Sobre este blog

Este nome é facilmente interpretado como 'Mundo Idiota', o que não deixa de ser, visto que atualmente vivemos em um mundo do TER e pior, do PARECER TER / SER, enquanto o que devemos valorizar é o SER. Mas o nome tem outro motivo. Uma pessoa que defende sua pátria é chamado de patriota, numa analogia a pessoa que defende o mundo seria o MUNDIOTA.
 
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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Que pais é este?

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Sim, este título do artigo não é original, já foi muito bem cantado pelo grupo Legião Urbana, mas não há melhor expressão para demonstrar a indignação com relação a este país lugar nojento que possui fronteiras mas infelizmente não possui cidadãos.

Cada dia acontece uma coisa pior que outra, estamos numa queda vertiginosa, creio que sem precedentes na história deste país, e talvez com poucos casos similares na história da humanidade.

Estamos com uma geração inteira (talvez duas) de inúteis, amebas, imbecis, egoístas, mimados, fracos, vagabundos e quantos adjetivos mais quiserem. Coisas (é assim que denominarei pois se denominasse pessoas ou cidadãos estaria ofendendo os poucos que conseguem sobreviver, a muito custo, neste país) que não almejam nada na vida, acham que a vida lhes deve algo, que estão acima do bem e do mal, que podem tudo, na hora que querem, do jeito que querem, e se os outros não lhes dão certamente podem bater, quebrar, botar fogo, matar, afinal, SUA vontade não foi satisfeita, e quem são estas pessoas que não satisfazem a vontade de um deus? Estamos cheio de pequenos deuses carentes, que precisam ter seu ego inflado sempre massageado por seus súditos (entende-se qualquer pessoa diferente dele mesmo), afinal as ordem de um deus jamais devem ser questionadas e sempre acatadas.

Semana passada ouvi ao menos dois casos de assassinatos seguidos de suicídio, exatamente pelos mesmos motivos. Dois casais de namorados perderam a vida. Em ambos os casos a coisa do gênero masculino considerava a companheira sua propriedade, que deveria fazer tudo o que ele quisesse, na hora que ele quisesse. Se a coisa pedisse que não usasse determinada roupa ela deveria obedecer. Se quisesse que não trabalhasse ou estudasse deveria acatar. Se quisesse que não conversasse com pessoas do gênero masculino ela deveria acatar. Claro que isso aprisiona a pessoa, e ninguém quer viver assim. Então as meninas terminaram o relacionamento. Como a coisa suprema não pode jamais ser questionada, nem ter suas vontades não atendidas, o que restou? Foram lá e mataram as moças, e depois se mataram (ao menos fizeram uma coisa boa na vida, porém eu gostaria que tivessem começado por isso.....).

Esses casos foram na semana passada, mas o que tem de coisas acéfalas se achando dono dos outros é uma enormidade. Não conseguem nem escrever a simples palavra "você" corretamente e se acham superiores aos outros. Por favor, é muita imaturidade.....

Outra coisa terrível é o que algumas pessoas teimam em chamar de gênero musical, um tal de funk. Nunca vi na história da humanidade um gênero se destacar por músicas tão chulas, repleta de palavrões, obscenidades, vulgaridades, ou repetições infinitas de uma ou duas palavras, no máximo. Na verdade creio que isso ocorre porque é a única coisa que pessoas que lotam os bailes tem capacidade de compreender em função do "excelente" ensino que temos. Tem letras que a maior parte do tempo fala "você, você, você, você, você, você, você, você, quer". Duas palavras, na maior parte do tempo, e só isso. E a pessoa se diz cantora. Agora entrou na moda uma merda maior ainda chamada de funk ostentação. Conseguiram piorar ainda, agora a onda é falar de coisas caras, de grife, se exibir, mostrar que podem muito, que são melhores que os outros porque usam produtos caros. Acorda babaca, só precisa ocupar sua vida com coisas caras quem é barato, quem não tem valor. E vejo inúmeras crianças idolatrando essas coisas. Ontem na TV passou algo que me deixou profundamente triste. Um tal de MC Gui, de 15 anos, num quadro de TV, saiu com uma fã para fazer a alegria dela. A menina devia ser mais nova que ele. A alegria dela consistiu em ir num shopping, fazer cabelo, maquiagem, unhas, depois comprar muitas roupas e muitos sapatos. E centenas de crianças histéricas, gritando aos quatro cantos "eu te amo" pra aquilo. Se fosse uma ou duas tudo bem, mas centenas me causou muita tristeza. Que futuro darão a humanidade?
Mas tem uma coisa que me chama muito a atenção com relação ao funk, creio ser o gênero musical que mais atrai surdos. Sim, não estou maluco. Por que sempre que passa um carro a mais de 100 metros de mim e eu consigo mesmo assim escutar o som é funk que está tocando. Se eu estou a toda esta distância e escuto, imagino que quem está no carro deve ter um nível de surdez muito alto e está tentando escutar de qualquer modo.

Também recentemente alguns políticos foram presos neste país (inacreditável, mas vamos esperar pelo futuro para vermos se realmente ficarão presos, e com quais "mordomias"). Um deles, o José Genoíno ficou de uma hora pra outra dodói, teve que ser avaliado por vários médicos, com rapidez e agora quer ficar preso em sua casa, aposentado integralmente com salário superior a 20 mil reais se não me engano. Ei governo, eu também quero isso. Quero receber o resto da minha vida um salário desses sem  fazer nada, a não ser ficar em casa vendo TV e rindo dos cidadãos otários que pagam meu conforto. Lembro-me que quando este senhor não estava preso e o CQC ia tentar falar com ele ele sempre andava rápido, com cara ríspida, nunca parava para responder nada. Saúde impecável.
Mas Carlos, se realmente ele está doente e a lei permite isso a um cidadão, ele tem direito a isso. Eu sei, e é o correto isso. Mas por que este infrator (posso o chamar assim pois foi condenado pela justiça) tem privilégios sobre os demais? Quantos estão realmente doentes e não aparece um médico para fazer um exame? Por que ele que participou de um esquema de corrupção e influências é mais bonito que os outros? Quero sim que ele seja atendido, mas somente após todos os outros que já estavam na cadeia sejam atendidos, com a mesma mega equipe de profissionais que o atenderam. Entra na fila meu filho.....

Ontem acabou o campeonato brasileiro de futebol, e numa partido violência sem fim. Muita correria, chutes, socos e no mínimo 3 pessoas foram encaminhadas ao hospital em estado no mínimo que inspira muitos cuidados. E tudo isso no país do futebol (ai como eu gostaria que este fosse o país da educação e do respeito). Polícia chegou, baixou helicóptero no meio do campo, uma hora de jogo interrompido. E olha que a copa começa em poucos meses. Aí falam que a culpa é do fraco policiamento, poucos membros. Me poupem. A culpa da violência nos estádios é dos violentos, e não da polícia. Se não tivessem essas coisas, que se acham superiores aos demais, essas coisas vazias que buscam sentido na vida batendo nos outros, não haveria briga. Coisas sem educação é que são as responsáveis por isso, e não os poucos policiais. Quem fala que a culpa da briga é por causa do pouco policiamento deve, logicamente, achar que a culpa por um estupro é da mulher que usou uma roupa que "provocou" o homem, pobre inocente que não teve como resistir a violência provocada pela roupa da mulher.

E para terminar centenas de coisas marcaram uma invasão a um shopping em SP, chegaram de metrô até lá, levaram pânico, crianças chorando, lojas fechando as portas, pessoas assaltadas. E como sempre, nenhum preso. Acho engraçado que centenas de jovem marcam isso pelo Facebook e nossa polícia não consegue saber disso, e quando chega é só para garantir que eles (os baderneiros) possam sair em tranquilidade sem serem interrompidos. Absurdo isso, nossa polícia servindo para escoltar marginais, vagabundos.
Mas é muita gente, não tem como prender todos. Eu sei disso, mas pega o que der e coloque como fiança 50 mil reais, no mínimo. Peguem os perfis dos que confirmaram presença na rede e exijam o mesmo. Ah Carlos, mas as pessoas não tem este dinheiro. Problema delas. Se são machos para vandalizar devem ser machos para arcarem com as consequências. Mas Carlos, tem gente que só escreveu de brincadeira. Brincadeira é algo que somente tem graça se ambos os lados se divertem, se as pessoas do shopping não se divertiram não é brincadeira, e com uma punição destas certamente os "engraçadinhos" pensariam duas vezes antes de escrever algo.

