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sábado, 7 de dezembro de 2013
Promoções de fim de ano
terça-feira, 29 de outubro de 2013
Da série "Analisando de outro modo"
Vejam o vídeo pelo link http://www.youtube.com/watch?v=_bEyXUGCW6o.
Na propaganda também falam "Detergente Ypê é o mais vendido do Brasil porque tem muita qualidade".
Até aí não tem nada de diferente de qualquer propaganda, que sempre divulgam os melhores e mais incríveis produtos do mundo, mas reparem que na gôndola, na parte que antecede o espaço do detergente existe um sabão em pedra, também da Ypê, que está lotado, nenhum produto retirado.
Pois bem, se o detergente desta marca é o mais vendido porque tem muita qualidade, a tal ponto de não ficar nenhum na prateleira, devo entender o que sobre o sabão em pedra, já que nenhum foi vendido?
Aí fico pensando, como pode uma empresa conseguir fazer produtos de qualidade tão opostas? Será que são pesquisadores diferentes? Vai saber.....
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Preocupações estudantis
Fico imaginando o seguinte. A pessoa não sabe nem a diferença entre primeira qualidade e última qualidade, mas quer tudo do bom e do melhor. Não seria melhor ela querer um ensino de primeira qualidade? Não seria melhor ela exigir de si um português de primeira qualidade?
E isso me fez ficar pensando no foco dos estudantes. Não vejo os estudantes animados nas aulas, não vejo os estudantes cobrando professores de primeira qualidade, exigindo trabalhos de primeira qualidade. Vejo sim estudantes reclamando das aulas, se o professor dá 2 exercícios já reclamam, reclamam se a prova não é com consulta, reclamam se a prova não é em dupla, reclamam se a prova não é de alternativas. Vejo estudantes reclamando de terem que ler mais que 2 páginas. Vejo estudantes se preocupando em como colar nas provas, vejo estudantes pedindo para pessoas assinarem o nome na lista de presença quando há, ou então chegando 30 minutos depois da aula começar, responderem a chamada e saírem 30 minutos antes (isso porque as aulas tem 90 minutos, consequentemente 2/3 da aula não presenciam).
E estes são os mesmos alunos que há mais de 3 anos para a formatura já foram levantar um monte de informação, que se preocuparam com a bebida e a música de de "última" qualidade.
Fico só pensando, qual será o tipo de profissional que sairá de lá? Um profissional preocupado com o cliente, com a melhor solução, ou um "proficionau" cujo único objetivo será o de ganhar dinheiro para continuar tendo tudo de "última" qualidade?
terça-feira, 8 de maio de 2012
O tempo e as jabuticabas
Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora.
Sinto-me como aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas.
As primeiras, ela chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Não tolero gabolices.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos.
Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo.
Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio.
Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de 'confrontação', onde 'tiramos fatos a limpo'.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.
Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: 'as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...
Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão somente andar ao lado do que é justo.
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.
O essencial faz a vida valer a pena.
Rubem Alves
domingo, 25 de março de 2012
O que é comida?
A pergunta parece algo bem simples de responder, qualquer criança com o mínimo de idade consegue dizer que comida é tudo aquilo que você come, qualquer alimento que o ser humano consuma.
Mas acho que isso está em mudança atualmente, pois hoje eu comi duas lâmpadas, um sabonete líquido. É sério, oficialmente eu comi tudo isso. E por que eu digo isso?
Tudo isso ocorreu em função da “maravilhosa” invenção dos vale alimentação e refeição. Primeiro que isso já considero uma idiotice sem tamanho, além de um cerceador de liberdade de escolha de como quero gastar parte do meu salário. Com a “invenção” destes vales o que muda é a diminuição da nossa liberdade de escolha, além de criar o absurdo que lhes falei.
Hoje fui a um mercado, do tipo atacado, e comprei vários itens para minha alimentação. Perguntei se poderia utilizar o vale refeição e advinhem, não pude. Talvez deva ser porque eu não deva comer os alimentos que compro deste mercado, vai saber.
Depois fui almoçar em um restaurante, colocar algum alimento pra dentro, e quando fui pagar com o vale alimentação advinhem novamente, não pude.
Depois fui em uma loja de itens diversos, e comprei um sabonete líquido e lâmpadas e advinhem, consegui pagar com o vale alimentação.
Será que o mundo mudou e eu não fui informado? Será que mudaram a classificação das coisas?
Almoço não é mais alimentação, itens de alimentação não é mais alimentação, mercados e restaurantes não posso usar o vale alimentação, e em lojas de itens diversos posso.
Quando foi que o mundo ficou maluco?
