Já escutei algumas vezes em minha vida pessoas me dizerem que sou uma pessoa radical. Não foram poucas vezes, nem poucas pessoas. E então o que posso fazer é analisar a situação e ver se realmente fui radical ou não nas situações surgidas.
As pessoas comumente chamam de radical uma pessoa que tem uma postura firme, uma convicção, um valor, e em função da crença nisso continuam fiéis e convictas. Então as outras pessoas, não conseguindo fazer a pessoa a mudar de idéia, já pegam o rótulo de radical e a atribuem.
Tenho uma visão um pouco diferente dessas que expressei sobre radicalismo, e tentarei explicar com algumas situações.
Eu sempre reinvidiquei poder trabalhar de bermuda, por vários motivos. Estamos em um país tropical, onde o clima é normalmente quente. Não tem lógica usarmos terno pois o terno é uma roupa de frio utilizada na Europa. O meu trabalho é intelectual, e até onde sei uma calça ou camisa não me torna mais produtivo (na verdade o calor pode até agir contra isso). E com várias pessoas, quando falava que a minha vontade era poder trabalhar de bermuda imediatamente elas pegavam o rótulo de radical e pregavam em minha testa. Escutava coisas do tipo: "Carlos, você está querendo radicalizar. Trabalhar de bermuda? Onde já se viu?".
No entanto proponho a seguinte reflexão. Eu, em nenhum momento, me pus contrário a decisão de qualquer pessoa de trabalhar com calça e camisa, ou terno, ou bermuda, chinelo, nua, etc. Para mim qualquer pessoa poderia trabalhar do jeito que ela se sentisse melhor, do modo como ela ficaria feliz e mais produtiva. No entanto as outras pessoas é que não me deixavam vir trabalhar de bermuda. Então pergunto: quem é o radical? Quem é que está tendo uma postura inflexível?
O fato de todo mundo fazer de um jeito não torna este jeito certo, torna-o somente comum. E o fato de alguém crer em algo diferente não o torna chato ou radical, somente torna-o incomum.
Conversando esta semana com um amigo meu ele me deu um exemplo sobre este tema. Ele me disse que se em uma festa o traje obrigatório é terno, e uma pessoa convidada não vai pois é 'contra seu princípio' usar terno ela está tendo uma postura radical. Não tenho dúvidas de que muitos concordarão com esta análise. Então mudarei alguns idéias para propor-lhes uma reflexão.
Suponha que na festa, o obrigatório não seja o terno, mas sim tomar um comprimido de extasy. E a pessoa convidada não vai, pois isso também é contra os seus princípios. E nesse caso, a pessoa que foi convidada também foi radical? Se não foi, por que? Nos dois casos houve uma recusa do convidado em ir à festa.
Mas Carlos, no primeiro caso era somente um terno, e no segundo era o consumo de uma droga. Certo, e daí? Analiso que em dois casos a exigência era contrária aos valores do convidado. (Infelizmente muitas pessoas, para não serem radicais e fazerem parte da turma abrem mão dos seus valores no segundo caso)
Vamos analisar um pouco mais. O que pensam da pessoa quem convidou e colocou uma exigência? Isso sim é uma postura radical, pois se o convidado não satisfazer esta condição ele não poderá entrar na festa. Este não é o radical da estória?
Vejo como radical não a pessoa que defende uma postura sua, segue seus valores, seus princípios, mas sim a pessoa que quer que outras pessoas sigam os seus valores, seus princípios, suas idéias.
Voltando a bermuda, eu estaria sendo radical se exigisse que todos usassem bermuda, mesmo os que não gostam. Expressar uma idéia oposta e brigar por ela é algo extremamente válido, no entanto muitos medíocres preferem nos tachar de radicais, e assim 'eliminarem um problema', a olhar para si e verem quem realmente está sendo radical.
As pessoas comumente chamam de radical uma pessoa que tem uma postura firme, uma convicção, um valor, e em função da crença nisso continuam fiéis e convictas. Então as outras pessoas, não conseguindo fazer a pessoa a mudar de idéia, já pegam o rótulo de radical e a atribuem.
Tenho uma visão um pouco diferente dessas que expressei sobre radicalismo, e tentarei explicar com algumas situações.
Eu sempre reinvidiquei poder trabalhar de bermuda, por vários motivos. Estamos em um país tropical, onde o clima é normalmente quente. Não tem lógica usarmos terno pois o terno é uma roupa de frio utilizada na Europa. O meu trabalho é intelectual, e até onde sei uma calça ou camisa não me torna mais produtivo (na verdade o calor pode até agir contra isso). E com várias pessoas, quando falava que a minha vontade era poder trabalhar de bermuda imediatamente elas pegavam o rótulo de radical e pregavam em minha testa. Escutava coisas do tipo: "Carlos, você está querendo radicalizar. Trabalhar de bermuda? Onde já se viu?".
No entanto proponho a seguinte reflexão. Eu, em nenhum momento, me pus contrário a decisão de qualquer pessoa de trabalhar com calça e camisa, ou terno, ou bermuda, chinelo, nua, etc. Para mim qualquer pessoa poderia trabalhar do jeito que ela se sentisse melhor, do modo como ela ficaria feliz e mais produtiva. No entanto as outras pessoas é que não me deixavam vir trabalhar de bermuda. Então pergunto: quem é o radical? Quem é que está tendo uma postura inflexível?
O fato de todo mundo fazer de um jeito não torna este jeito certo, torna-o somente comum. E o fato de alguém crer em algo diferente não o torna chato ou radical, somente torna-o incomum.
Conversando esta semana com um amigo meu ele me deu um exemplo sobre este tema. Ele me disse que se em uma festa o traje obrigatório é terno, e uma pessoa convidada não vai pois é 'contra seu princípio' usar terno ela está tendo uma postura radical. Não tenho dúvidas de que muitos concordarão com esta análise. Então mudarei alguns idéias para propor-lhes uma reflexão.
Suponha que na festa, o obrigatório não seja o terno, mas sim tomar um comprimido de extasy. E a pessoa convidada não vai, pois isso também é contra os seus princípios. E nesse caso, a pessoa que foi convidada também foi radical? Se não foi, por que? Nos dois casos houve uma recusa do convidado em ir à festa.
Mas Carlos, no primeiro caso era somente um terno, e no segundo era o consumo de uma droga. Certo, e daí? Analiso que em dois casos a exigência era contrária aos valores do convidado. (Infelizmente muitas pessoas, para não serem radicais e fazerem parte da turma abrem mão dos seus valores no segundo caso)
Vamos analisar um pouco mais. O que pensam da pessoa quem convidou e colocou uma exigência? Isso sim é uma postura radical, pois se o convidado não satisfazer esta condição ele não poderá entrar na festa. Este não é o radical da estória?
Vejo como radical não a pessoa que defende uma postura sua, segue seus valores, seus princípios, mas sim a pessoa que quer que outras pessoas sigam os seus valores, seus princípios, suas idéias.
Voltando a bermuda, eu estaria sendo radical se exigisse que todos usassem bermuda, mesmo os que não gostam. Expressar uma idéia oposta e brigar por ela é algo extremamente válido, no entanto muitos medíocres preferem nos tachar de radicais, e assim 'eliminarem um problema', a olhar para si e verem quem realmente está sendo radical.
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