Mas como vivemos na Impunelândia, nada ocorrerá. Aqui não se pode prender, não se pode repreender, não se pode exigir, não se pode orientar. Aqui só se pode fazer baderna, falar besteiras, exigir tudo dos outros sem nada dar, receberem esmolas para serem vagabundos eternos, extorquir, chantagear.

Infelizmente a região delimitada por nossas fronteiras não é um país, virou uma casa da mãe Joana. Pena que os poucos filhos que tentam organizar a casa estão perdendo profundamente, já que a Joana compactua e incentiva aqueles que dão jus a expressão.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Povo bovino?

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Há muito tempo que escuto esta expressão, a qual concordo plenamente.

Aqui neste país o que existem não são cidadãos, mas sim bois, que seguem para onde mandam. Se nos mandam comer comemos, se nos mandam votar em alguém votamos, se nos mandam ver TV vemos, se nos mandam deixar de estudar deixamos, se nos mandam acreditar que tudo o que fazem é para o nosso bem acreditamos.

Aqui neste país não se critica, não se questiona, não se busca soluções, nem ao menos mais se pensa. Pensar pra quê, se poucas pessoas podem pensar por nós, e a nós cabe única e exclusivamente seguir os “pensadores”?

Mas hoje tudo isso que falei foi por água abaixo. Vi que nem tudo está perdido do modo como eu pensava. Há sim pessoas que protestam, que lutam, que brigam. Não existem somente “bovinos” neste país.

Mas o que ocorreu que me fez ver que nem todos são bovinos? Podem ver a matéria completa neste link.

O que ocorreu foi um protesto por parte de estudantes da USP, que se revoltaram quando policiais que faziam ronda dentro do câmpus prenderam 3 estudantes que estavam fumando maconha. Vários estudantes se revoltaram contra a polícia e então começaram as brigas.

Como disse, nem tudo está perdido do modo como eu pensava. Está perdido de um modo muito, mas muito pior mesmo.

Políticos roubam, deixam a população emburrecida, não ligam para a violência, nos deixam sem saúde e contra o que aqueles “seres evoluídos” protestam? Contra a prisão de quem estava cometendo um crime. Agora nossos “estudantes” protestam com o pouco de atitude certa que ainda se faz neste país.

Será que é por que eles estão treinando para se tornarem nossos representantes no futuro?

Receio que sim…

sábado, 4 de dezembro de 2010

Ateu, graças a Deus

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Já ouvi esta frase, e achei ela propícia para dar título a este texto.

Li ontem que o apresentador Datena expressou alguns “pensamentos” em seu programa, que fez com que o Ministério Público Federal queira uma retratação.

Segue o link para verem mais a respeito do assunto.

Pelo conteúdo do link é possível ver algumas "afirmações” do apresentador, que responsabiliza os ateus pelos males do mundo, pelos crimes que ocorrem, dizendo que somente pessoas que não creem em Deus é que são capazes de cometer crimes.

Fico aqui tentando imaginar em qual realidade este apresentador vive. Se ele frequentou escola, se aprendeu sobre história da humanindade, se vê documentários ou lê livros. Porque se ele faz alguns destes itens certamente não pensaria deste modo. É só abrir os olhos e enxergar a realidade.

Será que ele nunca ficou sabendo que grandes genocídios foram feitos em nome de Deus (que pode ter outro nome dependendo da crença)? Quantas guerras-santas (quanta incoerência) foram feitas neste planeta, quanto sangue derramado, somente para impor aos outros a crença de um grupo. E o que acho engraçado é pelo que sei um dos ensinamentos da religião é o respeito ao próximo, mas tem um asterisco nisso. Respeito ao próximo sim, desde que ele creia na mesma coisa que eu, caso contrário ele é uma série ameaça a tudo o que eu acredito, e como ameaça, necessita ser destruído.

Infelizmente algumas das pessoas mais inflexíveis que conheci, que em nenhum momento se permitiram pensar em pensar de uma forma diferente, crer que podem existir outras formas de ver o mundo, a sociedade, os problemas foram pessoas ligadas a religião, certamente com muito Deus no coração.

Há uma brincadeira que diz que se você quer encontrar pessoas com Deus no coração é somente ir a um presídio. lá certamente se encontrará muitas pessoas que creem em Deus.

Se não me engano eu vi um caso onde uma pessoa recebia a sua “propina de cada dia” e orava, agradecendo. Esta certamente tem Deus no coração, tanto que até orava em agradecimento.

Então por que somente os ateus é que são os responsáveis pelos problemas do mundo?

Uma organização, uma crença, uma filosofia não faz uma pessoa boa ou má. Se fosse isso, seria muito fácil obrigar todo mundo a ser de uma organização, ou então obrigar todas as organizações a fazerem determinada atitude e certamente todas as pessoas seriam boas.

O que faz uma pessoa ser boa ou má (tirando fatores psiquiátricos que alteram o estado de consciência da pessoa) é a educação que ela tem, é a consciência que nela foi despertada a respeito das coisas, dos valores (não os que anunciam na TV em blocos de 30 segundos), das pessoas, da sociedade, de justiça, de ética. São os exemplos que esta pessoa recebeu, não somente os discursos.

Datena certamente prestou um desserviço à sociedade atacando um grupo com uma crença diferente da dele. Muitas pessoas que viram, e que ainda não tenham se desenvolvido o suficiente para analisar o que foi dito, filtrar e processar tudo acabarão crendo que ele está certo, e que precisam combater os ateus. É a indústria da intolerância e do desrespeito sendo alimentada, e neste caso, por uma pessoa que acredita em Deus.

Quem faz mais bem ao planeta? Os ateus ou os crentes? Sinceramente, não me importa, e isso não me preocupa nem um pouco. O que eu quero é que os ateus façam bem ao planeta, assim como os crentes. Quero que um entenda que o outro tem o direito de pensar de outra forma, independente se a forma da pessoa pensar tem fundo mais racional ou mais de fé, se há provas para acreditar ou provas para não acreditar. Isso não faz diferença.

Certamente em qualquer agrupamento haverão pesssoas boas e pessoas ruins, e o papel das boas é tentar levar as que estão fazendo o mal a sociedade um pouco de consciência, mesmo que isso faça com que a pessoa passe a acreditar em algo diferente do que nós mesmo acreditamos.

O todo é importante, é maior, e se as pessoas entrarem em guerra para ver quais delas é a certa, o planeta perde.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Eleições 2010, Tiririca, democracia, cidadania e pensamentos

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Ontem foi o “grande” dia da “democracia” neste país, onde as pessoas vão e elegem seus representantes.

Pra tudo o que ocorreu, somente demonstro minha admiração e respeito na apuração, que é extremamente rápida, neste caso um real bom exemplo para o mundo, para o resto infelizmente não há de que se gabar.

Primeiro que sempre questionei como em uma democracia o voto é uma obrigação, e não um direito. Será que tem algum interesse das pessoas que lá em Brasília se encontram  de obrigar pessoas sem a menor capacidade de votar a irem lá, e como estão, votarem em quem lhes dá uma migalha por mês para sobreviver? Acho que não né, acho que sou muito mau por pensar em tais absurdos. Deve ser obrigatório ainda porque como todos fazem questão de votar e exercer seu direito sagrado de cidadão o fato de ser ou não obrigatório não faz diferença, então não há porque mudar algo que ficará igual.

Por falar em cidadania, fico imaginando a qualidade dos nossos representantes, dada a cidadania e respeito demonstrados por nosso povo a quem quiser ver. Na hora da votação encontram-se pessoas que foram convocadas para trabalhar na eleição despreparadas (uma inclusive chegou bêbada e foi noticiada na TV), sem bom trato com os eleitores, e nas filas é que se vê realmente que povo somos. Lá é fácil ver pessoas pegando crianças no colo que nem sabem que quem é somente para utilizar de nossa qualidade mais latente, a esperteza, e passar na frente dos otários que estão lá esperando a sua vez de exercer a cidadania. Depois que votam, devolvem a criança e se sentem felizes, por terem dado um exemplo de cidadania. Ou então chegam pessoas idosas e passam na frente de todos (antes que alguns me crucifiquem peço que continuem a ler o resto da frase), no entanto não há uma urna especial para eles, ou então um intercalamento com as demais pessoas que estão nas filas, e se aparecem uns 4, 5 idosos, as demais pessoas ficam uns 20 a 30 minutos esperando, sem nada poder fazer. Respeitar o idoso sim é válido, mas desrespeitando aos demais? Quer dizer então que nossa democracia é parcial e respeita somente os idosos? O resto que se dane?

