Sobre este blog

Este nome é facilmente interpretado como 'Mundo Idiota', o que não deixa de ser, visto que atualmente vivemos em um mundo do TER e pior, do PARECER TER / SER, enquanto o que devemos valorizar é o SER. Mas o nome tem outro motivo. Uma pessoa que defende sua pátria é chamado de patriota, numa analogia a pessoa que defende o mundo seria o MUNDIOTA.
 

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Jesus nos dias atuais

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É inegável discordar da influência que Jesus exerce em nossa sociedade atual. Sua forma de viver, suas palavras, seus atos, sua bondade, sua compaixão estavam a frente do seu tempo – e talvez ainda esteja a frente.

Hoje muitas religiões – e infelizmente algumas franquias – citam suas palavras, suas ações, ensinamentos, conduta. E muitas pessoas o adoram, o amam, e repetem suas palavras, seus discursos. Pregam bondade, compaixão e tudo que de bom ele nos ensinou. E há de alguém que exponha alguma idéia contrária, com ou sem fatos. Falar que ele era uma pessoa como as outras, porém somente com uma postura de vida diferenciada é um insulto gravíssimo.

Mas aí me pergunto. Se hoje, aparecesse outra pessoa, igual a ele (no sentido da filosofia de vida, valores) e andasse pelas cidades propagando o amor, o respeito, o desprendimento, dizendo que Deus não está em templos ou fica feliz com generosas ofertas em dinheiro ou sacrifícios, que Deus está em toda a parte, que está dentro de nós, como seria tratada?

Será que as mesmas pessoas que hoje respeitam Jesus, seus ensinamentos respeitariam esta outra pessoa? Daria a ela o mesmo crédito, a mesma devoção? Dariam a esta pessoa o mesmo crédito? Ou a chamariam de louca, maluca?

Se esta pessoa chegasse até nós e dissesse que o materialismo de hoje está destruindo a sociedade, que nosso egoísmo de nada ajuda no caminho do bem, e que podemos agir diferente, mesmo com todos dizendo que é assim que as coisas são, escutaríamos o que ele está falando ou já o descartaríamos?

Será que as pessoas da época de Jesus o respeitavam tanto quanto as pessoas de hoje respeitam? Ou será que as pessoas daquele época fizeram com ele o mesmo que nós faríamos com uma pessoa de nossa época?

É nessas horas que me pergunto se o que as pessoas respeitam são os títulos, as honrarias, o destaque histórico ao invés de respeitarem o que as pessoas são de fato.

Será que não é hora de valorizarmos o que as pessoas são, e não o que as pessoas acham que são? Ou o status e posição social que ocupam? Será que a qualidade está no status, dinheiro?

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Direitos e Deveres

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A primeira recordação que tenho a respeito de direitos e deveres é de uma aula de história, quando o professor nos passou uma relação dos direitos e deveres dos colonos das capitanias hereditárias.

Deste então passei a compreender tais conceitos. Direi com minhas palavras o que penso a respeito de cada um destes conceitos:

Direitos: o que eu posso fazer, desde que decida por isso. O exercício ou não do direito não pode ser definido por outra pessoa.

Deveres: o que eu devo fazer, sem a possibilidade de abrir mão. Não pode ser transferido para terceiros.

Após a segunda guerra mundial foi criado a Declaração Universal dos Direitos Humanos, visando a construção de um mundo melhor, onde as pessoas tenham condições de desenvolverem seu potencial, sua cidadania, e consequentemente construírem um planeta melhor.

E ouso de perguntar se isso foi bom. Certamente muitas pessoas já começarão a preparar os argumentos para me dizer que esta minha ousadia não tem nexo, que onde já se viu questionar algo como a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Questiono pelo seguinte motivo. Existe a Declaração Universal dos Deveres Humanos? Pesquisando rapidamente no Google não achei nada. Estanho não é? Como pode haver um documento dos direitos e não tem nenhum dos deveres? Estes dois conceitos, para mim, sempre andam juntos. A existência somente de um provoca um desequilíbrio.

Vamos pensar um pouco. Você tem um filho, e passa para ele somente os seus deveres, sem direitos nenhum. Ele somente precisa cumprir seus deveres (que certamente possui o objetivo de torná-lo uma pessoa melhor), nada mais. Será que ele será uma boa pessoa? Será uma pessoa feliz? Será uma pessoa consciente?

E em um relacionamento. Imaginem o cônjuge tendo somente deveres. Tem que limpar a casa, levar o lixo pra fora, dar atenção ao parceiro, e mais um montão de coisas. Será este um cônjuge feliz?

Pelo que percebem, ter somente direitos não é nada agradável, mesmo que o objetivo seja o melhor possível. E ter somente direitos, também não é igualmente perigoso?

A partir da declaração os seres humanos passaram a ter inúmeros direitos (de forma oficial), que visa dar uma melhor condição de vida a ele, mas quais deveres ele tem? Nenhum? Então ele pode fazer o que quiser que mesmo assim continuará tendo todos os direitos? Afinal, ele não descumpriu nada.

Pensem nas reportagens que veem sobre o direitos humanos dos assassinos e estupradores. Sempre tem gente defendendo o direito deles, mas nunca vi ninguém cobrando os deveres. Será que é por que não existem?

Se a existência somente de deveres pode gerar pessoas revoltadas, a existência somente de direitos gera pessoas sem o menor senso de respeito, humanidade, comunidade. Passamos a gerar pessoas que creem que o próprio umbigo é o centro do universo, e todos precisam satisfazer sempre seus direitos.

Nunca vi ninguém cobrando das pessoas o respeito ao próximo, o não levar vantagem, a transparência, a bondade. Mas gente exigindo direito isso tem ao monte.

Vejo o governo dando um monte de dinheiro a vagabundos sobre o nome de bolsa-família, bolsa-gás, bolsa-transporte, bolsa-cultura, porém não vejo o governo exigindo que para isso a pessoa trabalhe em obras para as cidades, ou entidades assistenciais. Tais pessoas somente sabem exigir seus direitos.

Então volto ao questionamento. Será que a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi boa? Será que a ação não ficou meio capenga?