Sobre este blog

Este nome é facilmente interpretado como 'Mundo Idiota', o que não deixa de ser, visto que atualmente vivemos em um mundo do TER e pior, do PARECER TER / SER, enquanto o que devemos valorizar é o SER. Mas o nome tem outro motivo. Uma pessoa que defende sua pátria é chamado de patriota, numa analogia a pessoa que defende o mundo seria o MUNDIOTA.
 

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Desigualdade já!

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Sim, desigualdade, é isso que desejo a este mundo para que ele se torne melhor. E não estou maluco tampouco perdi a razão, muito pelo contrário.

As pessoas em nossa sociedade creem que é necessário igualdade, tratar as pessoas de modo igual, pois caso contrário poderá gerar problemas e uma desigualdade é muito mal vista em nossa sociedade. Mesmo vivendo num país capitalista, onde se abomina o socialismo, as pessoas parecem concordar com uma complacência imensa com posturas 100% socialistas, e realmente consideram isso como justiça.

As pessoas confundem igualdade de oportunidades com igualdade de ações. Uma coisa que realmente todos precisam ter em igualdade são as condições, condições de estudo, de saúde, de transporte, condições de se tornarem pessoas dignas e em condições de terem uma vida feliz. No entanto, para conseguirem estas condições não é necessário que as ações que todos devem sofrer sejam a mesma. Para eu dar as mesmas condições a duas pessoas distintas talvez seja necessário agir de modo muito oposto. Por exemplo, para que duas pessoas possam ter a capacidade de falar em público, talvez para uma que naturalmente é muito falante seja necessária uma ação que a ajude a se controlar um pouco, a pausar a fala, e para a outra que é muito quieta seja necessário ações para diminuir a timidez, dar-lhe confiança. Ou seja, para a mesma finalidade duas ações completamente distintas foram feitas. Isso é igualdade? Não, isso é justiça.

E por que falo isso? Acho incrível como a sociedade ignora certas 'igualdades'. Na faculdade para uma matéria será necessário o uso de calculadora. Eu não possuo uma 'só calculadora, ou seja, um equipamento que somente façam os cálculos. Possuo sim uma calculadora, mas num software no iPad. A professora já me conhece, sabe quem sou, que não colo, que faço a prova rápido e normalmente o primeiro a entregar, mas não permitiu que eu use o iPad para fazer os cálculos, isso porque no iPad pode-se ter várias coisas, inclusive cola. Minha postura e meu histórico junto a esta professora foi plenamente ignorado em nome da 'igualdade', já que se liberar o iPad para mim outros alunos irão querer, e provavelmente farão mau uso da ferramenta. E como é mais fácil 'controlar' as boas pessoas do que as más fica mais fácil para uma universidade, ou qualquer organização, punir os bons utilizando-se o conceito de igualdade travestido de justiça.

Justiça é tratar os diferentes de modo diferentes. Se uma pessoa tem condições de usar o iPad sem burlar nada nem tirar proveito além do permitido (no caso da calculadora) por que ela deve ser punida porque outro tiraria proveito? Isso é justo?

Mas Carlos, é complicado agir deste modo. Eu sei, mas o dia que começarem a agir deste modo os que não sabem fazer bons usos começarão a ver os prejuízos que eles estão tendo, e terão que correr atrás disso. E como conseguirão? Fazendo coisas certas, por muito e muito tempo. Enquanto continuarem fazendo isso, o nivelamento por baixo, os que fazem coisas erradas continuarão fazendo, e os que não fariam coisas erradas saem prejudicados.

O dia em que começar a haver pessoas com peito, com postura, que assumam a responsabilidade de promover justiça este país começará a exigir que as pessoas andem na linha, façam as coisas certas, até lá somente os que fazem as coisas certas é que serão prejudicados.

E como uma imagem vale mais que mil palavras, segue abaixo uma belíssima definição.


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Justiceiros

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Depois que uma jornalista do SBT fez um comentário, que ao meu ver foi extremamente correto assim como mal interpretado por nossa sociedade hipócrita, o tema dos justiceiros ficou em evidência na mídia.

