possivelmente para se solicitar alguma melhoria era necessário preencher alguns papéis.
E o que nós, cidadãos regidos por leis podemos fazer para acabar com isso? Imediata e diretamente não vejo nada, mas se passarmos a nos indignarmos e em nossas empresas, escolas, associações fizermos as coisas de modo mais eficiente e desburocratizado contribuiremos para formarmos pessoas com uma visão diferente da imperante, e dessas pessoas, as que chegarem até algum posto onde seja possível mudar as leis e o sistema, quem sabe as coisas comecem a mudar? Fazer a nossa parte pode não resolver este problema imediatamente, no entanto é a forma de se modificar algo.
Recentemente me deparei com uma destas situações. Por causa do meu novo serviço precisei fazer o exame admissional, onde um médico deve analisar a situação do funcionário para verificar se o mesmo encontra-se apto para o serviço, se não apresenta nenhum problema. E a análise que foi feita é algo fantástico. Ele me perguntou se eu estava tomando medicamento – o que é plenamente possível de mentira – e também aferiu minha pressão. E acabou. Peguei o meu papel que comprovava que eu havia passado por exames, inclusive ergonométricos.
Devo estar agradecido por ter encontrado um médico tão bom que em poucos segundos foi capaz de zelar pela minha integridade.
Ironia a parte esse é um retrato do nosso país. Todos sabem que neste país este é somente um dos inúmeros exemplos que nos acometem diariamente. E com relação a este exame médico há uma (in)inteligência no processo, pois o que se avalia não é a pessoa, mas sim o profissional que entra e sai de uma empresa, independente de ser o mesmo. Explicarei melhor. Se eu estou mudando de emprego, preciso fazer o demissional para a empresa onde estou e o admissional para a empresa para onde irei, são dois exames, dois pagamentos, sendo que ambos podem ser feitos no mesmo dia e avaliarão a mesma pessoa. Então por que 2 exames? Minha pergunta é somente no aspecto racional, não faço essa pergunta no aspecto financeiro.
No aspecto citado acima se vê que existe uma burrice na aplicação, e também um desrespeito ao cidadão ao não se verificar a sua saúde, e preocupar-se somente em pagar para receber um papel para ficar tudo dentro da lei, independente da veracidade ou não das informações. E aí me pergunto se o médico poderia agir diferente, pois por R$ 10,00 cobrado fazer um exame tal qual como manda a lei seria prejuízo certo para ele. Aí caímos naquela de que o sistema assim exige que seja feito. Nós criamos coisas para nos proteger, e criamos mecanismos para nos livrar dela, e o pior, de modo não ético, e é tudo aceito normalmente. Duvido que qualquer pessoa que tenha passado por esta mesma experiência não tenha percebido o quão ‘para inglês ver’ é este procedimento.
Não estou dizendo que não se deva ter preocupação com a saúde do funcionário, se avaliar se houve algum problema com ele, no entanto isso deveria ser verdadeiro, e não da forma atual.
E este é somente um dos exemplos da nossa forma de gerenciar as coisas. Posso citar um outro que ocorreu em um processo onde eu não tinha um comprovante se um determinado pagamento ocorreu na data prevista ou se havia ocorrido no dia seguinte. A pessoa me falou que se o pagamento não houvesse sido feito no dia correto eu poderia requerer uma multa. Disse a ele que mesmo que tivesse ocorrido em outro dia não usaria deste direito. Sem chance, foi obrigado a providenciar o comprovante com a data do pagamento, marcar outro dia, perder mais algumas horas para ele ver que o pagamento havia sido feito fora do prazo. Ele registrou isso, e tudo continuou como eu havia falado anteriormente, pois não iria fazer nada. E a resposta dele é que ele precisa fazer isso, está no procedimento. E é aí que não consigo entender. Se eu, a pessoa interessada, abri mão, não poderiam ignorar o documento ou então escrever que eu abria mão, independente do deposito no dia certo? Qual o ganho em fazer uma pessoa perder horas de serviço, de deslocamento e tudo mais para nada acontecer?
E o pior de tudo é que isso é algo tão enraizado em muitos de nós que acreditamos piamente que é assim que as coisas funcionam. E é uma postura dessa que torna o sistema cada vez mais solidificado. Neste país até se criou um Ministério da desburocratização, no governo Figueiredo. Possivelmente para se solicitar alguma melhoria era necessário preencher alguns papéis.
E o que nós, cidadãos regidos por leis podemos fazer para acabar com isso? Imediata e diretamente não vejo nada, mas se passarmos a nos indignarmos e em nossas empresas, escolas, associações fizermos as coisas de modo mais eficiente e desburocratizado contribuiremos para formarmos pessoas com uma visão diferente da imperante, e dessas pessoas, as que chegarem até algum posto onde seja possível mudar as leis e o sistema, quem sabe as coisas comecem a mudar? Fazer a nossa parte pode não resolver este problema imediatamente, no entanto é a forma de se modificar algo.
Um comentário:
É por estas e outras coisas que ainda tenho certeza de ser confiavel a seguinte frase:
(Jeremias 10:23) . . .Não é do homem que anda o dirigir o seu passo.. . .
OU seja, se o próprio homem fosse capaz de criar leis para sua própria proteção, ou mesmo cuidar de si mesmo, a frase acima não teria sentido.
É por isto, e por esta e outras, que aguardo uma providencia superior, estável, confiável, e principalmente, que tem zelo por cada um de nós, sem interesse de prejudicar ao outro.
Alguém que seja capaz de ler no plano das intenções, e não como um juiz que julga de maneira as vezes equivocada (como no artigo inJustiça 1 e 2).
Fica aí registrado o porque de tudo isto, afinal a biblia nunca se engana.
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