Ainda sobre a nossa cidadania, vamos ao local de votação e encontramos o quê? Um monte de lixo sobre montes de lixo, pois considero quem suja a cidade deste modo. Então fico pensando, como é possível que uma pessoa que quer lutar por algo melhor para a sociedade (pois este é o único objetivo deles, ninguém jamais falou que o objetivo é se enriquecer as custas do povo, o que certamente é uma imensa mentira) conscientemente suja a cidade? A pessoa quer uma sociedade melhor ou não? Fico meio confuso com este paradoxo. Outro dia estava em um lugar onde mal conseguia escutar meus pensamentos, de tão alto que estava o som. Era possível sentir o trepidar das coisas ao redor tamanho o volume. E de quem era todo este barulho? De um candidato a deputado. Fico pensando em como uma pessoa que quer fazer o melhor para uma sociedade deixa metade da cidade surda por causa disso. Será que estes acreditam que é com desrespeito que conquistam alguma coisa?

Mas não é só, ao andar de carro vemos muitas pessoas andando tranquilamente no meio da rua, e o carro que saia da trajetória delas porque do meio da rua elas não saem de modo algum. E também vejo muitos carros com problema de luz, pois fazem curvas sem a menor indicação. Talvez eles creiam que os demais motoristas consigam imaginar o que eles farão, então torna-se desnecessário avisar. E quando se chega no local de votação eis que rapidamente aparece aquelas pessoas tão amáveis e gentis, que se oferecem para tomar conta dos nossos carros. Fico lisonjeado de tanta gentileza. São tão gentis que nem incomodam aos policiais que ficam a poucos metros de distância. Convivem pacificamente!!!

E nosso Tiririca, primeirão!!! É isso aí Tiririca, meus parabéns!!!! E nesta frase não estou sendo irônico. Fiquei muito feliz por ele ter ficado em primeiro lugar, e ter levado junto com ele outras pessoas com poucos votos, e inclusive um mensaleiro. Repito, não estou sendo irônico com relação a isso não.

Primeiro falarei do Tiririca. Vi muita gente criticando a sua candidatura, já que ele não sabe para que serve um deputado federal. Que sua candidatura era uma afronta a democracia. Por que afronta? Somente por que ele não utilizava terno, falava as palavras que os marketeiros dizem e prometia que iria resolver os problemas da humanidade como todos fazem? Afronta para mim são aqueles @#$#&& que estão lá usando de influência, do seu cargo, que roubam e depois abrem mão do cargo para o crime dar em nada, daqueles que dão migalhas para o povo continuar votando nele para que continuem no poder enchendo seus bolsos (e mais ultimamente cuecas) de dinheiro. Isso sim é afronta a democracia, uma pessoa que vai lá e abertamente fala que não sabe para que serve, que quer ir lá para ajudar a sua família (do Tiririca) é alguém no mínimo honesto, que fala o que a maioria deveria falar, mas que não corresponde com a imagem de um messias, um salvador que nossa população tão culta, civilizada e democrática adora.

Li muito na internet que um voto no Tiririca seria ruim, que voto de protesto não serve pra nada. Como assim não serve? Já nos tiraram o voto nulo, pois ele não é mais considerado, então a única coisa que nos resta é votar em alguém que não é querido pelos homens de terninho, já que não podemos não votar, nem anular (pois tiraram seu efeito). As pessoas tem sim o direito de protestar, isso é democracia. Se pessoas tem o direito de votar em quem lhes dá migalhas porque outras pessoas não tem o direito de escolher um voto de protesto? Alguns me dirão que isso não resolve nada, que vai colocar gente despreparada lá, e de lambuja levar algumas pessoas ruins. Então pergunto, fazendo do modo convencional nunca chegou ninguém lá ruim? Consideram Sarney, Rosena Sarney, Genoíno, Collor, Zé Dirceu e muitos outros gente fina? Então qual é o problema de termos um Tiririca deputado federal? Ah, ele levou o Valdemar Costa Neto, e isso é ruim. Então pergunto, quem levou o Valdemar? O Tiririca ou a regra que os políticos eleitos por esta sociedade democrática e cidadã que jamais debocharam da democracia? Até onde eu sei isso foi uma regra criada por eles, que foram eleitos por nós. Então culpar o Tiririca é apontar a mira para o alvo errado. A mira deve ser apontada para a regra. Se uma regra existe, as pessoas podem fazer o que quiserem dentro dela. Se ela é injusta, não se deve brigar com quem usa as regras, mas sim com quem fez as regras. Ou você, leitor, caso estivesse em uma competição e um resultado de empate classificaria você e seu adversário, para uma fase mais tranquila, enquanto que a vitória de um lado colocaria o vencedor em uma fase mais complicada e o perdedor estaria fora, o que faria? Duvido que iria querer qualquer resultado diferente de empate. O público chiaria, claro, mas é a regra. E com quem o público deve se indispor? Com os organizadores, que criaram tal situação (leiam sobre o mundial de vôlei pois está acontecendo exatamente isso), e não com os atletas.

Mas nossa sociedade democrática e cidadã não gosta de brigar, de se indispor, adora o pensamento “tá ruim mais tá bão” e vai deixando as coisas pra lá, transferindo a sua culpa por votar em homens de terninho e fala bonita que lesam este país e transferindo para Tiriricas da vida, como se ele debochasse da democracia.

Debocha da democracia quem vota em qualquer um porque tem que votar (e olha que é muito fácil escutar este tipo de fala), quem opta pelo menos pior, pelo que vai roubar menos. Debocha da democracia quem aceita um jogo de cartas marcadas, onde somente quem tem muito dinheiro é que tem alguma chance. Debocha da democracia um presidente que usa seu alto índice de popularidade (nada a ver com os bolsas-esmolas distribuídos por aí) para apoiar sua candidata. Um presidente é de todos (o slogan do seu governo é um Brasil, um país de todos) então jamais no exercício de seu mandado poderia haver qualquer apoio. Como ex-presidente sem problemas, é um cidadão conhecido e que certamente pode manifestar apoio, mas enquanto presidente não, pois ele governa para todos.

Voltando ao Tiririca, ele dizia que não sabia para que serve um deputado federal, e por isso foi muito criticado. E eu pergunto, para que serve? Eu, que tenho uma formação acima da média deste país, não sei. E olha que eu via o horário político, mas o que eu escutava dos candidatos não me ajudou a compreender.

Eu vi candidatos a deputados estaduais dizendo que iriam trazer dinheiro. Via candidatos a deputados federais dizendo que iriam trazer dinheiro. Via candidatos a senador dizendo que iriam trazer dinheiro. Ora, se todo mundo só vai trazer dinheiro, por que cargos diferentes e tantos? E mais, por que ao invés de mandarmos pessoas lá para Brasília para trazer dinheiro para cá, não fazemos algo mais fácil, como deixar o dinheiro aqui mesmo, assim não precisaremos cuidar do envio e retorno do mesmo. Por que no caminho vai que aparecem alguns ladrões e desviam um pouco dele né? É melhor ficar por aqui mesmo. E olha que deste modo vai ficar muito mais dinheiro, porque aí não precisaremos colocar várias pessoas para ir lá pegar, ele já estará aqui.

E para finalizar, sobre o Tiririca (o grande ícone desta eleição aqui em SP) houve reclamações por ele ser supostamente analfabeto, e por isso não poderia ser candidato. E pergunto, mas qual o problema? Se analfabetos podem votar, por que não podem ser eleitos? Se o nosso ilustre presidente se vangloria de não gostar de ler, ignora completamente a concordância e assina o PDH sem ler, por que analfabetos não podem se eleger?

Ah, mas para fazer leis é preciso saber ler e escrever, certo? Sim, e é por isso que um deputado pode compor uma equipe de 5 a 25 pessoas para ajudá-lo. Se isso é perigoso, acho que muito menos perigoso um analfabeto legislando, pois a lei vai para aprovação de todos, do que 30 milhões de analfabetos e mais um monte de pessoas sem a menor capacidade de discernimento votarem em ladrões onde não haverá possibilidade de recusa futura. Isso é sem dúvida muito mais perigoso, e nossa sociedade aplaude o direito que os analfabetos tem de votar. Será que é por que há interesse nestes votos de pessoas sem escolaridade, que votam muito facilmente e sem questionar em quem lhes dá um simples prato de comida? Creio que não, seria muito baixo. Nossos candidatos de terno e fala polida não são capazes de fazer isso.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Paternalismo

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Isso para mim é um dos maiores problemas deste nosso país. Nosso Estado é altamente paternalista, quer tomar conta de tudo de de todos, o tempo todo. Quer gerenciar a vida das pessoas, o que elas fazem, como gastarão o dinheiro.