Vi uma  reportagem na TV e a pergunta era "Como evitar os justiceiros?". Aí a reportagem fala várias coisas, consulta especialistas de todas as áreas. Aparece o governador falando que isso é inaceitável, que não vão tolerar isso, vão coibir. Ahhhh, poupe-me né? Se você, caro governador, tivesse capacidade (ou vontade, melhor dizendo) para acabar com a violência o Rio não seria tão violento quanto é hoje, e nem existiria as milícias que infestam as favelas dessa região. Na verdade, creio que a partir do momento que os justiceiros ganharem poder de influenciar pessoas o próprio governador é que incentivará isso em troca dos votos das pessoas "agraciadas" com a ação destes justiceiros. Se estou delirando, pensem no motivo pelo qual não se acabam com as milícias.

Será que é necessário ser um estudioso das causas sociais, ter pós graduação, ser oriundo de um local com altos índices de crime ou viver em um para poder responder a esta pergunta? Responderei a esta pergunta. 

A resposta para a pergunta é "Tendo justiça".

Pois é, chocante isso né? Se o Estado fizer isso, promover a justiça, podem apostar que os justiceiros morrerão por falta de infratores a serem combatidos. Os justiceiros só surgiram porque as pessoas ficaram de saco cheio de ver violência por tudo quanto é lado e nenhuma ação por parte do estado. Menores fazem o que querem, batem, agridem, roubam, matam e nada ocorre. O máximo que ocorre é serem levados para uma delegacia, tomarem um cafezinho com o "dotô" e no outro dia voltarem a promover tudo novamente.

Vivemos em um local geograficamente denominado de Brasil, porém este local é desprovido de leis, de justiça. Mas Carlos, somos um país que mais leis tem. Pois é, no papel temos muitas leis, mas uma lei só existe quando ela é cumprida. Nas sociedade antigas não existia leis no papel mas de fato existiam leis, porque eram cumpridas. Nesse sentido, realmente não temos leis neste país. Justiça também é algo que não temos. Podem alegar que temos muitos advogados, promotores, juízes, mas isso por si só não garante justiça. De nada adianta termos estes profissionais se as leis que existem no papel não permitem a promoção de uma sentença justa?

Fazendo uma analogia, se uma pessoa não tem acesso a água e a energia elétrica, que são deveres do Estado, o que elas costumam fazer? Aparecem os famosos gatos, com aquela montanha de fios e encanamentos por tudo quanto é lado. E quem é que faz isso? Pode até ser o próprio morador, mas certamente existem pessoas que oferecem estes "serviços" para a população.

É a mesma coisa dos "justiceiros". O Estado falha, aparece alguém cansado da espera, do sofrimento causado por isso e resolve do seu próprio modo. Muitos criticam que é errado fazer justiça com as próprias mãos. E não é injusto "conseguir" energia e água com suas próprias mãos? Se as pessoas que sofrem violência precisam confiar nos policiais e na justiça (argumento das pessoas contrárias a isso) e aguardar, por que as pessoas que não possuem água e energia elétrica também não são criticadas da mesma forma? Eles deveriam comunicar a prefeitura e aguardar pacientemente que o estado cumpra seu dever, não é? E se uma criança não tiver escola e educação de boa qualidade? Ela também não deve ensinar seu filho, pois isso seria agir por vontade própria, não deixar o estado fazer a sua parte. Esta pessoa também estaria errada.

Tanto a justiça, a água, a energia e a educação são necessidades humanas. Vendo a Hierarquia de necessidades de Maslow temos que as 3 últimas que citei são as necessidades mais básicas, e a justiça já está no nível um pouco superior (como segurança). As pessoas que não possuem suas necessidades básicas (fisiológicas) atendidas procuram dar seu jeito para resolver, no caso de ausência do estado. O mesmo vale para quem já possui as necessidades básicas supridas mas a segurança é inexistente.

