Sobre este blog

Este nome é facilmente interpretado como 'Mundo Idiota', o que não deixa de ser, visto que atualmente vivemos em um mundo do TER e pior, do PARECER TER / SER, enquanto o que devemos valorizar é o SER. Mas o nome tem outro motivo. Uma pessoa que defende sua pátria é chamado de patriota, numa analogia a pessoa que defende o mundo seria o MUNDIOTA.
 

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Pequena homenagem aos professores

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Segue uma pequena homenagem aos professores, classe esta extremamente fundamental para que qualquer país possa realmente ser sério e grande, e que infelizmente, por termos políticos extremamente inteligentes e conhecedores do papel e importância desta ocupação fazem de tudo para que eles sejam eliminados aos poucos.

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Sou um professor que pensa...

...pensa em sair correndo toda vez que é convocado para uma reunião, que certamente o responsabilizará mais uma vez, pelo insucesso do aluno.

Sou um professor que luta...

...luta dentro da sala de aula, com os alunos, para que eles não matem uns aos outros.

Que luta contra seus próprios princípios de educação, ética e moral.

Sou um professor que compreende...

...compreende que não vale a pena lutar contra as regras do sistema, ele é sempre o lado mais forte.

Sou um professor que critica...

...critica a si mesmo por estar fazendo o papel de vários outros profissionais como: psicólogo, médico, assistente social, mas não consegue fazer o próprio papel que é o de ensinar.

Sou um professor...

...que tem esperança, e espera que a qualquer momento chegue um “estranho” que nunca entrou em uma sala de aula, impondo o modo de ensinar e avaliar.

Sou um professor que sonha...

...com um aluno interessado, sonha com pais responsáveis, sonha com um salário melhor, um mundo melhor.

Enfim, sou um professor que representa...

...representa a classe mais desprestigiada e discriminada, e que é incentivada a trabalhar só pelo amor à profissão. Representa um palhaço para os alunos. Representa o fantoche nas mãos do sistema concordando com as falsas metodologias de ensino. E esse professor, que não sou eu mesmo, mas é uma outra pessoa, representa tão bem, que só não trabalha como ator, porque já é PROFESSOR e não dá para conciliar as duas coisas.

sábado, 13 de agosto de 2011

Sorria, mesmo que não esteja sendo filmado

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“Sorria, você está sendo filmado”. Creio que todos que estão lendo este texto em algum momento da vida já leram esta frase em alguma loja, mercado, shopping.

O objetivo claro é avisar você de um modo simpático que há câmeras de segurança filmando o ambiente em que está, mas aproveito para perguntar: “E se você não estiver sendo filmado, não precisa sorrir?”.

Acho que em todos os lugares deveria haver placas com o seguinte dizer:

“Sorria, independente de estar sendo filmado”

Sorrir sempre faz bem ao corpo, a alma, ao espírito. Existe a frase popular que diz “Quem sorri seus males espanta”, frase esta com a qual eu concordo plenamente.

Quando se sorri não sobra espaço para a tristeza, melancolia, depressão, preocupações. Há somente espaço para a alegria, a felicidade.

Rir não deve ser visto como um ato que dependa de algo, rir deve ser autônomo. Não devemos somente rir quando algo engraçado ou legal ocorre conosco, mas sim devemos rir sempre, principalmente quando estamos tristes ou chateados. Neste caso não riremos porque estamos felizes com o que de ruim está acontecendo, mas riremos apesar de ter coisas ruins acontecendo, e quem sabe rindo estas coisas ruins diminuam de tamanho, de importância ou então simplesmente desapareçam.

Não vamos encarar o riso como conseqüência de algo. Vamos utilizá-lo como ferramenta produtora de felicidade, como ferramenta multiplicadora de sorrisos. A situação está ótima, ria e aproveite esta fase. A situação está ruim, ria, mais ainda, pois assim logo esta situação sumirá.

Há muitas coisas que podem fazer as pessoas rirem. Programas engraçados na TV, filmes e séries cômicas, piadas, filhos, animais de estimação, lembrar situações engraçadas do passado e mais um monte de coisas que as pessoas podem inventar.