Em nome de “ajudar” as pessoas, acabam aprisionando-as e tornando-as dependentes, sem iniciativa, afinal, pra que eu, cidadão, preciso aprender a gerenciar meus atos, meus gastos se há alguém plenamente preocupado comigo cuidando de tudo? Prefiro continuar alienado e deixando que o preocupado governo zele por mim.

Numa das aulas que tive na pós perguntei para uma professora que era advogada sobre a questão de ter que utilizar o vale-alimentação, o que considero salário, somente com alimentação. Se uma pessoa, que optasse por comer em casa, não poderia utilizar o valor em outra coisa, mais útil para ela. A resposta foi que não, pois como existem pessoas que se não forem obrigadas a gastar o dinheiro em comida, poderiam gastar em bebida, e nosso estado zeloso e preocupado com os cidadãos certamente não poderia permitir isso, e por isso bloqueia.

Ué, mas se a vontade do cara é encher a cara, se é uma decisão dele, por que não deixá-lo responsável pela sua postura? Por que o Estado deve cuidar dele? E se o Estado quer cuidar dele, por que ao invés de impedir que as pessoas conscientes dos seus atos utilizem melhor o vale-alimentação não oferece tratamento para dependência química?

Outro exemplo deste paternalismo é o valor pago ao funcionário quando ele sai em férias. Ao sair de férias, além de 1/3 de salário a mais recebe-se, antecipadamente, outro salário, para que o funcionário possa ter dinheiro para curtir as férias. Mas se o funcionário vai tirar férias, e quer viajar, ele não deveria economizar durante os meses que antecedem as férias para que ao sair de férias tenha dinheiro para gastar? Não seria o lógico? Não seria uma postura mais madura da pessoa? Ah não, as pessoas não fazem isso, então ao invés de ensiná-las através de uma boa escola, prefere-se antecipar um salário e deixá-la feliz por não precisar pensar e planejar as férias.

Certamente existem vários outros exemplos de paternalismo deste nosso adorado Estado, sempre com a melhor das intenções. Bom, sabemos onde está cheio de gente bem intencionada…

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Globo x Record

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Comecou uma nova “guerra” entre estas duas emissoras de televisão. O ministério público fez uma denúncia contra Edir Macedo, a Globo veiculou e a Record entrou na briga na defesa.

Hoje pela madrugada acabei vendo parte do programa “Fala que eu te escuto”, que foi utilizado para ‘defender’ a Record e atacar a Globo. Prestei atenção aos comentários, as defesas feitas e vê-se claramente como é puramente passional, no mínimo. Obviamente não posso dizer que é manipulado, ou que são atores contratados, no entanto dá-se fortamente tal impressão.

O ‘pastor’ perguntava aos ouvintes qual a resposta que eles tinham para dar para a Rede Globo. E a resposta era que eles não mais veriam aquela emissora, que lá só tem degradação da família, só ensina coisa ruim. (Até onde eu sei o que a Rede Record faz é copiar tudo o que a Globo faz. Jornal Nacional x Jornal da Record, novelas x novelas, Big Brother x A Fazenda, Esporte Espetacular x Esporte Fantástico, Fantástico x Domingo Espetacular, a briga pelo direito de transmissão do futebol, olimpíadas….).

E os ‘depoimentos’ eram sempre o mesmo, acusando a Globo e defendendo a Record.

O ‘pastor’ até disse que mesmo que fosse verdade o que se está falando, e que a igreja estivesse roubando, como é bom este ladrão, afinal, quantas pessoas eles estão ajudando. Pára tudo, será que eu ouvi bem? Quer dizer que os fins justificam os meios? E que tipo de argumentação é esta? O fato de fazer bem a alguns faz com que eles passem a estar certos?

Utilizarei alguns exemplos para questionar tal argumento.

Imagine um testemunho ‘aleatório’ do namorado da neta do presidente do Senado Federal. Ele começa dizendo que o Senado é maravilhoso, é muito bom para as pessoas, pois antes de lá ele estava desempregado, com dívidas, sem um futuro, e que agora graças a um membro do Senado tem um bom emprego, já não tem dívidas, já tem uma boa casa, comprou empresas e é uma pessoa feliz e rica, e que viaja pro exterior frequentemente. De tudo o que escrevi, creio que o que somente não ocorreu foi o testemunho. E assim como ele, muitos outros apadrinhados dos senadores muitas outras pessoas também pode dar tal testemunho. E será que isso torna o Senado uma instituição séria e respeitável? Será que o fato de fazer bem a alguns (e pelas recentes descobertas tem muita gente) dá o direito de fazerem o que fazem?

E o tráfico de drogas, certamente muitas pessoas vivem no luxo, na riqueza, conseguiram pagar todas as suas dívidas e agora vivem em mansões, carros importados, viajam pro exterior. Muitas pessoas podem dar este testemunho, porém isso é bom?

Quero deixar claro que não estou comparando uma coisa a outra, mas somente dizendo que o argumento utilizado não possui valor algum. Alguém ser beneficiado por uma instituição não a torna santa ou perfeita, tampouco comprometida com o respeito, honestidade, integridade, valores.

Esta cruzada da Record contra a Globo parece-me um pouco com o que ocorreu com a Alemanha na década de 30. A Alemanha estava com uma grande crise financeira, inflação galopante. As pessoas não viam salvação até aparecer um messias que poderia tirar a Alemanha daquela situação. O messias as pessoas, resgatou a economia, tornou a indústria novamente ativa, diminuiu a inflação. Mas precisou encontrar um culpado para justificar a situação pela qual se encontrava o país, e a escolha foram os judeus.

Sabemos de quem estamos falando, e hoje certamente as pessoas dirão que ele foi uma maluco, que não estava com Deus no coração, que o que ele fez não tem comparação com o que está ocorrendo hoje. Mas se alguém que estava naquela situação, na miséria, sem comida, sem futuro, e que teve a vida modificada, ficou melhor, ganhou dinheiro, pôde cuidar da sua família se eles questionariam algo a respeito das posturas do líder. Sinceramente eu duvido. Tanto que quando ele disse que a culpa era dos judeos a população acreditou, afinal, as pessoas querem saber quem é o culpado pelas suas desgraças, limitações, seu destino (pena que não olham para si mesmas). Tanto acreditaram que promoveram o holocausto.

Hoje, mais de 60 anos passados, fica fácil de perceber que aquela postura não foi benéfica, ainda mais que não estamos envolvidos, mas e naquela época? E na nossa época atual, as pessoas que estão envolvidas com este embate, será que também não ficam passionais como os alemães da época? Afinal, alguém os tirou da depressão, das drogas, das dívidas, propiciaram a eles uma vida repleta de felicidade, dinheiro, posses, empresas (tudo isso é dito nos ‘testemunhos’ veiculados).

O que quero com este exemplo é mostrar que a passionalidade não permite que as pessoas vejam o que está ocorrendo com elas. Passionalidade é algo desprovido de razão.

Nos depoimentos vi as pessoas dizendo que depois que entraram para a Universal descobriram a verdade. Pergunto: que verdade? Verdade é um termo relativo, não existe verdade absoluta. Cada qual tem a sua verdade. Será então que quem não está na igreja vive na mentira? Será a vida de todos os outros cidadãos uma mentira, e somente dos membros uma verdade? A maior mentira já contada é aquela em que alguém se diz o dono / conhecedor da verdade.

Em outro depoimento uma mulher falou que a vida dela estava destruída em função da Rede Globo. Como assim? Como que uma emissora de TV pode destruir a vida de alguém? E se pode, por que não destruiu a minha? Afinal, eu vejo a Globo (e a Record, Bandeirantes, Rede TV, SBT, ….)

Eu vejo a postura de dizer que não mais verá a Globo como uma postura de criança mimada, que quando alguém diz algo que não gosta, faz birra, diz que não brinca mais e vai embora. Deus não prega o amor? Não diz que somos todos irmãos? Ou os irmãos são somente os da igreja, os outros não? Ou o amor é somente entre os da igreja, os aos outros cabe a indiferença?

Um outro depoimento que vi, uma moça disse que a família dela estava com dívidas de R$ 700 mil, e que depois que entrou pra igreja, a dívida, que era somente para uma pessoa, foi paga em poucos meses com o pai fazendo serviços ao credor. Fico tentanto, em vão, imaginar que serviços são estes que propiciam em poucos meses a quitação de uma dívida de R$ 700 mil. Infelizmente minha limitação impede-me de chegar a qualquer reposta.