Portanto, os que querem acabar com os justiceiros briguem, briguem muito. Mas com os políticos, estes que para eles promovem segurança total (carros blindados, seguranças, casa com câmeras, em condomínio fechado, isolado dos pobres que geram). Exijam que os políticos sejam as últimas pessoas a terem segurança, ou seja, como são responsáveis pelas pessoas, primeiro precisam promover a justiça e segurança para todos os demais para depois terem para si, do mesmo modo que vemos pais dando a comida que tem para os filhos e se sobrar algo eles comem.

Garanto que se eles (políticos) fizessem isso certamente não haveria motivo para estes grupos de justiceiros existirem.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Interpretação de texto urgente

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Pois é, isso é algo que o estado adora cobrar nas provas, ENEM, concursos, vestibulares e por aí vai. Mas acho que não é necessário cobrar, mas sim que se ensine. Caso o governo não saiba, as pessoas não aprendem quando se cobra, mas sim quando se ensina. E se ensinado foi, não é necessário cobrar, mas isso é outra discussão.

Hoje vi uma manchete no portal UOL que me chamou a atenção, e fui ler. O título do texto é 

"SBT divulga mensagem de apoio a grupo que amarrou homem nu em poste". O texto pode ser visto por este link.

Abaixo relatarei o trecho dito pela jornalista.

“Num país que sofre de violência endêmica, a atitude dos vingadores é até compreensível”

Reparem que a palavra dita é "compreensível", e não "apoiada". Compreender é entender os motivos que levaram a(s) pessoa(s) a fazer(em) o que fizer(am). Eu posso compreender um caso onde uma pessoa tenha matado outra, mas posso não apoiar. Compreender não possui relação com concordar com isso. Por exemplo, é possível compreender os motivos pelos quais Hitler fez o que fez, na compreensão é necessário entender o contexto da época, da sociedade, da economia, o histórico pessoal, tudo isso certamente influenciou nos atos que ele optou por fazer. Compreender isso somente nos possibilita entender os motivos que uma pessoa teve para fazer algo, e só. Posso compreender 100% os motivos que uma pessoa teve para fazer algo, e ao mesmo tempo discordar de 100% das ações tomadas por ela.

Portanto, considero que o autor do artigo não interpretou muito bem o que foi dito.

Outra frase dela:

“O Estado é omisso, a polícia desmoralizada, a Justiça é falha… O que resta ao cidadão de bem, que ainda por cima foi desarmado? Se defender, é claro”

Gostaria que alguém me apresentasse uma mentira nesta frase. O Estado nada faz (tirando as propagandas que está tudo ótimo e perfeito), polícia não pode dar tiro porque pode acertar um bandido (que são protegidos por lei) e terá que prestar contas do motivo pelo qual atirou, isso quanto tem munição. Justiça é algo cuja existência no nosso dicionário me causa estranheza. E quanto ao se defender, o que mais podemos fazer? Infelizmente aqui quando perguntamos "Ó, e agora, quem poderá nos ajudar?" não tem ninguém que apareça.

E a última frase citada no artigo:

“O contra-ataque aos bandidos é o que chamo de legítima defesa coletiva de uma sociedade sem Estado contra um estado de violência sem limite”

Ela fala claramente de conta-ataque, de defesa legítima. Pois é Carlos, ela está falando claramente que ela defende o contra-ataque, o revide, que ter amarrado o bandido ao poste é a atitude certa a se fazer. Pois bem, vamos pensar um pouco. Ela falou isso sim, mas não somente isso. Ela falou condicionando a alguns fatores. Os fatores são "em uma sociedade sem Estado" e "numa violência sem limite". Ou seja, este pensamento está condicionado a estes dois fatores. Num país onde o estado de faz presente, e a violência esteja dentro das estatísticas das pessoas com problemas e incapazes de viver em sociedade, este contra-ataque não é apoiado.

Quem sabe se nosso governo investisse realmente em educação os motivos deu escrever este texto inexistiria. Primeiro porque a jornalista não precisaria dizer isso pois teríamos uma sociedade mais justa, educada, um Estado presente, e segundo porque as pessoas saberiam interpretar o texto.