Não sei estas respostas, somente sei que terei que me acostumar com o gosto das lâmpadas, pois estas sim são o alimento do presente.
sábado, 11 de fevereiro de 2012
Prostituição
Pois é, esta é uma prática que está aumentando muito em nossa sociedade. Pra todo lado que olhamos vemos pessoas se prostituindo, fazendo qualquer coisa por dinheiro, somente para poder comprar o que a sociedade “diz” que precisamos ter para podermos estar enquadrados e sermos considerados “normais”.
É realmente muito triste ver isso, e o pior é ver que a sociedade incentiva isso, e pior, valoriza isso.
Aos que pensam que estou falando de sexo lamento, não é sobre isso que estou escrevendo. Prostituição possui sim este senso comum, porém prostituição também é se corromper, se desmoralizar, degradar, e é sobre estes significados a que me refiro.
O que está aumentando é a prostituição dos profissionais de todas as áreas. Se fizermos sondagens rápidas nas empresas encontraremos inúmeros profissionais “qualificados” (leiam profissionais com diploma) que o simples ato de pensar é algo completamente estranho.
Isso em qualquer segmento. As pessoas vão lá nas universidades e compram os diplomas se qualificam para determinada função, então quando buscam emprego basta levar o papel que os qualifica, então a empresa o contrata.
Porém se esquecem que nenhum papel qualifica ninguém, o papel é a parte mais fácil de tudo, o comprometimento, a qualificação, a visão da parte e do todo, a visão estratégica e de futuro não tem como ser colocada no papel. Isso depende de uma real educação, aquela dadas pelos pais desde o berço.
Mas como o que realmente pode fazer a diferença entre uma pessoa comprometida com o trabalho e outra comprometida com a sua possibilidade de adquirir mais e mais produtos para ser “descolado” e “antenado” com todos não tem como ser posto no papel, cada vez mais teremos em nossa sociedade pessoas sem a menor, reforço, menor qualificação.
E é aí que ocorre a prostituição. Os serviços possuem um custo para serem feitos, e quando digo feitos digo feitos com qualidade, com comprometimento por parte de quem faz o serviço, se preocupando em gerar o menor dano possível, propiciando a maior durabilidade possível. Então este profissional realmente qualificado (e quando digo qualificado não me refiro a diploma, mas sim nas competências que adquiriu ao longo da vida, independente do local) informa o preço dele. Vamos supor que ele informe que é R$ 1.000,00. O cliente vê e reclama, afinal conhece outros “profissionais” que fazem ““““exatamente”””” a mesma coisa por R$ 300,00. E quem é que não quer ter uma “economia” de R$ 700,00. Então contrata o serviço mais baixo, tem problemas durante e execução e acaba gastando o dobro do valor, após inúmeras reclamações e brigas com o “profissional” contratado. E depois de algum tempo o serviço já apresenta problema, pois o “profissional” contratado não se preocupou com a qualidade e durabilidade dos materiais que ele utilizou no serviço, pois mesmo a pior qualidade seria o suficiente para mostrar que o serviço dele estava funcionando no ato da entrega. Depois de der problema 1 semana depois o problema não é dele mais, afinal, quando ele “entregou” o serviço tudo estava funcionando perfeitamente.
Então o cliente tem problemas novamente no mesmo local, o problema gera um prejuízo e é necessário contratar outro “profissional”, e lá vai ele, contratando “profissionais”, brigando com todos e criando o conceito que todos os “profissionais” são ruins e sem vergonha, sem se dar conta que ele NUNCA de fato contratou um profissional.
Enquanto isso o profissional de verdade fica sem serviço, pois todos acham que ele está cobrando caro demais. Então, por questão de sobrevivência, ele precisa cobrar valores iguais aos demais, que é onde gera a prostituição que falei.
Nossa sociedade é que incentiva isso. De todos os “profissionais” que são formados anualmente no Brasil, qual o índice real de profissionais? Infelizmente é mínimo, pois a formação humana das pessoas está degradada, o único interesse é o de adquirir o máximo de dinheiro possível com a “profissão” comprada conquistada para poder comprar tudo o que “precisamos”. Se farão a coisa certa, do modo certo, não tem a menor importância, desde que o dinheiro entre na conta.
Outra coisa que facilita esta prostituição é o preço irrisório das ferramentas que o profissional precisa para trabalhar. Antigamente para iniciar uma profissão o cara tinha que comprar com muito esforço materiais usados, para então depois de bastante trabalho conseguir juntar dinheiro para comprar os melhores materiais para se trabalhar. E como isso demorava para acontecer, somente pessoas que realmente queriam se dedicar aquela profissão é que se dedicariam a ela.