O que quero neste texto não é defender uma ou outra emissora, até porque não ganho nada fazendo isso. Somente quero aproveitar o momento para propor uma reflexão às pessoas, dizer que determinados argumentos não possuem qualquer valor, não comprovam nada, não isentam ninguém. É sempre necessário olhar para os fatos, sem passionalidade, e tomar sempre as próprias decisões. Nós não vivemos sem decisões, porém quando abrimos mão de tomá-las alguém vem e toma pela gente, e acabamos vivendo a vida dita por outras pessoas. Quando não refletimos sobre as coisas, alguém reflete por nós.

Somente nós somos responsáveis por nossa vida, por nossos sucessos e fracassos, erros e acertos, coisas boas e coisas ruins. Ficar querendo arrumar bodes expiatórios e salvadores somente nos aprisiona, nos torna dependentes, espectadores da vida.

Devemos sempre buscar ser livres, sermos nós mesmos. E eu creio que as instituições religiosas deveriam ter por premissa este fundamento, o de libertar a mente das pessoas, de torná-las livres e reponsáveis por sua vida. Receio que algumas venham se esquecendo disso.

Pensem com suas próprias mentes, todo o tempo.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Legalização da incompetência pública

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Hoje pela manhã acordei e vi uma notícia que já me deixou descontente um pouco mais com este país. Aqui realmente é o paraíso das coisas mais absurdas que se possam inventar. Quer coisa maluca, sem sentido? Venha para o Brasil. Quer inversão de valores? Venha para o Brasil?

A notícia que vi é que em Brasília o flanelinha e limpador de para-brisa agora virará profissão, regulamentada e tudo. É isso mesmo, agora aquelas pessoas, que não trabalham, ficam vagando nas ruas, não se esforçam, não estudam, e fazem seu carro de refém para que você seja obrigado a dar um dinheiro para eles serão profissionais reconhecidos. E olha que eu que fiz faculdade de tecnologia, antes fiz curso técnico na área, trabalho há anos ainda não tenho minha profissão regulamentada. Será que devo sequestar algo de alguém para que minha profissão seja reconhecida?

Alguns links com a notícia:

Pegarei alguns textos do primeiro artigo.

De agora em diante, quem quiser tomar conta de carros nas ruas da capital federal terá de fazer por um curso de capacitação que inclui noções de cidadania, leis de trânsito, defesa do consumidor e ensina uma nova técnica de trabalho - a da biolavagem dos carros

Vamos ver, será que aquelas pessoas que são flanelinhas possuem dinheiro para fazer o curso, tempo para isso (afinal, o tempo parado para eles é tempo não trabalhado) e terão dinheiro para comprar os produtos para lavar os vidros dentro da técnica da biolavagem?

A regulamentação resolve o problema. O fato de haver um flanelinha treinado e identificado, com crachá e jaleco, alivia um dos principais problemas enfrentados pelo motorista nas grandes cidades. Mas é necessário um grande controle e fiscalização

Só se for o da ilegalidade, não o da imoralidade e da ineficiência do estado em nos dar a proteção que é direito e pagamos por ela. E sem contar que se for necessário mais fiscalização, mais dinheiro sairá dos nossos bolsos para contratarem fiscais, que certamente serão sempre insuficientes.

O flanelinha somente existe devido a incompetência do estado em dar estudo e condições das pessoas buscarem seu lugar ao sol, trabalhando dignamente e lutando pelo seu pão de cada dia. O estado, ao tirar o direito das pessoas serem cidadãs dignas (não falarei da corrupção, verbas qualquer-coisa-que-exista-no-planeta, aposentadorias milionárias com 8 anos de vida pública, ….) as torna mais propensas a procurarem ‘alternativas’, mesmo que seja mediante extorsão ou coação. E o estado falha novamente em não punir estas pessoas, tratando-as como paisagem e achando isso natural. E ao achar isso natural, surge a estúpida fantástica idéia de regulamentar a incompetência pública e prestigiar as pessoas que nada acrescentam a sociedade, nos ameaçam, e tiram mais ainda nosso dinheiro.

É uma forma de resolver problemas das mais estúpidas possíveis. Se fazem algo ilegal, ao invés de coibir isso, somente tornam legal. Assim não terá gente na ilegalidade, e tudo estará perfeito.

Será que é por isso que nossa educação está tão fantástica na avaliação do governo? Ao invés de darem mais educação e incentivos, aumentam as facilidades para se tirarem nota. Deste modo, o nível ficará bom. Se os alunos mesmo assim repetem de ano, que tal promover a aprovação automática, assim não teremos mais repetição. São verdadeiros demagogos gênios que pensam nestas incríveis soluções.

Então tomo a liberdade de ter alguns devaneios, e seguir a linha destes ilustres pensadores. O número de sequestros relâmpagos está aumentando, e o governo nada faz. Diz que não tem lei específica para isso (Nos EUA a constituição é a mesma desde a independência, e lá qualquer coisa eles resolvem). Então, ao invés de arrebentar estes marginais que tal regulamentar a profissão? Basta o sequestrador fazer um curso de como abordar pessoas sem ser notado pelos demais, quais os horários e pontos mais lucrativos, quais dias da semana mais lucrativos, como identificar vítimas clientes em potencial. Mas claro, como deverão aprender cidadania também, deverão ter um tratamento cordial com o cliente, sentá-lo confortavelmente no banco de trás do carro, com o cinto de segurança. Também darão um comprovante para o cliente dizendo que este cliente comprou o serviço deles, para que o mesmo cliente esteja isento no período de 6 meses da necessidade de compra de outro serviço do gênero.

Sinceramente não duvido do que escrevi. É a legalização da incompetência pública, dos espertos, dos exploradores, dos tortos. É um soco de direito na cara de quem luta para viver sendo honesto, trabalhando duro dirariamente para ganhar o seu 7/12 de salário (5/12 vai para o governo em impostos), estudar e abrir mão de certas coisas em prol de um futuro melhor para si e seus filhos.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Desrespeito, desrespeito, desrespeito...

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A cada dia que passa eu creio que os políticos são pessoas boas, que pensam nos outros, que não são egoístas. Ou por acaso fazer uma lei onde ele seja beneficiado é tão ruim assim? Por acaso burlar um regra, por saber que não haverá punição, é algo a ser levado em consideração?

Agora se você, leitor, discorda disso fico muito feliz, e é muito bom saber que ainda há pessoas que pensam assim. E por que fiz uma pequena ironia? Para traçar um paralelo com pequenos desrespeitos que nós, brasileiros da mesma forma dos nossos ilustres políticos, também fazemos, mas cremos que não tem importância, que é coisa boba.

Estive no mercado hoje, e há alguns caixas rápidos, para no máximo 30 volumes, e uma única fila. A idéia é agilizar a vida de quem comprou poucos itens. E no alto falante o mercado informava que o caixa rápido era para no máximo 30 itens. E quando estou na fila eis que vejo uma mulher com um carrinho abarrotado de itens, devia ter ao menos 3 vezes a quantidade máxima. Primeiramente ela não sabia para qual caixa se dirigir, pois não estava prestando atenção no painel indicativo. Chegou lá e a caixa infelizmente não pode fazer nada contra o imenso desrespeito que aquela mulher estava cometendo. O caixa é pequeno (será que é para o máximo de 30 itens?) e as compras dela eram tantas que enquanto ela tirava os produtos do carrinho teve que aparecer uma ajudante para ir empacotando os itens já registrados. Havia entre a ilustre dama e eu umas 20 pessoas. Pois bem, eu fui atendido, paguei e saí, e a ilustre dama ainda estava passando suas compras. Ela tirou o lugar de quantos? Será que ela era mais bonita que todo mundo lá e por isso merecia um atendimento diferenciado? Ou será que faltou a todas as aulas de respeito e acha que o mundo gira em torno do seu umbigo?

Neste mesmo mercado o estacionamento foi reformado recentemente, cobriram uma parte, deixaram a reserva para idosos, e em função da estrutura nova ficaram alguns lugares onde não devem ficar carros, existem faixas no chão indicando isso, e também colocaram vários indicadores de direção, tanto no chão quanto em placas. E acham que é difícil ver algum adulto estacionando no lugar de idoso, ou então estacionando no lugar proibido, deixando os demais carros apertados, ou então andando na contra-mão, ou então estacionando tortamente na vaga, pegando 2? Acertou quem respondeu que não. Isso é muito comum. Conversei com o segurança e perguntei o que acontece com alguém que faz alguma irregularidade, como estacionar onde há faixa proibindo. Ele me disse que quando percebem até pedem para avisar ao motorista para remover, mas se o ilustre motorista não quiser tirar, nada ocorrerá.

