Quem acompanhou o noticiário desta semana viu o desespero em que as bolsas do mundo todo se encontram devido a uma possível recessão norte-americana. Bolsas despencando muitos pontos percentuais, perdas no Brasil de vários bilhões de reais em um único dia.
Não sou economista, então o que expressarei aqui não tem um valor acadêmico, mas somente um valor de alguém que não entende porque permitem essa bagunça toda no mundo.
Há um tempo li em uma reportagem uma pessoa defendendo o investimento em bolsa de valores, e os motivos alegados por eles foram muito bons, tanto que considero esta hipótese atualmente. Ele alegou que o valor investido na bolsa é um dinheiro útil, pois auxilia empresas a crescerem, produzirem mais, gerarem mais empregos, enfim, é um dinheiro que beneficia muitas pessoas, direta e indiretamente. É um dinheiro mais ‘social’. Enquanto que aluguéis, imóveis, essas coisas geram dinheiro somente para uma pessoa, não ajudam a construir nada, a ‘girar’ o dinheiro. Achei bem plausível o argumento.
E realmente muito se tem investido na bolsa de valores. Mas aí vem uma previsão de problema em algum canto do mundo e pronto, fortunas são perdidas da noite para o dia. E por quê? Por que os investidores retiram rapidamente o dinheiro de onde possa não mais render o que eles estavam esperando e investem em outro lugar, ou deixam de investir aquele dinheiro por um tempo. E isso faz com que a economia perca muito do dinheiro, as indústrias deixam de ter dinheiro para continuar sua produção ou expansão. E as empresas diminuindo produção possivelmente desempregos ocorrerão, salários serão diminuídos, gerando mais recessão ainda. É uma bola de neve.
E aí eu pergunto. Onde entra o comprometimento do investidor? Porque alguém comprometido lutará pelo bem daquilo onde ele está engajado independente de estar passando um bom ou mau momento. Ele sente que ele faz parte daquilo, e, portanto precisa lutar pelo melhor. E é isso que não existe na bolsa de valores. O menor tropeção de um presidente é o suficiente para que bilhões de dólares sumam imediatamente das empresas. Não existe nenhum tipo de comprometimento, a não ser com seu próprio bolso, seu egoísmo, sua ambição desmedida e inconseqüente.
E pelo que vejo e já vi sei que com o tempo tudo se ajeita, se um país está passando por um mau momento certamente outros aparecerão neste momento de crise para suprir a oferta, ou então com pouco tempo o país estabilizará e tudo voltará ao normal. Como diz a sabedoria popular “Não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe”.
Traçarei um paralelo com os bancos. Os bancos possuem alguns tipos de investimento que oferecem rentabilidade maior do que o da poupança, e em cada um destes investimentos é feito um contrato entre as partes. Normalmente há uma carência onde a pessoa não pode retirar o dinheiro antes de determinado tempo, e caso precise perderá certo valor. Pode até soar como ruim para o cliente, mas isso de certo modo gera um comprometimento entre o investidor e o banco. O investidor dá a ‘palavra’ ao banco que por n meses o dinheiro dele estará disponível. E esta estabilidade permite ao banco se programar para o futuro. Agora imaginem se em qualquer tipo de investimento não houvesse esse comprometimento. Amanhã surge um novo tipo de investimento, que os bancos por força de lei não podem oferecer, e este investimento gera lucros maiores do que os atuais. Quem não retiraria imediatamente o dinheiro de onde está e passaria a investir nesse outro? Creio que ninguém. E o que aconteceria com todos os bancos? Quebrariam da noite para o dia. O tamanho do caos deixo a cargo da imaginação de vocês.
Será que este comprometimento – mesmo que mediante contrato – não é bom? E se é, por que não podemos ter algo semelhante nas bolsas de valores? Imaginem se cada ação comprada a carência mínima de venda seja de um ano, antes disso a pessoa não poderá revender. Isso acabaria com estes especuladores que em questão de horas ficam milionários, acabariam com essa loucura como a dessa semana, poria por água abaixo as estratégias para receberem notícias privilegiadas, pois mesmo que uma ação suba da noite para o dia, a pessoa somente poderia resgatar o dinheiro um ano após, e nesse período muita coisa pode acontecer.
Deixaríamos de ter especuladores e passaríamos a ter investidores comprometidos com o futuro das empresas, do país. As pessoas somente investiriam o dinheiro se acreditarem que aquela empresa é idônea, sólida, de boa administração. Caso contrário seria apostar em algo muito incerto, e ninguém faz isso.
Imagino que esta seja uma idéia louca, mas me digam uma idéia que mudou algo que não foi considerada maluca? Idéias normais provocam evolução do que existe – que pode ser bom ou ruim, enquanto que idéias malucas provocam revolução – que também podem ser boas ou ruins.