Sorriam, mas não somente “por causa de”, mas principalmente “apesar de”.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

ISO, MBA, e a qualidade?

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Atualmente é muito visto empresas ostentando em propagandas que são possuidoras de certificados ISO, assim como muitas pessoas correm atrás de cursos de MBA, fazendo questão de colocarem em destaque em seus currículos e nas entrevistas de emprego.

Para a população tanto o ISO quanto o MBA são “garantias” que os produtos e as pessoas possuem qualidade, o que é bem visto e certamente podem dar garantias de maior qualidade ao consumidor e maiores salários. Concordo com a segunda parte, e receio que a primeira infelizmente não exista.

Vamos a algumas considerações.

Vejo hoje produtos com qualidade fantástica (como dizem os fabricantes), o melhor som, a melhor imagem, o melhor acabamento, o melhor atendimento ao usuário, e por aí vai, mas acho incrível como algo tão bom em pouco tempo dá problema, apresenta defeitos. Quem de vocês já comprou algo eletrônico e teve problema em pouco tempo? Creio que muitos, então fico tentando entender como algo produzido recentemente pode gerar problemas tão rápido. Ainda mais que a empresa possui certificados de garantia para todas as etapas de confecção do produto.

Também não entendo porque as empresas oferecem somente 1 ano de garantia aos produtos (exigência da lei) e não garantia eterna, afinal, o produto é bom, é feito sob o ISO. Se uma coisa é boa, pode dar garantia eterna, afinal, ela não dará problema, e se der, será um índice muito pequeno, que em nada impactará a indústria. Os mais novos nem devem conhecer máquina de costura, mas antigamente este era um item muito importante para as famílias (era presente de casamento dos bons) e o fabricante dava garantia eterna. Ele garantia o produto que ele fazia. Engraçado, nesta mesma época não existia ISO, certificados de garantia de qualidade e estas coisaradas toda.

E os armários de hoje em dia, já tentaram montá-los, desmontá-los e depois tentar montar em outro lugar? Aos que tiveram esta necessidade creio que devem ter percebido que o mesmo jamais voltará ao “bom” estado original, alinhamento passará a ser uma coisa rara. Quando criança meus pais mandaram fazer um armário para o meu quarto, em um marceneiro, marceneiro este que certamente nunca havia ouvido falar em qualquer coisa de ISO ou algo similar da época. Fez o armário, que ficou perfeito e foi utilizado por vários anos. Depois me mudei de cidade e tivemos que “mudar” o armário também. Ele foi inteiramente desmontado e remontado, e pasmem, ficou perfeito novamente. E não foi só isso, este mesmo armário foi desmontado outra vez, passou por algumas viagens e foi remontado pela terceira vez, e continua lá, firme e forte. Engraçado que um armário feito por uma pessoa sem certificação nenhuma foi montado 3 vezes e continua firme, enquanto que os novos armários, feitos sob normas rígidas de qualidade quase desmontam sozinhos.

Há uma frase que considero bem interessante, e creio ser válida uma análise: “Amadores construíram a Arca de Noé e profissionais o Titanic”.

Podemos analisar também a questão das casas de hoje em dia. É incrível como é difícil achar uma casa / apartamento com paredes retas, com a inclinação do piso para o ralo e com os revestimentos assentados corretamente, com o menor desperdício e visualmente mais agradável. Parece coisa simples, mas hoje em dia não se fazem mais isso, e olha que temos inúmeros recursos. Enquanto que o pessoal do Egito antigo faziam a 4 mil anos atrás pirâmides com blocos imensos de pedra onde nada passava entre uma pedra e a outra, e tudo isso sem os recursos atuais.

E os MBAs da vida? Quantas pessoas pagando fortunas para poderem fazer este curso, para aprenderem as melhores técnicas de administração, gerenciamento, economia e mais um montão de coisas. E eu pergunto pra quê?