Não há nenhuma punição para essas "coisas" que desrespeitam aos demais.

Ou seja, eu me acho bonitão, melhor que os outros, então não necessito seguir as regras de boa convivência, faço as coisas do meu jeito e nada pode ser feito contra mim. Olha só que maravilha!!!!! Habitat perfeito para a procriação de seres egoístas e sem nenhum pensamento coletivo.

Me pergunto se é tão difícil fazer as coisas certas, entender que se vive em sociedade, e que há algumas regras para melhorar as coisas para todos. Poderia dar inúmeros outros exemplos, como pessoas que param em guia rebaixada, ou guia pintada, ou guia para cadeirantes, etc.

Há os que dirão que isso é normal, que faz parte da cultura brasileira, que o brasileiro é mesmo assim. O normal eu posso aceitar, pois normal é somente algo estatisticamente favorecido, mas em nada algo normal tem vínculo com o certo. Que faz parte da cultura (ou INcultura) eu também posso aceitar, mas que brasileiro é assim não. Somente é assim quem quer levar vantagem, ser esperto, se dar bem as custas dos outros. Quem não quer pode ser muito diferente, mesmo tendo nascido neste país.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Ãh? Como? Não estou entendendo! Fala mais alto!

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Ahhhhhh, como é linda a evolução do ser humano. Antigamente tínhamos muitos pelos para nos proteger do frio, agora com as roupas precisamos de menos. Nosso cérebro era menor, andávamos curvados e agora conseguimos uma postura mais ereta. Já até ouvi falar que nossos dedões estão mais “inteligentes” pois agora o usamos bem mais que nossos antepassados, por causa do controle remoto e mais recentemente do celular e suas mensagens SMS.

Pena que nessa evolução nossos ouvidos pioraram, escutamos cada vez menos. Não digo isso baseado em alguma pesquisa científica, mas sim no que percebo por aí.

Quantas vezes eu na minha casa não escuto o som de um carro a dezenas de metros de casa - chego inclusive a sentir a vibração do chão e paredes pelo deslocamento de ar provocado. Eu gosto de ouvir som no meu carro, e reforço, quem gosta de ouvir sou EU, somente EU. Sou altamente egoísta neste sentido, não quero que ninguém ouça o meu som. O som é meu e pronto. Infelizmente não sou como uma boa parte das pessoas mais evoluídas. Não consigo ser democrático ou altruísta o suficiente para permitir que outras pessoas, que não possuem acesso ao som ouçam também a música que coloco no carro. Que as pessoas que não tem som, e estão a até 100 metros do meu carro fiquem sem som.

A ironia acima é para deixar claro o quanto acho falta de respeito o que existe atualmente. Temos carros cujo objetivo não é mais facilitar o deslocamento de pessoas, mas sim o de criar surdos precoces. Andam por aí na maior impunidade. E quando não é o som das músicas dos carros, é o som do motor que eles ‘turbinam’, assim podem acelerar (neste caso as motos são inclusas) e sair cortando as ruas, ensurdecendo as pessoas.

E as festas também entram nesta lista. Tanto as da cidade, que colocam um som tão alto que há quilômetros de distância as pessoas podem ouvir o show, ou então as particulares, até em apartamentos. E nada pode ser feito legalmente. Será que a lei do silêncio após as 22h não serve para estas festas? E mesmo nas residências, onde a lei é vigente, nada pode ser feito, pois se o policial chega o pessoal abaixa o som, e depois quando vai embora vão lá e aumentam novamente, muitas vezes até mais alto para ‘punir’ quem quer acabar com a "diversão" deles.

Agora por favor me respondam uma dúvida. Deus é surdo? A pergunta é séria, pois vejo muitas igrejas onde as pessoas gritam lá dentro, colocam o som no último. Será que Deus está ficando velho e perdendo a audição? Quando criança eu escutava que Deus nos escutava na nossa oração, que muitas vezes ficava somente nos pensamentos, sem a emissão de som. E aprendi que mesmo assim ele nos escutava, pois a onisciência permite isso. Será que Ele perdeu esta capacidade também?

Se Ele continua nos ouvindo bem, por que agora as igrejas precisam do som alto? E ai de quem reclamar deles. Provavelmente dirão que você é um herege, que não tem Deus no coração, ou que tem preconceito contra a religião deles.

Há também as pessoas que escutam musica no fone de ouvido com volumes altíssimos, que permitem que pessoas distantes também escutem a música.

E vendo tudo isso me pergunto: “Por que as pessoas passaram a ouvir tudo alto?”. Será que é para não ouvir a própria voz interior, será que é alguma forma de alienação, que faz com que não veja como tem vivido e então não precise ser responsável por sua vida?

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Matemágica?

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Primeiramente vejam este vídeo:


É um menino de 8 anos que já foi em vários canais de TV apresentar sua "capacidade" matemática. Coloquei capacidade entre aspas pois não sei o quanto ele realmente sabe ou é somente treinado para iludir as pessoas, que em sua grande maioria não entendem matemática, tanto que por muitos matemática é chamada de matemágica.

E sempre que essas pessoas aparecem em programas eles aparecem como salvadores da matemática, que fará com que ela deixe de ser um monstro e passe a ser amiguinha.

Em um exemplo ele mostra um modo fácil de calcular divisão por 5. Ele pede para multiplicar por 2, e depois deslocar a vírgula uma casa para a esquerda. Por exemplo, se eu quero dividir 123 por 5, primeiro multiplico por 2. O resultado: 246. Então desloco a vírgula para a esquerda, e o resultado será 24,6. Incrível, peguem a calculadora e comprovem!!!

Mas o que tem de incrível nisso? Primeiro preciso dizer que deslocar a vírgula para a esquerda, numa base decimal como a que nós utilizamos é o mesmo que dividir por 10. E se antes de dividir por 10, já tivermos multiplicado o número por 2, isso resulta numa divisão por 5, afinal, 10 / 2 = 5. E as pessoas achando que ele é um gênio.

Vale lembrar que este método é altamente perigoso, pois somente funciona com o número 5. Não adianta tentar dividir por 3, 4 e por aí vai. Será que é por isso que os professores não tentam ensinar exceção mas sim regras, que funcionem para qualquer situação?

Vamos a outro vídeo:


No método o homem diz que é para calcular qualquer raiz quadrada, de 1 a 1 milhão na velocidade de uma calculadora. Então ele pega o número "aleatório" 484. e mostra o seu método, que ignora sempre o penúltimo algarismo, calcula as raízes quadradas deles, e faz um teste para pegar o maior ou menor número. E posso garantir, peguem a calculadora e façam a raiz deste número, certamente dará 22, conforme ele falou.

Mas agora eu quero calcular a raiz de outro número "aleatório", digamos 474. Seguindo as regras dele eu também chegarei em 22. Opa, dois números distintos possuem a mesma raiz? Pela regra dele a raiz de 404, 414, 424, 434, 444, 454, 464, 474 e 494 também possuem como raiz o número 22. Que incrível não? O cara realmente é mágico, ao conseguir 10 números distintos com a mesma raiz.

Este método até funciona, MAS somente para quadrados perfeitos, para todos os outros casos este método não serve. E olha que entre 1 e 1 milhão existem somente 0.1% de quadrados perfeitos, e mesmo assim quem olha não consegue saber se é perfeito ou não, ou seja, não sabe se poderá aplicar ou não o método. Então pergunto: "para que serve este método?"

Na matemática é preciso muito cuidado para não cairmos nestes 'profetas', salvadores da nossa ignorância numérica.

E na vida também existem os falsos profetas, que sempre apresentam soluções fáceis, incríveis, que nos libertarão da vida dura. Que nos darão tudo o que queremos, nos darão muito dinheiro e muito tempo livre para aproveitarmos com a família. Que nos darão dicas incríveis de como resolver todos os problemas rapidamente.

sábado, 22 de novembro de 2008

É justo?

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Acabei de ver uma reportagem na TV sobre uma lei aprovada na cidade de Vila Velha/ES. A lei garante as pessoas que fizeram cirurgia de redução do estômago paguem meia nos restaurantes a La carte. O argumento de quem propôs a lei foi que não é justo quem comerá menos pagar o valor total. A princípio até parece coerente, mas vejo inúmeros problemas com este tipo de lei.