Creio que este seja uma das boas.
Não sou economista, então o que expressarei aqui não tem um valor acadêmico, mas somente um valor de alguém que não entende porque permitem essa bagunça toda no mundo.
Há um tempo li em uma reportagem uma pessoa defendendo o investimento em bolsa de valores, e os motivos alegados por eles foram muito bons, tanto que considero esta hipótese atualmente. Ele alegou que o valor investido na bolsa é um dinheiro útil, pois auxilia empresas a crescerem, produzirem mais, gerarem mais empregos, enfim, é um dinheiro que beneficia muitas pessoas, direta e indiretamente. É um dinheiro mais ‘social’. Enquanto que aluguéis, imóveis, essas coisas geram dinheiro somente para uma pessoa, não ajudam a construir nada, a ‘girar’ o dinheiro. Achei bem plausível o argumento.
E realmente muito se tem investido na bolsa de valores. Mas aí vem uma previsão de problema em algum canto do mundo e pronto, fortunas são perdidas da noite para o dia. E por quê? Por que os investidores retiram rapidamente o dinheiro de onde possa não mais render o que eles estavam esperando e investem em outro lugar, ou deixam de investir aquele dinheiro por um tempo. E isso faz com que a economia perca muito do dinheiro, as indústrias deixam de ter dinheiro para continuar sua produção ou expansão. E as empresas diminuindo produção possivelmente desempregos ocorrerão, salários serão diminuídos, gerando mais recessão ainda. É uma bola de neve.
E aí eu pergunto. Onde entra o comprometimento do investidor? Porque alguém comprometido lutará pelo bem daquilo onde ele está engajado independente de estar passando um bom ou mau momento. Ele sente que ele faz parte daquilo, e, portanto precisa lutar pelo melhor. E é isso que não existe na bolsa de valores. O menor tropeção de um presidente é o suficiente para que bilhões de dólares sumam imediatamente das empresas. Não existe nenhum tipo de comprometimento, a não ser com seu próprio bolso, seu egoísmo, sua ambição desmedida e inconseqüente.
E pelo que vejo e já vi sei que com o tempo tudo se ajeita, se um país está passando por um mau momento certamente outros aparecerão neste momento de crise para suprir a oferta, ou então com pouco tempo o país estabilizará e tudo voltará ao normal. Como diz a sabedoria popular “Não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe”.
Traçarei um paralelo com os bancos. Os bancos possuem alguns tipos de investimento que oferecem rentabilidade maior do que o da poupança, e em cada um destes investimentos é feito um contrato entre as partes. Normalmente há uma carência onde a pessoa não pode retirar o dinheiro antes de determinado tempo, e caso precise perderá certo valor. Pode até soar como ruim para o cliente, mas isso de certo modo gera um comprometimento entre o investidor e o banco. O investidor dá a ‘palavra’ ao banco que por n meses o dinheiro dele estará disponível. E esta estabilidade permite ao banco se programar para o futuro. Agora imaginem se em qualquer tipo de investimento não houvesse esse comprometimento. Amanhã surge um novo tipo de investimento, que os bancos por força de lei não podem oferecer, e este investimento gera lucros maiores do que os atuais. Quem não retiraria imediatamente o dinheiro de onde está e passaria a investir nesse outro? Creio que ninguém. E o que aconteceria com todos os bancos? Quebrariam da noite para o dia. O tamanho do caos deixo a cargo da imaginação de vocês.
Será que este comprometimento – mesmo que mediante contrato – não é bom? E se é, por que não podemos ter algo semelhante nas bolsas de valores? Imaginem se cada ação comprada a carência mínima de venda seja de um ano, antes disso a pessoa não poderá revender. Isso acabaria com estes especuladores que em questão de horas ficam milionários, acabariam com essa loucura como a dessa semana, poria por água abaixo as estratégias para receberem notícias privilegiadas, pois mesmo que uma ação suba da noite para o dia, a pessoa somente poderia resgatar o dinheiro um ano após, e nesse período muita coisa pode acontecer.
Deixaríamos de ter especuladores e passaríamos a ter investidores comprometidos com o futuro das empresas, do país. As pessoas somente investiriam o dinheiro se acreditarem que aquela empresa é idônea, sólida, de boa administração. Caso contrário seria apostar em algo muito incerto, e ninguém faz isso.
Imagino que esta seja uma idéia louca, mas me digam uma idéia que mudou algo que não foi considerada maluca? Idéias normais provocam evolução do que existe – que pode ser bom ou ruim, enquanto que idéias malucas provocam revolução – que também podem ser boas ou ruins.
Creio que este seja uma das boas.
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