Um dia parei em um banco para efetuar um depósito, e quando estava saindo vi que havia um homem limpando a calçada, juntando toda a sujeira. Até aí tudo bem, mas depois do homem ter limpado a calçada ele simplesmente varreu a sujeira para a boca de lobo, tranquilamente. Infelizmente algo que este povo considera ‘normal’.
Assim que voltei para casa entrei no site do banco e reportei tal acontecimento à área de responsabilidade socioambiental. Poucos dias depois recebo uma ligação do banco agradecendo o email, me avisando que eles entraram em contato com a prestadora de serviço (que mesmo que não seja da própria instituição no momento a está representando) e pediram para instruir as pessoas sobre a forma correta de se limpar. Isso já foi bem legal, receber o retorno do banco (cuja finalidade certamente não é a limpeza), mas o mais legal foi ver o mesmo homem, poucos dias depois varrendo a calçada, e junto a ele um cesto de lixo, e ele jogando o lixo recolhido no cesto. Esta foi a confirmação de que algo mudou. Pode ainda não estar enraizado nem ser hábito, mas agora ele já foi apresentado à nova situação, e sabe como fazer as coisas do jeito certo. (Acredito que quando uma pessoa sabe o que é certo, ela faz o certo)
E tudo isso ocorreu de modo tranqüilo. Não foi preciso nenhuma briga, xingamento, ofensa, protestos. Foi somente a análise por parte de um cidadão e o comprometimento da outra parte em fazer o certo. Muitas vezes achamos que somente mudaremos as coisas com brigas, protestos, coisas homéricas. Só que as grandes mudanças ocorrem silenciosamente, com respeito e educação.
Sei que algumas pessoas que lerem isso podem achar que sou crica, que fui ‘arrumar problema’ para o cidadão, ou então que estou perdendo tempo, pois eu até posso ter ajudado a despertar a consciência sobre algo em uma pessoa, mas que isso não fará diferença no mundo. A estas pessoas, que se escoram neste frágil argumento, contarei uma breve estória que li e achei muito interessante.
“Um homem, andando pela orla viu um senhor pegando estrelas-do-mar que estavam na areia a atirando-as de volta à água. Eram milhares de estrelas-do-mar, e aquele senhor não teria a menor condição de devolver todas. No entanto continuava atirando uma por uma de volta à água. Este homem, após espiar por alguns minutos dirigiu-se para o senhor e disse:
- Não está vendo que o que está fazendo é inútil? Olhe só quantas estrelas-do-mar estão aqui na praia. Todo o seu esforço não fará diferença alguma.
O senhor ouviu o comentário do homem, abaixou-se, pegou uma estrela-do-mar e atirou-a de volta ao mar. E disse:
- Para esta fez.”
Creio que é isso que precisamos fazer. Mudar o mundo todo é um lindo sonho, o qual já tive, mas a maturidade nos ensina a ver que não é possível mudar o mundo todo, mas sim mudar o nosso mundo. E o que fiz foi isso, ajudei a modificar um pouco o mundo onde estou. E se todas as pessoas, ao invés de se acovardarem com o argumento que não dá para mudar o todo, começassem a modificar o seu mundo, certamente teríamos um mundo melhor.
Ah, e por que cidadania chinesa? O termo ‘chinesa’ eu ‘emprestei’ da tortura chinesa, aquela que pode parecer pequena de início, sem importância, mas que com o tempo torna-se muito grande.
Assim que voltei para casa entrei no site do banco e reportei tal acontecimento à área de responsabilidade socioambiental. Poucos dias depois recebo uma ligação do banco agradecendo o email, me avisando que eles entraram em contato com a prestadora de serviço (que mesmo que não seja da própria instituição no momento a está representando) e pediram para instruir as pessoas sobre a forma correta de se limpar. Isso já foi bem legal, receber o retorno do banco (cuja finalidade certamente não é a limpeza), mas o mais legal foi ver o mesmo homem, poucos dias depois varrendo a calçada, e junto a ele um cesto de lixo, e ele jogando o lixo recolhido no cesto. Esta foi a confirmação de que algo mudou. Pode ainda não estar enraizado nem ser hábito, mas agora ele já foi apresentado à nova situação, e sabe como fazer as coisas do jeito certo. (Acredito que quando uma pessoa sabe o que é certo, ela faz o certo)
E tudo isso ocorreu de modo tranqüilo. Não foi preciso nenhuma briga, xingamento, ofensa, protestos. Foi somente a análise por parte de um cidadão e o comprometimento da outra parte em fazer o certo. Muitas vezes achamos que somente mudaremos as coisas com brigas, protestos, coisas homéricas. Só que as grandes mudanças ocorrem silenciosamente, com respeito e educação.
Sei que algumas pessoas que lerem isso podem achar que sou crica, que fui ‘arrumar problema’ para o cidadão, ou então que estou perdendo tempo, pois eu até posso ter ajudado a despertar a consciência sobre algo em uma pessoa, mas que isso não fará diferença no mundo. A estas pessoas, que se escoram neste frágil argumento, contarei uma breve estória que li e achei muito interessante.
“Um homem, andando pela orla viu um senhor pegando estrelas-do-mar que estavam na areia a atirando-as de volta à água. Eram milhares de estrelas-do-mar, e aquele senhor não teria a menor condição de devolver todas. No entanto continuava atirando uma por uma de volta à água. Este homem, após espiar por alguns minutos dirigiu-se para o senhor e disse:
- Não está vendo que o que está fazendo é inútil? Olhe só quantas estrelas-do-mar estão aqui na praia. Todo o seu esforço não fará diferença alguma.
O senhor ouviu o comentário do homem, abaixou-se, pegou uma estrela-do-mar e atirou-a de volta ao mar. E disse:
- Para esta fez.”
Creio que é isso que precisamos fazer. Mudar o mundo todo é um lindo sonho, o qual já tive, mas a maturidade nos ensina a ver que não é possível mudar o mundo todo, mas sim mudar o nosso mundo. E o que fiz foi isso, ajudei a modificar um pouco o mundo onde estou. E se todas as pessoas, ao invés de se acovardarem com o argumento que não dá para mudar o todo, começassem a modificar o seu mundo, certamente teríamos um mundo melhor.
Ah, e por que cidadania chinesa? O termo ‘chinesa’ eu ‘emprestei’ da tortura chinesa, aquela que pode parecer pequena de início, sem importância, mas que com o tempo torna-se muito grande.
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