Quase que nem preciso dizer que o que começará a ter de documentos falsificados alegando que a pessoa fez cirurgia para pagar metade do valor será grande, infelizmente. Outra coisa, o dono do restaurante obrigou a pessoa a ir lá e comprar o produto deles (que no caso é a refeição)? Ou a pessoa foi lá de livre e espontânea vontade? E se foi por vontade, ela estava ciente do produto que estava sendo oferecido lá, e caso discorde disso poderá ir em restaurantes por quilo, onde ela realmente pagará somente o que consumir. E as pessoas que naturalmente comem pouco, por que precisam pagar o valor inteiro? Se o motivo é comer menos, então isso deve ser para todo mundo, não é? Ou é somente para os que pagaram a cirurgia?

Agora vou inverter. Vou concordar com isso, afinal, se a pessoa come pouco, deve pagar menos. Perfeito. Como o justo é pagar pelo que come, então os gordos que forem a restaurantes deverão pagar o dobro, certo? Afinal, comem bem mais do que as pessoas normais. Ah não, isso é preconceito contra os gordos, é crime e dá cadeia. Pois é, se isso não pode, por que o inverso pode?

O argumento de um dono de restaurante foi muito válido. Ele alertou sobre o perigo de se ter essa lei. Amanhã surgirá outro ‘gênio’ e alegará que os portadores de diabetes terão direito a 20% de desconto pois não poderão comer a sobremesa, que os portadores de outra doença poderão ter desconto por não poderem comer gordura, e por aí vai. Imaginem quantas possibilidades teremos?

As pessoas são responsáveis por suas vidas e suas escolhas, e se ela quiser adquirir um produto terá que adquirir tal qual como ele está sendo ofertado, caso contrário ficará uma zona este mundo. Imagino desdobramentos deste pensamento. Uma pessoa que perdeu uma perna, ao comprar um sapato deverá pagar somente a metade, afinal, para que pagar pelos dois? E um surdo que vai ao cinema ver um filme legendado, também deveria pagar menos, afinal, não está aproveitando o som. E uma pessoa sem filhos, ao comprar o carro, deveria ter 50% de desconto, afinal, não precisa dos 4 assentos. E uma pessoa que mora só, poderá ir no mercado e pedir somente metade dos ovos, afinal, não usará todos.

É uma total viagem essa lei, sem o menor nexo. E tem até outro fator econômico. Se o restaurante vende o prato a um determinado preço, este preço foi feito levando-se em consideração o custo para produção. No entanto o custo para produzir metade da comida (caso a pessoa com redução de estômago coma somente 50%) não é metade, pois há muitos custos fixos que não mudam, como o gás / energia para produzir, tempo do funcionário, etc, que isso não é diminuído pela metade.

O problema não está na pessoa comer menos a partir de agora, mas ela se adequar a nova realidade, e aos produtos que estão de acordo com esta realidade. Nem todos os produtos são destinados a todas as pessoas, cada pessoa deve saber das suas características e decidir pelos produtos que estão de acordo. Eu mesmo não costumo ir a restaurantes a La carte justamente porque como pouco, e para mim não faz sentido eu adquirir este produto, e opto por restaurantes self service por estar mais de acordo com o meu perfil. Tirar esta responsabilidade das pessoas é uma tremenda irresponsabilidade.

sábado, 8 de novembro de 2008

Pra inglês ver

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Essa é mais umas das expressões que possuímos Vejam a origem da expressão:

“Não deve ter existido apenas uma origem para o surgimento dessa expressão, diz John Schimitz, professor de Lingüística Aplicada da Unicamp. Mas, segundo a maioria dos especialistas, a fonte mais provável data de 1831, quando o Governo Regencial do Brasil, atendendo as pressões da Inglaterra, promulgou, naquele ano, uma lei proibindo o tráfico negreiro declarando assim livres os escravos que chegassem aqui e punindo severamente os importadores. Mas, como o sentimento geral era de que a lei não seria cumprida, teria começado a circular na Câmara dos Deputados, nas casas e nas ruas, o comentário de que o ministro Feijó fizera uma lei só para inglês ver.”
Fonte: Super

Apesar de o termo ter sido criado há muito tempo, ele ainda é muito atual. Parece-me que neste país isso é uma lei. O que se tem de coisas que ‘funcionam’ desse jeito é uma enormidade.

Vou pegar o carro para citar alguns exemplos. Em todos os carros existem extintores, que recentemente tiveram que ser modificados para um tipo mais poderoso (o caro é mero detalhe). Agora, qual o motivo do extintor? Por acaso alguém que está em um carro, e o mesmo começa a pegar fogo, vai lembrar de pegar o extintor – que seguramente ninguém nunca se preocupou em ensinar a utiliza-lo – embaixo do banco do motorista, analisar em que tipo de material está pegando fogo, abrir o extintor, mantê-lo na posição vertical, apontar para o fogo e apertar? Ou o pessoal vai sair correndo mesmo, tirando o mínimo necessário? Bom, eu certamente sairei o máximo possível longe do carro.

Ah, mas tem gente que sabe manusear um extintor e analisar o risco do fogo. Ah é? Quantos? 50%, 80%, ou meia dúzia? Parece-me que é esforço demais para pouco uso.

E lembram também quando foi obrigatório ter um kit de primeiros socorros nos carros? Todo mundo teve que comprar para não serem multados. Tinha tesoura sem ponta, gaze, esparadrapo e mais um montão de coisas. Pergunto: quem chegou a utilizar? E mais, quem sabia utilizar? Acho que assim como eu, a maioria dos motoristas não tem a menor capacidade de utilizar o kit, sob risco de prejudicar ainda mais a saúde de um acidentado. Ao menos é isso que escuto quando profissionais de atendimentos médicos são entrevistados. E se era tão bom assim, por que terminou? Se isso ajudava, por que terminou?

Agora tem uma nova lei exigindo mais tempo de aula para uma pessoa passar a dirigir. Por quê? Será que 4 horas a mais (e alguns reais a mais para alguns) realmente farão a diferença? Agora tem aula sobre responsabilidade e bebida. Ensinam nessas aulas que não se pode beber e dirigir. Agora estou em paz. Certamente com alguns reais a mais pago pelo futuro motorista ele se conscientizará e jamais beberá e sairá dirigindo, assim como ele também passará a dirigir dentro dos limites e defensivamente. É preciso um pouco de ironia para tentar mostrar o quão inócuo é esta lei. Não serve para nada, não muda nada (exceto o repositório do dinheiro). Quem bebe vai continuar bebendo, quem corre vai continuar correndo, quem pensa só em si continuará a pensar só em si. Não e um curso de 4h que mudará.

Mas aí ao menos ‘os beleza’ vão dizer que fizeram a parte dele, afinal, fizeram algo para diminuir os acidentes. Que pena que as idéias deles são idéias placebo.

(Aqui vale um parênteses. Os que não bebem, por que têm que fazer aula sobre o risco de bebida e direção?)

Aos que já viajaram de avião sabem que antes de todo vôo tem aquele blábláblá de segurança, dizendo que em caso de acidente máscaras cairão, primeiro tem que fazer isso, depois aquilo, etc. A primeira vez a gente até escuta, depois a gente quer mais é que o avião decole. Ninguém presta atenção no que as moças falam. E se ocorrer um acidente, quantas pessoas saberão utilizar e seguir os procedimentos? Se eu estivesse em um avião com problemas, a última coisa que lembraria na vida é de todas as instruções das moças. Mas Carlos, isso é importante, pois pode salvar vidas. Eu sei, mas e se ao invés de falaram, antes da pessoa embarcar pela primeira vez num vôo, tivesse um curso, no solo, sobre como proceder, com exercícios e tudo mais? Assim teríamos pessoas aptas (ao menos bem mais do que do método tradicional) e no vôo não seríamos obrigados a escutar aquele blábláblá. (idéia lida no livro “Você está louco”, de Ricardo Semler).

Pois é, temos inúmeras outras situações iguais a essas, com ações placebo. Não consigo entender o porque delas continuarem a existir. Se não servem para nada de útil, proveitoso, que favoreça o crescimento das pessoas, por que tê-las?