Minha pergunta é séria, pois vejo por aí pessoas altamente “capacitadas” fazendo um monte de besteiras, algumas até maiores do que quem não tem os cursos. Mas há uma diferença entre a besteira de um profissional “qualificado” e de um profissional “amador”. Quando quem erra é o profissional “qualificado” fica fácil dizer que o problema era muito complexo e que não seria possível resolver, enquanto que quando quem erra é o profissional “amador” (fazendo exatamente a mesma atitude do outro e tendo tomado a atitude pelos mesmos motivos) a culpa é do despreparo dele perante os problemas atuais do mundo, do seu amadorismo. E há outra diferença. O profissional “qualificado” recebe o dobro do profissional “amador” para cometer o mesmo erro, porém o comete com grife, com aval. Conclusão, a empresa paga mais caro para cometer os mesmos erros.

O curso tem servido para criar castas somente. Há os profissionais superiores e os inferiores, mesmo que ambos saibam exatamente a mesma coisa, ou mesmo que os “inferiores” saibam bem mais que os superiores, porém como não pertencem a casta superior devem sempre receber os salários menores.

Pensem se vocês já conheceram pessoas que pertencem a estes dois grupos. O primeiro com o curso, porém menos competente, e o segundo sem o curso, porém mais competente. Caso conheçam, quem ganhava mais? Será que é o mais competente?

Antes que pensem que não vejo vantagem alguma no curso deixe-me dizer. Qualquer informação, instrução, leitura, debate, conversa torna a pessoa mais capacitada para lidar com os problemas da empresa, das pessoas, os seus. E o curso é um dos modos de se desenvolver, sem dúvida. Porém conversas com pessoas da área, pensamentos a respeito dos problemas, autodidatismo também são formas válidas, com grandes resultados, porém como estes não geram o “papel garantidor” da “qualidade” não são valorizados, deixando somente os cursos com tais status. E as pessoas sabendo que o status se adquire com um simples pedaço de papel certamente investirão dinheiro nisso, abrindo mão do aprendizado e focando o papel.

O mundo possuía mais qualidade antes dos certificados de qualidade. Os produtos eram melhores, as relações pessoais eram melhores, os funcionários eram melhores. Aí inventaram o comprovante de qualidade, que matou a qualidade porém com toda a certificação necessária.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Mito da Caverna de Platão

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Primeiramente vejam a história, do Maurício de Sousa.

O legal é que não houve mudança desde a época das cavernas até os dias de hoje. Somente mudou-se a “sombra”, mas os homens continuam a ver a vida pelos olhos dos outros. E há de quem ousar dizer que isso não é a realidade, que isso é somente uma forma de alienação, de manter-se na ignorância. Certamente ocorrerá o mesmo que ocorreu com o Piteco. As pessoas irão querer matá-las, afinal, quem é alguém para dizer que a vida não é aquela que ele aprendeu a “viver” desde pequeno.

Um tal de Galileu Galilei tentou fazer isso uma vez, quase foi morto. Todos acreditavam que a Terra era o centro do universo, aprenderam isso desde cedo, e quando ele viu que a verdade era outra, quase o mataram. Para continuar vivo ele teve que dizer que ele era o errado, que realmente a Terra era o centro do universo.

O filme Matrix (o primeiro) explora muito bem esse mito. Despertaram o Neo para a realidade, que não era aquele que ele até então acreditava. O até então mundo real nada mais era do que uma ilusão gerada pelas máquinas, mas como isso foi feito desde que as pessoas nasciam, nem questionavam, e tentavam destruir qualquer pessoa que ousasse dizer que aquilo era fantasioso, mentiroso.

A música Ãh, do Gabriel o Pensador possui uma frase que acho muito interessante: “Tão fazendo a gente de robô, só não sei quem programou”.

E você, é o Piteco ou os homens da caverna? Prefere ter sua vida gerenciada ou gerenciá-la? Prefere ser responsável por suas atitudes ou inocente por ter feito o que se faz normalmente? Prefere ser o ator ou o expectador da vida?

Caso prefira ser um Piteco, meus parabéns, e muita força, pois não será nada fácil.