Hoje com os preços irrisórios e prazos a perder de vista qualqer Zé Mané se aventura, compra os itens e sai por aí dizendo que sabe fazer.
Infelizmente vejo o mundo aumentando o número de pessoas prostituídas dia após dia, pois os pais, desde quando os filhos são pequenos, falam que estão trabalhando tanto para poder lhes dar uma boa faculdade que lhes deem o papel necessário para que eles possam no futuro ter dinheiro para poder comprar tudo o que quiserem, e assim vai se criando outra geração que somente consegue ver a profissão como algo que lhes dê dinheiro, mas não como algo que lhes dê safisfação pessoal muito menos se preocupe com o cliente, com a qualidade da sua entrega.
Quem sabe quando se preocuparem de fato com o aprendizado e não com o papel isso comece a mudar.
Perguntem as pessoas de mais idade quando se tinham mais profissionais no mercado, se era antigamente, quando não se fazia faculdades e os preços eram altos, ou então atualmente, quando se tem faculdades em cada esquina e os preços são baixos?
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Toda burrice merece ser castigada
Esta semana foi noticiada um novo gênero de cartão, o cartão pré-pago.
Podem ver uma matéria pelo por este link.
Os bancos passam a oferecer um cartão para os que não tem conta corrente, onde as pessoas podem “carregar” o cartão com os valores que quiserem (até um limite), e então estas pessoas podem nos estabelecimentos passarem este cartão para pagarem suas contas.
Tento entender qual o motivo disso. Eu dou o dinheiro para o “banco”, que somente devolve o meu dinheiro “dentro” de um cartão de plástico, porém para devolver o meu dinheiro cobra taxa. Cobra a taxa de emissão do cartão, cobram a taxa de recarga e alguns taxa para eu sacar o meu dinheiro.
Fantástico isso, agora o banco vai ganhar dinheiro para que as pessoas possam usar o seu dinheiro. E sem contar com a incrível vantagem de não ter responsabilidade alguma.
Olha que sacada fantástica. Eu dou R$ 1000,00 ao banco, que me cobra R$ 15,00 para emitir o cartão, mais R$ 2,00 pela carga inicial. Então durante o mês preciso sacar dinheiro duas vezes, e com isso gasto mais R$ 7,00. Ou seja, no final do mês, dos R$ 1000,00 que eu JÁ tinha disponível para uso, somente pude utilizar R$ 976,00. Incrível, consigo em um mês perder 2,4% do meu dinheiro.
E o banco ainda tem o benefício de não ter que pagar remuneração da poupança, muito menos ser responsável por qualquer perda, afinal, o banco não está de posse do dinheiro, e se o cliente perder o cartão, for roubado não terá a quem recorrer. Seria igual a perder o dinheiro, se perder, já era.
Vamos supor um pouco mais. Se o dinheiro está no cartão. Inicialmente havia R$ 1000,00, e após algumas compras o saldo fica em R$ 723,00. Então eu perco este cartão. O que acontecerá? O saldo está somente no cartão, se eu perdê-lo (ou danificá-lo, mesmo que sem querer) todo aquele dinheiro vai pra onde? Será perdido, e o único penalizado será o dono do cartão, já que não haverá outro local onde se possa ter o registro do saldo.
Como disse inicialmente, a idéia é para beneficar as pessoas que não possuem conta em banco, até porque isso tem um custo. Ledo engano. O BC estabelece que alguns serviços bancários são isentos de tarifa. E deste modo é possível ter uma conta no banco sem pagar taxa alguma, com direito a cartão de débito, 10 folhas de cheque por mês, 2 saques, 2 extratos, além de depósitos e internet ilimitados. E se já se tem tudo isso de graça, por que pagar por algo para que eu utilize o meu dinheiro? Ainda mais sabendo que qualquer problema que ocorrer o único prejudicado será a própria pessoa?
Vi comentários de pessoas dizendo que com este tipo de cartão não correrão o risco de gastar mais do que tem. Engraçado, com o cartão de débito também ocorre isso. Se o valor da compra for superior ao disponível na conta corrente a transação será bloqueada. Ou será que o pessoal imagina que no cartão de débito pode gastar o que não tem?
Me parece, realmente, que esta “novidade” é somente uma forma de tirar dinheiro dos burros, e este é o motivo do título. NÃO há motivo para qualquer pessoa adquirir um serviço onde toda a responsabilidade será somente sua, não haverá proteção, e sendo que já existe o mesmo tipo de serviço, gratuito, onde o banco tem responsabilidade.
Veremos como anda nosso povo mediante o “sucesso” deste novo tipo de cartão. Eu receio fortemente que será um sucesso.