Mas enquanto alunos fazerem que prestam atenção, professores fazerem de conta que ensinam, o governo fazer de conta que paga bem, e a sociedade fazer de conta que é civilizada continuaremos gerando muitas visões ao ingleses.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Eita povinho que critica

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Mais uma tragédia aconteceu neste país. Lamento não o fato de ser uma tragédia, mas o fato de ser mais uma tragédia, assim como o fato de não ser a última, assim como o fato de não mudar nada a realidade deste país, para que outras não ocorram. Esta tragédia somente serviu para que as TVs aumentassem a audiência, e para que especialistas em diversas áreas façam comentários a respeito, mesmo tendo somente como ‘informação’ hipóteses a respeito.

Mas não é sobre violência, namoro adolescente, imaturidade, ciúmes, passionalidade ou mídia que quero falar. Quero falar sobre as críticas que estão sendo feitas. A imprensa tem questionado ferozmente os policiais que comandaram a operação.

Claro que se eu for analisar pelo desfecho o pensamento rápido seria que a operação foi um fracasso, mas fazer isso seria leviano e precipitado. Esquecem que se tratava de uma situação altamente de risco, onde qualquer atitude poderia provocar a morte das pessoas. Na TV, vejo pessoas criticando a demora da polícia em agir, criticando o fato da adolescente ter voltado a cena do crime, criticando o fato de atiradores de elite não terem atirado no rapaz nas inúmeras oportunidade que tiveram, criticando o fato dos policiais que invadiram usarem armas não letais.
Será que esse povo não tem o que fazer?
Vamos refletir sobre cada um dos questionamentos que fiz.

1. “os policiais demoraram demais”
Sim, foram 100 horas de seqüestro. Mas e se a polícia tivesse invadido e o desfecho também fosse trágico? Será que estes seres desocupados não criticariam a ação da polícia, que não deram o tempo necessário para que o seqüestrador cansasse e tudo acabasse pacificamente?

2. “a volta da adolescente”
Pelo que ouvi do comandante, a mãe da adolescente havia concordado com a possibilidade dela conversar, sem voltar ao apartamento, e foi isso o acordado. E isso foi feito, porém parece que ela resolveu voltar. Depois ouvi a mãe dizendo que não havia autorizado nada. Mas independente da autorização, e se nessa volta ela conseguisse convencer o seqüestrador a terminar, teria sido um golpe de mestre da polícia?

3. “atiradores de elite não terem agido”
Pelo que li e vi, durante o seqüestro houve ao menos 5 possibilidades de atiradores de elite terem matado o seqüestrador. Agora, com a tragédia já ocorrida, o pessoal acha que deveriam ter feito isso. Mas se essa atitude fosse tomada, contra um jovem de 22 anos, que nunca havia tido passagem pela polícia, e que tinha seqüestrado por motivo passional, não haveria críticas?

4. “armas não letais”
Imagina, invadirem um cativeiro com armas não letais, que perigo!!! Onde já se viu isso? Mas e se a polícia tivesse invadido com armas letais e na troca de tiros algum tiro disparado pela polícia atingisse algum refém, não haveria críticas?

Não posso afirmar quais seriam as críticas, mas posso afirmar que viriam. Então fico pensando, qual o papel da imprensa? É divulgar informações ou ficar falando abobrinha para preencher a grade de programação e aumentar seu IBOPE?

Se não tem nada de útil a falar, que calem a boca então. Ainda mais quando as críticas não são construtivas, mas sim somente para encher lingüiça.

Ah, mas deu errado, veja só o que ocorreu. Então que tal, ao invés de criticar, sem ter o menor conhecimento das dificuldades, estas pessoas não mudarem de profissão, e darem a cara a tapa para decidir como agir em situações como essa?

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A História das Coisas

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Fantástico vídeo, que mostra com clareza como o atual sistema econômico nosso é ruim, e onde ele já nos levou e onde poderá nos levar.

 

O esquema citado no vídeo foi criado após a segunda guerra mundial.
Espero que não necessitemos ter uma terceira, movida pelas mazelas deste esquema, para mudarmos e resgatarmos a felicidade, num 'simples' jantar com nossos 'simples' pais em nossas 'simples' casas, saboreando nossa 'simples' comida.
Que voltemos à nossa vida 'simples'!!!!!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Recessão: oba!!!!!!

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É só ler qualquer jornal, ver qualquer canal de TV que ouvimos notícias sobre a economia, recessão mundial, desemprego, alta dos juros, aumento do valor do dólar e similares.
É um tal de bolsa de valores despencando no mundo todo, bilhões, trilhões de dólares evaporando.

E o engraçado é que eu vejo minha conta bancária, o meu dinheiro está lá. Vejo também minha carteira, e meu dinheiro está lá, vejo embaixo do colchão, e meu dinheiro está lá. Ufa!!!!!! Devo ser um cara de muita sorte, afinal, são trilhões que sumiram, e felizmente nenhum meu.

E o por que dessa ironia? Fui irônico para tentar dizer que não é possível dinheiro de verdade sumir. Se o dinheiro existe, ele continuará existindo. O que sumiu não foi dinheiro, mas sim possibilidade de dinheiro futuro, pura especulação. Alguém apostou que em x tempo haveria tanto dinheiro, então fez empréstimo da possibilidade, e isso foi ocorrendo em cascata. Até alguém chegar e dizer que a possibilidade não existe. Pronto, o maravilhoso castelo de cartas montado sobre a areia desmoronou. E um bando de ex-futuro-ricos ou ex-futuro-mais-podre-de-ricos-ainda ficam tristinhos, deprimidos, e então os poderosos do mundo se reúnem e dão as pessoas que emprestaram dinheiro de mentira dinheiro de verdade.

Acho que um dia eu vou querer ter um banco, afinal, posso fazer a besteira irresponsável que for em nome de lucros cada vez maiores, e se não der certo, alguém vem e me banca. Deve ser um negocião isso!!!!

Muitas pessoas estão perdendo dinheiro, os juros estão aumentando, o parcelamento está ficando mais caro. Engraçado, tudo isso ocorrendo e eu na mesma, continuo comprando a vista sem problema nenhum. Será que tem algo a ver com o fato que prefiro usar dinheiro que tenho, e não dinheiro de promessa?

Enquanto muitos ficam preocupados, eu sou do tipo que torço para que a recessão ocorra, que seja imensa, gigante, de arrebentar mesmo. Podem estar pensando "Carlos, mas quanta maldade no coração, como pode desejar mal para as pessoas?". Fiquem tranquilos, quando desejo isso estou desejando justamente o oposto. Explicarei.

Sei que havendo uma recessão muita coisa ruim ocorrerá, haverá muitas perdas, falências, desemprego. Mas antes dessa fase chegar, o que havia? Por acaso não havia gente perdendo, empresas entrando em falência e desemprego? Havia sim, no entanto era em doses homeopáticas, fazendo com que as pessoas não sentissem isso, e se sentissem, como era pouco elas absorviam, ou então aprendiam a encarar como normal isso, e portanto desnecessário preocupar-se com isso.

E nessa fase os bonitões da bala chita continuavam e encher seus bolsos com muito dinheiro, dinheiro esse muitas vezes fruto de especulação, e fazendo com que milhares de pessoas fiquem à margem da sociedade, sem as mínimas condições de vida. Mas estas pessoas, sofrendo pouco a cada dia, sem chance de se comunicar e sendo tratadas como poluição visual por nós nunca chamará a atenção da mídia, agora se for um engravatadinho com terno Armani e sapatos italianos, preocupado que não terá mais R$ 2 bilhões, mas 'somente' R$ 1 bilhão, então é digno de pena e matéria jornalística.

O sistema atual é um sistema que gera muita, mas muita miséria, o que gera uma sociedade altamente desequilibrada, onde os que tem cada vez mais precisam se isolar dos que não tem, construindo casas cheias de proteção. Isso é bom? Pois é essa a realidade que nossa economia atual gera.

E se torço para uma grande crise, é porque desejo que este sistema mude, mas as pessoas só se despertam para a necessidade de mudanças sérias quando grandes desgraças acontecem, enquanto elas ocorrerem cotidianamente e em pequenas doses parece um ópio, nos entorpecendo e fazendo-nos perder a noção da realidade.

É só ver um pouco a história da humanidade, povos, depois de grandes desgraças, se uniram e fizeram algo melhor, diferente do esquema anterior que terminou por destruir tudo. Ou acham que o Japão, antes de segunda guerra mundial era potência?

Que os investimentos que estejam sendo feitos não resolva, pois se resolverem, será um aval para a perpetuação deste sistema, um aval para que quem empresta promessa continue emprestando, afinal, depois sempre virá alguém com dinheiro para evitar o mal maior, sendo que para mim, o mal maior é continuar um esquema ilusório onde poucos faturam muito, e muitos ficam a margem da condição humana.

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